quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Show André Barroso e banda no Festival Barra Blues


André Barroso estará no palco do III Barra Blues Festival - Edição de Verão dia 17/12 domingo as 14h.

Pop rock e muito swing: conheça ‘André Barroso & Banda’ 
Com produção de Gilber T, artista lança Reluz pelo Café Forte, selo distribuído pela Sony
O guitarrista, compositor e cantor André Barroso acaba de lançar Reluz. Influenciado por bandas como David Bowie, Prince e Deep Purple, foi gravado em 2017, ele atualmente é acompanhado por Márcio Maia, guitarra; Cleysson, baixo, Thayla Cavalcante, backing volcal; Saulo Andrade, bateria, que formam o ‘esqueleto’ de ‘André Barroso & Banda’. 
Após lançar o primeiro CD de sua carreira, André Barroso e banda em 2009, o músico manteve a rotina de shows no circuito alternativo do Rio. 
Com participações do rapper De Leve, da cantora gaúcha Luciana Pestano e da carioca Tatiana Dauster, “Invasão Octopus”, de 2012, foi o segundo álbum da carreira. 
Amigo de longa data de André Barroso, o cantor, compositor e produtor Gilber T participou em uma faixa do disco e, desta vez, assume a produção das seis, que compõem o EP Digital do artista: Reluz, gravado em 2017. 

Garanta seu passaporte cortesia no site bit.ly/barrabluesfestival

Feliz Natal


Quadro para casamento


Trabalho feito para um painel Chalkboard de um casamento em Niterói. 2m X 4m

2017

Gemidão do zap + Xamanismo + Confusão na final do Oscar + Artaud + Carnaval sem regras + Rimabud + crianças da cidade de Jequié com enormes mochilas + Lamantia + Chupacu + Stirner + Física Quântica + Delação premiada da JBS + Ecossistemas falindo + Umbanda + Ervas medicinais + Dúvidas sobre o futuro do Brasil + Rituais macabros + Yoga Tântrica + Dionisismo oracular + Novos candidatos oportunistas + Coltrane + Tom Jobim + Egberto + Hermeto + Cazuza + Funk do gás + Catimbó + Edgar Cayace + Eliphas Levi + Thais odeia abóbora + Poesia cósmica + H.P, Lovercaft + H.G. Wells + J.J. Abrams + Ana Hickman e a maior sala do Brasil + Uber + Lava-jato + Grande Sertão + Oscarito + Twin Peaks: The Return + Millie Bobby Brown + Stranger Things + Rick and Morty +Bendi + The Young Pope + Game of Thrones + Grafites no Túnel Charitas-Cafubá + Sem Grafites em São Paulo + Crumb + Casamento Daniela Mercury no Carnaval + Barcelola X PSG + Guerreiro suspenso + Supertime do Flamengo + Cancelamento da Lady Gaga + Sniper atirando a esmo em público americano + Milo Manara + Jim Morrison + Pirahy + Suinocultura + A cidade onde envelheço + A margem + As duas Irenes + Beduíno + Bingo: o rei das manhãs + Como nossos pais + Elis + Guerra do Paraguai + Joaquim + O filme da minha vida + Pendular + Vermelho russo + Wesley + Chapada dos Guimarães + Juréia + Vale do Rio Doce + Johnny Halladay + Kendrick Lamar + Selena Gomez + Bruno Mars + A Pabllo Vittar + Bebe Rexha + Demi Lovato + Ed Sheeran + Daft Punk + Despacito + Assasinato no show da Ariana Grande + Marron Five cantando em português + Havana + Dua Lipa + Memes + André Barroso e banda + Carminha + Nazistas + Amor + Humor + Tao da física + Pagando peitinho + Anitta + Di Cavalcanti + Abraham Palatnik + Comic Com + Imagens do inconsciente + Tupinambás + Hilda Hist + Expressionismo alemão + Passolini + O Gato que conheceu a história + Biblio Idéias + Arquétipos + Bob Kaufman + Dante + Futebol de várzea + Afoxé filhos de Gandhi + Aves de Rapina + Arruda + Jurema + Vida Alves + Zygmunt Bauman + Febre amarela + Circo Ringling Bros + Trumpism + Teori Zavaski + Ano do Galo + Transgênicos + Fim do Aécio + Tzvetan Todorov + All Jarreau + Kim Jong-nam + Kim Jong-um + Fora Temer + Milhares de pessoas saíram às ruas contra a reforma da previdência + Reforma trabalhista + Universidade Estácio inicia reforma trabalhista demitindo mais de mil + Chuck Berry + Malcom de Chazal + Ovnis + Moqueca de peixe + Masterchef + Pegação + Praias desertas + Cervejas artesanais + Evoé + Hackeado

P.S – Censura nas artes + Professora mineira heroína nacional + K. O. a Música do Ano + Trapiche Gamboa + Alegria + Letícia Colin + Renato Gaúcho + Gravidez Ivete Sangalo + Solidariedade ao Professor Mauricio

 



quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Veneno nosso de cada dia

Semana passada, um ex-alto responsável das forças croatas da Bósnia morreu depois de ter ingerido veneno na sala de audiência ao vivo do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia em Haia.
Slobodan Praljak, rejeitou a condenação e depois ingeriu veneno de um frasco que tirou do bolso. Não foi a primeira vez que vemos um suicídio ao vivo pela TV, podemos lembrar de alguns casos como da Christine Chubbuck, que cometeu suicídio e apresentava um programa diário de televisão na Flórida que tratava de assuntos da comunidade. Este foi muito chocante na década de 70, pois além de muito conhecida, convenceu os diretores a fazerem um programa sobre suicídio. Teria dito antes de atirar em si mesma:  “Seguindo a política do Canal 40 de brindar seus telespectadores com as últimas notícias de sangue e vísceras a cores, vocês estão prestes a ver outra em primeira mão: uma tentativa de suicídio”. Outra muito famosa, que está na cabeça de muitas pessoas nos dias de hoje, foi do acusado de corrupção, Budd Dwyer que cometeu suicídio com um tiro na boca durante uma entrevista coletiva para uma televisão da Pensilvânia. O uso de venenos ou armas para suicídios ao vivo são os mais comuns e mais eficientes, ainda assim chocantes pois mostra uma forma deliberada de tirar a própria vida de forma rápida e menos dolorosa. Não existe justificativa, ao meu ver, que uma pessoa atente contra a própria vida, mas as realidades de dados mostram que 5,7 a cada 100 mil cometem esse suicídio por ano no Brasil. É muito! As causas são diversas, mas os números nos mostram um alerta vermelho.
Tivemos um período, onde A contracultura e a geração Beat, tiveram uma associação direta com drogas lisérgicas e álcool, promovendo um suicídio lento e doloroso. Escritores como Ginsberg e Borroughs faziam uso e diziam que suas criatividades estavam ligadas aos agentes químicos. Há certamente um mal-entendido nisso. Toda espécie de drogas acompanharam a humanidade ao longo da história, assim como mamíferos. Na África, numa certa época do ano, Babuínos; Girafas; Elefantes e Hienas vão atrás de uma fruta que amadurece e cai fermentando. Nessa fermentação, é liberado uma quantidade de álcool da fruta Marula. Resumo da ópera: Eles vão para ficar um pouco alterados da consciência. Veja você, animais. O que houve com os Beats, foi um período de experimentação de sexualidade e drogas de forma menos recatada e reservada. O fim de um período de grande repressão na sociedade, coincidiu com a conjunção de um grupo de intelectuais formidáveis no campo da literatura, acabou por generalizar esse tipo de cultura. E é aí que incorre o erro. De qualquer forma, o suicídio de qualquer forma (lenta ou rápida) foi prejudicial com perdas significativas. Quantas obras a mais poderíamos ter acesso se não houvesse esse excesso? Jack Kerouac bebeu mais até quando parou de escrever e morreu de hemorragia em consequência de uma perfuração no estômago.
A associação de drogas no limite foi mais evidente no período do Rock/hippie, onde hoje se estigmatizou a fama do músico de rock. Nossos heróis morreram de overdose. A mesma idéia beatniks foi transladada para o ambiente que mais levava os jovens que queriam mudanças no mundo, no discurso anti-guerra, anti-racismo, além de sexo e rock’n roll. Muitos foram aos limites, abreviando as vidas mais rápido, como os incríveis Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin, Brian Jones, Raul Seixas e em outro período, Billie Holiday. Alguns abreviaram mais rápido como Michael Hutchence que cometeu enforcamento em seu quarto de hotel. Antropólogos mostram que xamãs usavam alucinógenos para indução do êxtase e a comunicação com o além, nada além do limite. O perigo está em pessoas acharem que usando grandes quantidades de drogas irão escrever como Henri Michaux ou tocar como Hendrix. O perigo está em abreviar um possível talento de forma inconsequente.
O grande mal do século está resultante da depressão. Daquele momento em que o fim da vida é o melhor remédio. Pessoas que demonstram felicidade através do humor, se revelam suicidadas como Robin Williams ou potenciais como recentemente Jim Carrey, que deu uma entrevista contando seu drama e pedindo ajuda.
Para esse tema, sempre recorro a ajuda dos universitários, no caso Kardec, que expõe:
E do suicídio cujo fim é fugir, aquele que o comete, às misérias e às decepções
deste mundo?Pobres Espíritos, que não têm a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Ai, porém, daqueles que esperam a salvação do que, na sua impiedade, chamam acaso, ou fortuna! O acaso, ou a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorecê-los por um momento, mas para lhes fazer sentir mais tarde, cruelmente, a vacuidade dessas palavras. ”



quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Cumplicidade é tudo

Velhíssima essa frase, mas muitos ainda usam. Uma amiga minha ouviu de outra amiga que ela era cumplice de uma terceira amiga. No meu entendimento, a frase já estava dita e é compreendida. Mas no caso dela, não. E como o desentendimento hoje é a briga de amanhã, ela quis entender por que grandes amigas eram cumplices. Cumplices, denota também aquele parceiro para alguma vilania. Bonnie e clyde; Lana Turner e Johnny Stompanato; entre outros, mostram esses exemplos de cumplicidade de jargão jurídico. O dicionário diz: “que ou o que contribui de forma secundária para a realização de crime de outrem; codelinquente. ” Primeira definição.
Segunda a etimologia, a palavra surgiu a partir da palavra conivente. Conivente vem do latim conivere, que significa fechar os olhos para alguma coisa ou ser cúmplice de um ato.  Ela vem da junção de duas palavras: cum e nictareCum é uma preposição que significa “junto com” ou “na companhia de”, e se modificou para con- na palavra conivere. Nictare significa fechar os olhos, pestanejar ou piscar. Com o tempo, ganhou o significado de ser cúmplice. Piscar o olho é uma forma de mostrar cumplicidade com alguém.
Ou seja, usamos até a era moderna como utilizando no sentido de conivência, com conotação negativa e se referindo à qualidade de ser cúmplice de algum ato ilegal. Juridicamente, alguém que foi cúmplice em algum ato criminoso pode ser julgado pelo seu envolvimento na execução do ato em si.
Depois de algum tempo, passou a ser usada como aquele que colabora com outrem na realização de alguma coisa; sócio, parceiro em algo positivo. A conotação geralmente é atribuída a esta atitude positiva demonstrando harmonia, companheirismo e entendimento. Esta foi uma corruptela do termo original, que demonstra um entendimento secreto entre duas pessoas. Isso, deu a palavra uma responsabilidade de entender a conotação real atribuída na frase aplicada. E ás vezes, os dois significados podem gerar no final das contas atribuições abstratas que se correlatam no final.
Esse preambulo para entender as condições de Cabral e seus amigos ou cúmplices na prisão, em Bangu. São presos comuns, que deveriam estar nas mesmas condições de superlotação de seus colegas presidiários menos favorecidos financeiramente. Mas, como o dinheiro fala mais alto em um país capitalista, eles podem circular de cela em cela, ter água filtrada, arroz de pato do Antiquários, além de mimos como queijos importados. Tudo acobertado por cúmplices fora da cadeia. Teríamos essa dúvida que estaria acontecendo dessa forma? Você tem cumplicidade dentro da cadeia, talvez com funcionários da cadeira e fora da cadeia em várias esferas da sociedade. Não concordo com a forma em que a imprensa humilha as condições já humilhantes das presidiárias femininas (A esposa de Cabral e a de Garotinho), mas saber que as mordomias são compradas ainda que juridicamente sem possibilidades.
Os inimigos políticos estão se roendo como ratos, pedindo ajuda de seus cúmplices e tendo a mídia como interlocutora. Será que as ameaças que garotinho diz estar recebendo vão se consumar? Será que vão finalmente acabar com o festival de regalias até na prisão para Cabral e seus homens? Daqui a 72 anos, poderemos ouvir a história recontada desse episódio com as entrelinhas abertas? Todos os cúmplices estarão na mira da justiça?
A verdade é que eles vão apenas aguardar um tempo. Deixar a poeira baixar. Se alguém for eliminado nessa história estará claro quem foi o mandante. Cabral e seus amigos e seus cúmplices são maioria inflamada na prisão e querem sair o mais rápido possível, mas Cabral agora se sente climatizado na prisão, junto de seus amigos, companheiros cúmplices.
Desta vez, a palavra cúmplice, está empregada de forma correta nesse contexto.


Fotos do evento de contação de histórias no Shopping Top Ubá





Fotos do evento de contação de histórias no Shopping Top Ubá

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Hora do conto


Dia 25/11 vai acontecer o evento A hora do conto, no shopping Ubá Top Center. A contadora de histórias Vania Alves vai contar a história de meu livro infantil O GATO QUE CONHECEU A HISTÓRIA. Um evento muito bacana para todos os miúdos. Se liga no recado da Vania:



Verdadeiro poder e glória

Já pensaram se um dia todos os seres humanos conseguissem amar uns aos outros, assim como a música Imagine, do John Lennon? Isto, é, cada um com seu bauzinho de felicidade, Netflix e panqueca de queijo? Então pensem. Você pode ficar impassível ao filme do Doutor Estranho, herói da Marvel, achando um filme apenas de herói ou no pior das hipóteses, um filme muito abstrato. Mas tem uma essência incutida no filme e que leva a outros caminhos de reflexão muito interessantes. Basta você ter sensibilidade para isso.
A Marvel resolveu investir nos heróis menos conhecidos do público em geral, criando séries muito boas e filmes para grande tela. Pelas séries temos Jéssica Jones, Demolidor, Luke Cage e Punhos de Ferro, que depois, entraram no arco juntos para a série nova: Os defensores. Não coloquei a ordem cronológica dos heróis, pois o verdadeiro fã de quadrinhos, gosta de ler a sequência certa para entender completamente a história. Sim leitor, existe sequência dos filmes e séries. Isso para o antigo (e novo) leitor de quadrinhos é importante. Ainda vai ter em 2018, o aclamado Manto e Adaga, o filme do Pantera Negra, o novo dos Vingadores e a Capitã Marvel. Estamos vivendo o melhor período de filmes de heróis.
Doutor Estranho sempre foi um personagem fantástico nos quadrinhos e difícil de digerir para leitores mais acostumados com histórias mais próximas da realidade como Homem de ferro. Mas, a Marvel já foi apresentando mundos fantásticos com os filmes do Thor e Asgard. Agora, além de planetas e seres diversos, temos a possibilidades de ver dimensões e multiversos, além da cenografia maravilhosa incitando M. C. Escher. Benedict Cumberbatch é um excelente ator e lembra muito o personagem dos gibis. Dá o tom certo também entre o místico (e sua surpresa acompanhada do público) e o humor rasgado e sarcástico dos tempos da série Sherlock. Os personagens de Tilda Swinton, Mads Mikkelsen e Chiwetel Ejiofor são os que mais diferem dos quadrinhos, mas por serem bons atores, deixam de lado essa crítica. A direção competente de Scott Derrickson (Exorcismo de Emily Rose - 2005), varia entre o lúdico e adulto. Afinal, deve ser para toda família.
Em tempos de ódio, me chama a atenção de um filme que está indo contra a maré, abordando a fé e atitudes mais benevolentes com o próximo, onde Stephen Strange, mesmo um personagem arrogante, não é confortável com a idéia de matar uma pessoa. Afinal, é um médico. Chama a tenção sua caminhada para a elevação pessoal, quando em um momento, na biblioteca ao atendente vê-lo e o cumprimenta por Dr. Estranho ele retruca dizendo: ” por favor, Apenas Stephen! ” Mesmo que a impulsão para a leitura e conhecimento do alcance espiritual tenha acontecido através de um problema pessoal, podemos perdoá-lo, imaginando que em nossas vidas também, uma tragédia ou um acontecimento pode despertar esse nosso encontro com a espiritualidade. Todas essas idéias voltadas não somente pelo misticismo, mas são subliminares para a idéia maior, de encontro com a espiritualidade e plano astral. Isso poderia muito bem ser mais abordada em um segundo filme.
Para a ciência, é muito positivo a discussão sobre Multiverso. Multiverso é um conjunto de universos possíveis, incluindo o universo em que vivemos. Esses universos possuem a totalidade do espaço, do tempo, da matéria, da energia e das leis. A vastidão de nosso universo, com trilhões de planetas e estrelas e bilhões de galáxias seria apenas um dos universos. Imagine como se fosse uma bola de gude. O multiverso seriam o conjunto de centenas de bolas de gudes. Alguns com a Terra espelhada, com realidades diferentes e tempos diferentes. Podemos imaginar os caminhos diversos de livre arbítrio acontecendo nas terras infinitas. A DC, possui por exemplo, essa realidade nos heróis da Liga da Justiça, tendo 12 Terras diferentes, com heróis com caminhos diferentes.
Mas o que chama mais atenção é a citação de vários livros reais, que envolvem caminhos espirituais. E é nesse mote que importa minha abordagem.  Tudo que envolve realmente nossa elevação espiritual, pode ser encontrada em livros. Não como o livro de Cagliostro, onde realmente existiu um Conde de Cagliostro (mago ocultista quisto por Luis XV), mas por mexerem com ocultismo, não deixaram obras conhecidas. Assim como Allester Crowley, mago ocultista mais moderno, que mexeu com forças além de sua compreensão. O que os dois magos leram em suas caminhadas, pode não ser de importância, mas a Clavícula de Salomão é um dos livros citados e encontrados na internet. Outros livros são mais elevados como os Vedas para deixar-se levar, abrir a mente e aceitar a morte como parte essencial da experiência de estar vivo. Nisso, podemos nos elevar com o filme.

Doutor Estranho é um filme sobre a segunda chance que esse tempo pode dar, para não cairmos em nossos erros diariamente, aprendermos e dar espaço ao amor. 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Bimbalham os sinos

Mal chegou dezembro e já estamos vendo prenúncios do Natal e consequentemente 2018. Parece que olhamos 2017 a partir de 2018. Todos os desejos de bons frutos e melhoras, estamos deixando para o ano vindouro, ou seja, faz tempo que queremos o fim de 2017. E mesmo assim, a passagem do Natal para alguns, ao abrir a cesta de Natal, verão, com muita sorte:
Duas nozes, uma lata de extrato de tomate, três passas e uma cidra na promoção.
Que aflição é essa que parece um ano que nunca vai acabar? Será que a mídia nos mostrou muitas aflições pelo mundo? Muitos atiradores ceifando vidas pelo mundo e inclusive no Brasil. O ano mal começou, e um homem armado até os dentes atirou numa multidão que comemorava o ano novo em Istambul, matando 39 e deixando 70 pessoas feridas. Um cenário que se coloca em ascensão no Brasil, visto que os assassinatos cresceram no país e parte deles, contra policiais na ativa. Hoje são mais de 61 mil até agora. E ainda se fala em porte de armas. E falando em armas, até a fabricante que tem o monopólio de vendas, tem problemas graves de fabricação, aumentando a estatística de violência. E lembramos os EUA, que ao longo do ano, registrou assassinatos em massa e quando ainda estavam em luto por um incidente, recentemente, Las Vegas, foi palco da maior matança a tiros da história do país. Reflexo do mundo e seus governantes?
Que desespero que o sistema econômico provoca olhando os políticos disponíveis no mercado ao redor do mundo. Com o desgaste ainda maior da imagem, grupos resolvem para a sobrevivência pessoal, lançar novos candidatos frutos do marketing midiático que invadem as esferas governamentais, apenas para vencer as eleições. O resultado mais claro nos dias de hoje é o presidente americano, mas é um recurso antigo. Podemos lembrar de Reagan por exemplo. Por aqui, temos um prefeito midiático que apenas faz política midiática, sem planos concretos de governo, apagando grafitis e vendendo e negociando o que pode, enquanto em outro estado, é caracterizado pela ausência e privilégio a sua igreja. Em breve, estaremos vendo candidatos dessa estirpe aos montes. Reflexo do desgaste do sistema econômico?
Que saudades daqueles que se foram, empobrecendo o mundo e deixando um legado de dúvidas em relação ao cenário atual. Entre outros, Vida Alves, a atriz que entrou para a história com um beijo, o primeiro, na televisão brasileira, o escritor argentino Ricardo Piglia, o autor de Dinheiro Queimado e Respiração Artificial. Já era muitas mortes para tão poucos dias, quando chegou a notícia do desaparecimento de Zygmunt Bauman. Assim como uma atrofia levou o filósofo, historiador e crítico literário búlgaro Tzvetan Todorov e o genial All Jarreau. Ficamos órfãos com a partida de Chuck Berry e O "rei da comédia" Jerry Lewis que faleceu aos 91 anos. Um dos intérpretes do 007, Roger Moore, morreu na Suíça, e em nossas terras, Luiz Melodia, Rogéria, Paulo Silvino, Belchior e Jerry Adriani. Foram muitas perdas. Até minha tia Yolanda, do qual desconfiava ser uma Highlander, também foi para a luz. Vendo o número de estrelas que subiram aos céus, nosso futuro fica mais cinza?
O que dizer quando o assunto é política? Onde fica claro para toda a população que a destituição da presidenta foi uma negociação em que envolveu todos os poderes, com a anuência e financiamento americano e tenho grupos na internet, financiados por partidos para inflamar a nação descontente e agora está vendo o país perder seus direitos, suas economias sendo vendida aos grupos empresariais americanos, sua população voltando a pobreza absoluta e vendo o ódio sair de sua caixinha para ganhar as ruas e colocar as tensões sociais em outro nível. A destruição de uma nação bem a olhos vistos e a inanidade do cidadão para cada movimento do governo sem limites. O desgaste foi tão grande perto das eleições, que querem nesse momento desembarcar para não ser atingido pela imagem presidencial mais baixa da história do país e deixar a reforma da previdência (desnecessária, diga-se de passagem) de lado. Isso pode acelerar um processo eventual de destituição nesse momento, para que alguém com mais força faça isso antes do voto popular.

De qualquer forma, mesmo com pouco a que se comemorar, deixo uma mensagem de fé e esperança por dias melhores. Que possamos transformar cada lágrima em choro de alegria. Que mesmo com pouco, possamos alimentar nossa alma de um sentimento de amor pelo próximo e quem sabe. Ao menos, quem sabe, um dia, possamos deixar de lado nossos egos e dificuldades de lado e ver o outro como irmão.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Ao mestre, sem carinho

Que dia é a prova de recuperação do ENEM? Talvez a frase não seja apenas ligada ao aluno diante das dificuldades da prova maratona, mas também, o espetáculo ao redor promovido em tempos de ódio, assim como a nova direção educacional do País. Não obstante a uma prova, que sempre; em toda a história da avaliação nacional; nunca foi feita para verificar o aprendizado do aluno e sim estimular uma competição. Nesse módulo “competitivo”, deixa-se de lado: o dia do aluno, seu psicológico, suas possibilidades e inclusões. Assim como um sistema capitalista que está sempre estimulando essa mesma competição, a imposição a crianças, ainda em dúvidas com relação ao seu futuro, se torna estressante desde o momento em que entra ao ensino médio.  A ansiedade é amiga do sistema de eliminação. No mínimo, você terá taquicardia, mão suando, perna tremendo, respiração ofegante, tensão muscular...fobias e transtornos pré-ENEM. Esse talvez seja o melhor significado desta palavra. Na ânsia de fazer uma boa prova, muitos abusam de estudos demasiados, alimentação desregrada e isso alimenta cada vez mais essas síndromes anteriores e por que não, posteriores a maratona de prova.

É jovem, não tem experiência.

“ - Nem adianta virem com essa de ENEM ontem... podem abrindo na pág. 394, seus insolentes! ” Diria aquele professor que está acomodado ao sistema, somando ao momento social dos dias de ódio de hoje. Além dessa pressão toda, o ano inteiro, ainda teve que ser recebido pelo coro daqueles que se divertem com a agonia alheia para chegar a tempo da prova. Todo ano é a mesma coisa, mas a reportagem nunca cuida do indivíduo e sim apontando aqueles que tiveram todo tipo de empecilho. É bem verdade que sempre vai haver aqueles displicentes, pouco interessados na prova. Mas um contingente grande, está incluído nos problemas de mobilidade ou presos ao sistema. Posso citar o caso de um padeiro, que já trabalhava desde às 5h da manhã e foi liberado pelo chefe muito em cima da hora de fechar. Podemos sim falar dos nós urbanos criados sempre nesses dias especiais, mas em algumas áreas rurais, as distancias para vencer era o vestibular antes do vestibular. Teve até o caso de alguém não ter a canoa para atravessar o rio, pois as piranhas já tinham inutilizado com o transporte. Qual a graça de rir do sofrimento dos outros? Falta empatia ao brasileiro? Ou os grupos de ódio estão ganhando força, a cada vez de um enfraquecimento de um sistema popular? Indo a algumas redes sociais, não bastando a humilhação recebida na frente do local de prova, ainda são submetidos ao escárnio público, com direito a todo tipo de preconceito possível e intolerância.

Se não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.

Em um governo, numa democracia, podemos esperar conteúdos mais sociais, preocupados em que o tema seja de relevância e compreensão com fundo de discussões mais importantes, das dificuldades das minorias e sua inclusão na sociedade. Em um Corporativismo, quase nada de sociologia, filosofia e história na prova. A maioria das questões foram de interpretação de texto. Darcy Ribeiro já apontava que, "A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto." Daí um tema de redação nesses moldes, que não é a inclusão de surdos ou do portador de deficiência auditiva severa, nem a necessidade de respeito à pessoa humana com limitações. O tema foi: "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil." Mesmo assim, teremos receita de miojo e muito texto inadequado, sem possibilidades de zerar. Fora que pareceu que o MEC está mais perdido e está pedindo ajuda dos universitários.  Mas o que podíamos esperar de um sistema em que pensa em privatizar as universidades?

Se escreve muito, não explica.
Se Explica muito, na folha não tem nada.





Logomarca para Motrix

Fiz esta logomarca para a Motrix, reformulando o antigo projeto mais simples e com pouca abordagem do total potencial da empresa

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Logomarca para AMAITA



Fiz a logomarca para a AMAITA, Associação de Moradores e Amigos de Itaipu. Ela está presente nas manifestações em aopoio a Lagoa, com cartazes, posts, camisetas e afins. Muito legal a força desse grupo.

Viver não é preciso

Antes de mais nada, é necessário que o leitor tenha estômago forte e desejo real de mudança. Os tempos turbulentos impostos pelo sistema, vem como trator empurrando velhos conceitos, tirando direitos e vindo com violência não importa quem esteja na mira. O conceito de felicidade vai mudando dentro de todos nós, à medida que o tempo vai passando, ainda mais quando a vida vai ficando mais difícil de desfrutar as amizades, as paisagens e a liberdade. O homem se sente completamente feliz quando não se preocupa com as relações com o vil metal, o amor não correspondido e suas fantasias dentro da sociedade. Quando consegue abstrair ao ponto de desfrutarmos dessa felicidade, muito bom, mas viver com essa habilidade e saber que outras pessoas não tem a mesma felicidade, também traz angústia. Principalmente aquelas que estão muito à margem da sociedade.
Ministério do Trabalho publicou a portaria nº 1129/2017 que inviabiliza o enfrentamento a escravidão no Brasil. Tudo para poder ter apoio para se livrar do processo, o presidente faz acordo com a base agrária, que conta com opositores descontentes, que essa reforma que beneficia seus negócios não tenha entrado ainda em discussão. Se estão acabando com os direitos trabalhistas na área urbana, por que não na agrária? Por que não acabar com a floresta para pasto, sem se preocupar? Por que não perdoar dívidas milionárias com o governo? Por que não voltar aos tempos dos barões? Por que não voltar a escravidão? Um país em que a escravidão foi vigente durante 350 anos, e mesmo após a abolição forçada para entrada definitiva do capitalismo, os mesmos negros e seus descendentes não conseguiram ter seus direitos assegurados e ainda foram excluídos socialmente. Quando começou um trabalho para incluí-los através de cotas e maior acesso, agora temos esse retrocesso avalizado em troca de votos.
“Trabalhar o suficiente para não ter que trabalhar”. Ouvimos sempre essa frase, em um contexto onde o patrão aperta o empregado, usando o emprego como moeda de troca. Libertar-se das convenções, ainda que anticonvencional, está sendo a saída para muitos. Perceber, mesmo que tardiamente, que sua saúde, não vale um carro do ano na garagem. A frase, só faz sentido para os herdeiros de grandes marcas, enquanto a grande parte da população é oprimida, chegando ao fim do período de trabalho de uma vida, não ter nada com que comemorar. Aliás, foi revogado até o direito a aposentar no tempo justo...
Um famoso grupo de moda, foi recentemente condenado pela justiça do trabalho, por constatar que mulheres que ganhava um salário de R$ 550; eram submetidas a metas como a colocação de 500 elásticos em calças por hora, sem condições propícias e sem direitos ou apoios médicos. O que dizer das empregadas domésticas, que são submetidas a tempos exaustivos e a todo e qualquer pedido? Só faltam os grilhões.
Precisamos ter a consciência leve, ao ponto de nem sentirmos consciência. Se vender tão caro que não haja preço para pagar.
O governo se caracteriza pela destruição de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento e com violações de direitos humanos. Rasga compromissos internacionais e despreza a Constituição Federal. Temos uma dívida com a escravidão e cada um é responsável por não existir mais esse mal, assim como qualquer opressão direta a qualquer pessoa. Estamos deixando que esse mal seja alimentado e que à força seja estabelecido. Onde ficou sua indignação? Onde ficou os movimentos nas ruas?
Temos que desejar o contrário. Comer maçã na hora que dá vontade. Mesmo lembrando que a maçã é um símbolo. Coma o símbolo. Jogue fora os relógios, apague os alarmes, deixe de lado seu celular por algum momento. Não seja empregado nem patrão. Não limite seu ir e vir. Navegar é preciso, mesmo não tendo o barco. A verdadeira felicidade é a paz dentro de sua casa. Recomendaria duas ou três casas, mas tendo uma já é um começo.

Venda sua chácara em estado de sítio. Se você concorda com o trabalho escravo, você ainda precisará de muito tempo para sua elevação espiritual, e paz não será seu objetivo, mas de qualquer forma, faça sua parte começando uma nova história e mostre sua indignação de alguma forma. Se você é contrário, ajude nas pequenas ações e lute sempre. Sempre.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Chores por mim

Nada contra as grandes reportagens de atentados que dizimam dezenas de pessoas, como no caso do atirador solitário nos Estados Unidos. Mas não posso deixar de pensar o quanto a sociedade é seletiva e somos obrigados a sentir pena, apenas de nossos colonizadores e seus aliados. Essa mesma sociedade que escolhe quem se comover ou não. Me vem a imagem nesse momento do filme Laranja mecânica, de Stanley Kubrick. Nele, é apresentado a tentativa de reabilitação através do condicionamento psicológico. E agora, imagino uma grande turba, sendo recondicionada a ver e concordar com apenas com o que está sendo vendida para eles.
Esse preambulo todo para dizer o quanto quase 300 mortos na Somália, não mereceu nota em algum jornal, transmissões ao vivo, discussão com especialistas ou espaço para discussão sobre os rumos da explosão de violência por grupos terroristas e seus desdobramentos. Nada. Você percebe o quanto você nem se importa com isso, desde que não seja em Londres ou Paris? Na época dos milhares de imigrantes invadindo a Europa fugindo das guerras e como foram tratados e estão sendo nesse momento, não levou a lágrimas sequer da imprensa ocidental. Não nos movemos nem ao mesmo em apoio pessoal nas redes sociais, mostrando não só essa seleção, mas no mínimo, empatia com a tragédia por outros seres humanos. Nada.
Muitos até podem muito bem dizer que atentado na África é todos os dias, com fome, pobreza extrema, guerra civil, extermínio entre outros interesses econômicos, daí seu desinteresse por parte da imprensa no país. África não dá audiência nem gera comoção. Ela sofre em silêncio sempre! Que tipo de seres que dizemos ser que pede ajuda ao próximo e se diz religioso, quando não abraça qualquer irmão sem ver raça ou credo? A cada ser humano morto corresponde uma biografia, uma história. Ao contrário do atentado nos EUA, que morreram dezenas de pessoas porque o caçador acertou o tiro em uma população branca, a razão para não se emocionarem com a população afro parece complicada, mas é simples: Seletividade.
Até o momento, a única demonstração de solidariedade internacional foi de Paris, onde a Torre Eiffel foi desligada em respeito ao acontecido. É o bastante? Está longe. Muito longe. Precisamos de Je Suis Mogadishu! Meu coração se parte e nenhuma celebridade internacional fala sobre isso, nenhuma nota é divulgada e não é possível ter a notícia comentada nas redes sociais. Daí você entende por que a extrema direita está crescendo pelo mundo, com sua intolerância e por vezes não se importando com a dor dos mais fracos e oprimidos, pelo contrário até querendo que dizimem todos do continente. Não se esqueçam: Toda vida é importante.
Por outro lado, é preciso coragem e sangue frio para abater a pobreza no país. A Somália está envolta em uma crise política sem precedentes, com a milícia Al Shabaab, um grupo islâmico ligado à rede terrorista Al Qaeda, que costuma escolher seus alvos em Mogadíscio, está envolvida no atentado e em guerra direta aos grupos que tentam controlar o poder, onde desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi destituído e deixou o país sem governo. As secas agravam a fome neste local que já foi considerado o país mais pobres do mundo. Porque tanto interesse em dizimar um país e que ele não apareça nas grandes mídias? Itália, França e Reino Unido sempre disputaram o pais pela sua importância estratégica e comercial. O porto mais próximo da Índia e parte da Ásia. Haviam Sultões e era um país próspero, mas os interesses comerciais estavam acima da população, que sempre resistiu com levantes constantes a usurpação de suas riquezas e dominação. Atualmente a guerra civil para o controle do país está dizimando o que resta da já castigada nação.   
Por um mundo onde possamos realmente conviver com o próximo, com amor no coração, respeitando o ser humano é que eu peço nesse momento:

Solidariedade às vítimas na Somália.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Encontro Biblio Idéias: Como viver de arte - palestra de André Barroso





Momentos do encontro no Biblio Idéias, na palestra: Como viver de arte - com André Barroso

Catalães, uni-vos

Séculos e séculos, mostram lutas apogeus e decadência da Catalunha. Já se passaram, primeiros-ministros, presidentes, ditadores e reis. Obviamente, como diria o mestre Millôr, os donos de comunicação, duram mais tempo. Recentemente, tivemos uma crise sem precedentes no país, que estava levando toda a Espanha a bancarrota, assim como estava acontecendo com Portugal e varreu a Grécia numa crise inimaginável. A Espanha tem essa atmosfera interessante. Estudei nos Pirineus, em Navarra, ao Norte. Era necessário realmente a presença da língua espanhola nas placas e indicações do mobiliário urbano. Eles possuíam uma língua própria que eu jamais poderia aprender naquele momento, além de hábitos diferentes. O que mais gostei foi de estar na balada e um certo momento ter o momento de música Flamenca. Foi lindo! Mas voltando ao foco, o mesmo acontecia nesta região de Barcelona. Língua própria e hábitos diferenciados. Falavam normalmente em espanhol com todos e quando havia necessidade de um comentário por trás dos panos, recorriam a língua Catalã. Uma proteção devido a séculos de dominação espanhola.
"Não passarão!" "Não passarão!", "Não passarão!" O slogan antifascista da Guerra Civil espanhola foi repetido em todo momento. O Espanhol sempre fala mal de seus compatriotas, mas em sua história, a ocupação foi sempre muito sofrida. Podemos lembrar a ocupação mais antiga registrada foram pelos Gregos e Cartagineses que logo depois reivindicada pelos Romanos na Segunda Guerra Púnica. Logo após o declínio romano, as terras, que foram anexadas a Terraco, sofreu sua degradação e esquecimento. Já na Idade Média, os Visigodos invadiram os espaços demarcados anteriormente descrita e foram dominados até o século VIII. Somente no final do século seguinte, Carlos, "o Calvo", nomeou Vifredo, o Veloso Conde de Barcelona e Gerunda, dentro da reação carolíngia. A Catalunha feudal foi estabelecida. Com o casamento do conde Raimundo Berengário IV de Barcelona com Petronila de Aragão formou-se como confederação a Coroa de Aragão, de que Raimundo se torna Príncipe-Regente e mais tarde como o Principado da Catalunha. O caldo começa a curar com a decadência do reino após 1469, quando as regras atribuídas aos reinos não se encaixavam aos mesmos de toda Europa. Envolveram-se num conflito, a Guerra dos Segadores, de 1640 até 1652, contra a presença de tropas de Castela durante a guerra dos trinta anos. Tudo começa a piorar, quando durante a Guerra de Sucessão Espanhola, a Catalunha apoiou o pretendente austríaco no Tratado de Utrecht, deixando os catalães abandonados. Mesmo assim, no século XIX a Catalunha representa a força industrial da Espanha. É a primeira na industrialização. Já com a proclamação da II República Espanhola, em 1931, reconheceu-se a autonomia da Catalunha, que foi perdida logo em seguida Com a derrota dos Republicanos na Guerra Civil (1936-1939). O caldo realmente desandou com a ditadura de Franco.

O resumo da ópera: Um país dentro de outro país. Mais rico, dominado e com uma grande história própria. Muitos catalães viram como um insulto que o Tribunal Constitucional tenha anulado o Estatuto de autonomia da Catalunha, que dava à região a categoria de "nação". E aí vemos a entrada da imprensa, que citei no começo do texto. Os meios de imprensa aliadas as escolas, precisaram de alguns anos de atividade para atingir os jovens que estavam precisando de uma nação. E se aparece na imprensa fica como estopim para que todos possam redirecionar suas atenções. Lembrando que a imprensa manda na economia, manda nos rumos de decisões políticas, mandam no surgimento da nova namoradinha do país e de como você deve se comportar. Nosso grande irmão ainda é intocável. Ele está apoiando o referendo, mesmo o país não estando. O pedido é justo? Claro que sim e apoiado por 99% da população. Não sabemos ainda o interesse da mídia pelo lado certo das reivindicações, há de se esperar. Mas o interessante nisso é como sempre é dado um aspecto maniqueísta da questão. Vimos pela mídia a truculência dada pelos policiais espanhóis em cima do referendo de independência, que serve para nos emocionarmos com os velhos espancados e jovens presos e o mundo apoiar os Catalães. E nada melhor do que colocar a Espanha na parede por ações impositivas através da violência. Esse é um recado do mundo contra os governantes atuais, movidos pelo capital: Não passarão! 

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Reclamações contra o fim do mundo

Mandei minha indignação, meu pequeno texto de pé quebrado, com pontuações bem devidas, até onde não havia. Não obtive um mirrado verso torto das minhas reclamações acerca das inúmeras datas marcadas para o fim do mundo que não foram cumpridas. Muitos agora são cheios de prudência, são inundados de memes e ainda sofrem de severas advertências. Existe alguma tara pela destruição total na sociedade? Ou o não cumprimento do evento, mais de sete vezes, é que compromete a sanidade das pessoas? Essa última, estamos vivenciando diariamente em vários setores de nossas vidas, seja na política ou em discursos de empresas.
Se pensarmos bem, tudo tem começo, meio e fim. As mais antigas religiões, em diferentes pontos do planeta e em diversas épocas da história, escreveram essa história da humanidade com o início e o fim. As histórias se convergem a pontos muito comuns sempre. Para a ciência também. Ela fala no fim do mundo, quando o sol se tornar uma gigante vermelha, daqui a 5 bilhões de anos. 5 bilhões de anos. Podemos aproveitar bastante até lá, mas de qualquer forma, os cientistas já estão impulsionando o desbravamento espacial, onde em breve vamos colonizar Marte e logo depois o universo será o limite.
Temos notícias da previsão do fim do mundo em tempos imemoriais. Podemos destacar em 389 a.C, que fizeram a associação a queda do império Romano. Temos o famoso calendário Maia, que a história da humanidade acabava em 21 de dezembro de 2012. Rendeu apenas um filme catástrofe de Hollywood. A interpretação errônea de alguns estudiosos, levou a histeria nesse período, mas outra linha de trabalho, tinha revelado que a tradução não foi correta e dizia que na verdade estaríamos entrando em uma nova era de mudanças físicas e espirituais e que a roda da história recomeçaria seu curso natural, causando o retorno de eventos já experimentados no passado.
As religiões chamam de diferentes nomes o mesmo evento, com abordagem diferenciadas, mas no fundo, todos iremos sucumbir em um momento. Zaratrusta, na antiga Pérsia, criou uma doutrina chamada Zoroatrismo, também conhecida como masdeísmo. Seus fundamentos influenciaram o judaísmo, o cristianismo e até o islamismo. Nele vemos o evento Frashokereti.  O sol ficaria manchado, plantações morreriam, tudo seria seguido por uma imensa nuvem escura que cobriria o mundo e criaturas maléficas cairiam do céu. No final, um cometa chamado Gochihr vai colidir com o planeta criando um rio de lava que todo mundo terá de percorrer. Só os crentes na religião não vão sentir nada, mas os pecadores vão derreter em agonia eterna. No fim, quem sobreviver passará a ser imortal e todo o planeta falará a mesma língua e viverá em harmonia para sempre. Do outro lado, temos o Kali Yuga, no hinduísmo, é o período final de um ciclo de quatro etapas que o mundo atravessa, e estamos vivendo nessa fase agora. Segundo as escrituras, como o Mahabharata e o Bhagavata Purana, o Kali Yuga consiste em uma era de crescente degradação humana, cultural, moral, social, ambiental e espiritual. Governantes matarão mulheres e crianças e bárbaros espalharão pragas, fome, doenças, mentiras, falsas religiões e grandes secas. No final, todo mundo morre. Logo depois, o ciclo pode começar denovo, chamado de Satya Yuga, quando a Terra será habitada apenas pelos justos e as pessoas viverão por 10 mil anos. Até na cultura indígena Hopi, encontramos esse tema. Na mitologia Hopi, a Kachina é um espírito que vai mostrar a vinda do início do novo mundo, aparecendo como uma estrela azul. É descrita como o nono e último sinal antes do "Dia da Purificação". Uma catástrofe em que tudo será destruído, mas no final, haverá purificação do planeta Terra.
Muitos veem que não existirá um fim completo, mas uma renovação em que os maus deixarão de existir e apenas aqueles crentes e purificados, ficarão para transformar o planeta de todas as mazelas da alma humana. A torcida por um cometa se justifica nisso, mas será que quem está nessa torcida está em condições de estar ao lado dos bons? Será que oram e vigiam?  Até o fim do mundo iludiu a todos com o não comparecimento pela nona vez. Por isso, agora tudo é encarado com grande diversão. Se acontecer, ótimo, mas sabe que não vai acontecer agora. O fim do mês hoje assusta mais do que o suposto fim do mundo real. Mas como o povo precisa dessas paranoias para se sentir acolhido pelo próximo na mesma dor, aguardemos.
Ansioso para o próximo fim do mundo, esse foi suave. Coloco abaixo, a letra muito pertinente da música do Moska e meu amigo Billy Brandão:
Meu amor o que você faria?
Se só te restasse um dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

Ia manter sua agenda
de almoço hora apatia
Ou ia esperar os seus amigos
Na sua sala vazia

Meu amor o que você faria?
Se só te restasse um dia
Se O mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?

Corria pra um shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não da tempo

Pro tempo que já se perdia

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Andre Barroso & Banda - Somente eu





Nova música disponível nas principais plataformas digitais



Artista: Andre Barroso & Banda - Música: Somente eu

Disponível:
Spotify -
https://www.bit.ly/SomenteEuSpotify
Google Play -
http://bit.ly/SomenteEuGooglePlay
Deezer -
http://bit.ly/SomenteEuDeezer
Itunes -
http://bit.ly/SomenteEuItunes

Letra e Música: André Barroso
Produção: Gilber T e Bruno Marcus
Gravado, Mixado e Masterizado por Bruno Marcus no estúdio Tomba Records
Distribuição: Café Forte Musica Digital / Fonoastronauta / Sony
Lançamento: 2017

Produção web: RM Mídias

Contatos
contatoandrebarroso@gmail.com
https://www.facebook.com/andrebarroso...
https://www.instagram.com/andrebarros...
https://www.youtube.com/channel/UCzkn...

Somente eu

Adoro suas risadas
me quebro no seu choro
Somente eu sei...

Quando você me abraça
Para receber o meu carinho
Acho que não consigo disfarçar
O que somente eu sei...

Um sentimento que faz bem
Quando se torna inspirador de alguém
Mesmo sendo um desejo...
Que somente eu sei...

Tão distante é o seu olhar
Tantas outras distrações
tão sendo assim mesma
com inverdades não
consigo disfarçar
o Que somente eu sei...
um sentimento que faz bem
Quando se torna inspirador de alguém
Mesmo sendo um desejo...
Que somente eu sei...

consigo disfarçar
o Que somente eu sei...
um sentimento que faz bem
Quando se torna inspirador de alguém
Mesmo sendo um desejo...
Que somente eu sei...
Que somente eu sei...
Que somente eu sei...
Que somente eu sei...
Que somente eu sei...
Que somente eu sei...

Fergalicious

Absolutamente, o brasileiro não é perfeito. Antes, tínhamos vergonha alheia, pelos produtos com falta de qualidade e no momento em que temos empresas que competem no mercado mundial com qualidade ou melhor, o sistema se volta contra eles. Temos os ignorantes que conseguiram voz ativa na internet e saíram das sombras, quebrando de vez o ovo da serpente, enquanto as vozes críticas se calaram. Mas um fenômeno recente está tomando conta, sem distinção de alvo: O linchamento virtual. A maioria das vezes, quem faz posts de ódio ao próximo, está não só sendo negligente, mas de uma certa forma, estão reproduzindo carências da infância, raiva acumulada, falta de amor no passado e acabam tendo voz ativa nas redes sociais, pelas curtidas e atenções dadas ao que foi falado. Esse amor e comentários dados aquele comentário maldoso ou odioso, acabam preenchendo aquela falta que fez em um passado desse sujeito que se sente confiante em continuar a macular tendo pouca razão ou nenhuma, não importa. Importa para ele ser ouvido. Um dos esportes preferidos destas pessoas, e muito difícil de superar no mundo, é a criatividade nacional em apelidar esse ou aquele.
Se o cara é magro, dizem que é, Macarrão, Vara Pau, Louva Deus, Limpador de Mangueira..se é baixo, vira Carcereiro de Gaiola, Piloto de Carrinho da Hot Whells, Agricultor de Farmrville, Goleiro de totó, Líder comunitário de Playmobil e etc. Conheço até uma pessoa que era magra, alta e vivia com um casaco amarelo. Qual o apelido que foi dado a ele? Banana. Ele adotou esse apelido com tanta força que as pessoas mais próximas não conhecem ele pelo nome da carteira de identidade e sim pelo apelido. Banana é boa gente e tem uma filha linda. Quando tudo começa e ficar estranho? Quando você vê inserido nas palavras muito raiva e pré-disposição a um ato de violência.  Recentemente, o último ato de raiva foi contra a Fergie. A apresentação foi recheada nas redes sociais com atos de extremas maldade contra a cantora no palco Mundo, do Rock in Rio. Foi um verdadeiro linchamento. Em todas as apresentações, estamos vendo uma enxurrada de críticas, algumas elogiosas e outras nem tanto, mas parece que existe um verdadeiro desejo para atacar sem papas na língua. Houve até uma classificação que querem usar deste dia em diante. 'Fazer a Fergie': quando você não se prepara para o seminário, o DataShow dá problema, o vídeo que você baixou não abre, mas você segue em frente com a apresentação.

A Fergie vem do Black Eyed Peas, um grupo popular de muito sucesso nas grandes mídias. Evidente, que já vem com uma carga de expectativa em relação ao show. Quando a técnica falha, como no caso do bluetooth pessoal da cantora com os microfones. Isso aliado aos Playbacks, foram reparados mais do que os acertos. Quem é músico, sabe muito bem do convívio constante em shows com problemas de retorno, sons mal equalizados e outros problemas que fazem parte desse dia a dia. No caso de shows mais frequentes e pequenos, você sabe que vai passar por isso e tem que rebolar, para que o público não perceba, nem fique triste com a apresentação. Imagina em um show com milhões de pessoas assistindo? E ao meu ver, ela se saiu muito bem. Saindo de recente separação na vida real, se saiu simplesmente como uma verdadeira diva no palco. O carinho de quem estava presente e a sua silhueta linda, me recordando do impacto que provoca uma Marilyn Monroe, foram sempre presentes, mesmo sem poder cantar na maioria das músicas. No geral, Fergie é uma das grandes cantoras do pop mundial e não precisa mais provar isso. Tenho uma grande admiração pessoal por ela, e pela disposição em gravar com pessoas tão distintas como Sérgio Mendes [que é admirado, diga-se de passagens, pelos maiores músicos mundiais, fazendo com que o encontro seja marcado nas redes sociais, como o encontro com David Coverdale (Whitesnake)] e Slash. E somente as grandes personalidades, e já falando fora do mundo musical, são tão generosas, ao ponto de convidar o Dream Team do Passinho e Pablo Vittar. Aliás, a multidão se enlouqueceu com a presença das duas. Um verdadeiro gol de placa. Uma pena a revolta gratuita.
Precisamos rediscutir o que está acontecendo, de uma forma que as pessoas consigam entender que fazem muito mal a pessoa ofendida, mas ainda mais para quem é o ofensor. Toda energia de fúria contra seu irmão, se volta contra você. A vida é cíclica. Precisamos estudar mais profundamente esse comportamento e tentar aprender por que existe uma massa tão grande de pessoas infelizes no mundo. Sexismo gratuito? Inveja? Nunca vamos saber todas as mágoas envolvidas, mas como diria meu amigo e excepcional Rodrigo Fonseca: Em Niterói, as portas estão abertas para Fergalicious
Nota: Troquei Bonsucesso por Niterói, por motivos interesseiros mesmo.



quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Gravitações sobre a censura na arte

Já pensaram em um período onde obras de arte são destruídas, apenas por que não estão dentro do padrão de um grupo de pessoas ou que não concordam com que está exposto? Não estamos falando dos Hunos ou Talibãs. Estamos falando de Brasil. Hoje. Vamos primeiro recordar, que não se trata da temática, pois em outros tempos, tivemos a mesma situação.
No período do nazismo, Serena Lederer, um mecenas de arte, colecionou catorze das pinturas de Gustav Klimt. O artista era um grande simbolista austríaco, que tem, entre suas obras, uma famosa pintura retratando um beijo. Lederer enviou sua coleção ao Museu Immendorf Schloss para se manter seguro neste período. Porém, o partido nazista resolveu incendiar o museu. Não só a coleção, mas outros trabalhos de um período de 1898 e 1917, assim como afrescos no teto do museu foram destruídos. Isto tendo Hitler como pintor amador e amante das belas artes, além de estimado cerca de registrado o roubo de estimado 750 mil obras de arte pelos alemães no período da guerra.
Quando Adolf Hitler tornou-se chanceler da Alemanha, uma das suas primeiras ações foi a "purificação da cultura alemã", isto é, queima de livros e rotulagem de arte degenerada. Arte degenerada para eles, seriam qualquer manifestação artística moderna. Qualquer artista, passado ou presente, que não foi visto como tendo sangue ariano foi considerado degenerado. O rótulo foi colocado em muitos pintores alemães modernos, como Ernst Kirchner, que foi considerado como degenerado e teve todas as suas obras vendidas ou destruídas. Kirchner viria a cometer suicídio em 1938. Adivinha quais artistas foram considerados degenerados e expostos como bárbaros para a arte? A lista vai de Alexander Archipenko, Marc Chagall, James Ensor, Henri Matisse, Pablo Picasso até Vincent van Gogh.
Uma das obras, considerada degenerada de Van Gogh, era o Retrato do Doutor Gachet. Essa obra foi roubada do museu Städel, em Frankfurt, e iria ser leiloada por uma bagatela, mas quando Hermann Göring, líder nazista, percebeu o valor da obra, decidiu vender e fazer um lucro pessoal.
Pense bem, não tem justificativa para um ato vândalo contra uma obra de arte. Aliás, vândalo, vem dos povos chamados vândalos que fugiram dos hunos para o norte da África. Controlavam o oeste do mar Mediterrâneo com suas frotas piratas e em 455, saquearam e destruíram obras de arte em Roma. Seu fim foi em 533, com a invasão dos bizantinos. Eram povos primitivos, com sons de um idioma gutural (sons produzidos pela garganta). O que havia de comum entre os dois? A ignorância perante toda discussão que um trabalho de arte quer passar. Ignorância, falta de informação, falta de discernimento...precisa justificar através da força, por que para os fundamentalistas é preciso censurar, impedir e destruir o direito de ver.
Pense por que você está concordando com isso ou não. Se você concorda, você está se posicionando a favor da destruição de monumentos como o Talibã faz detonando arte milenar, patrimônio da humanidade da mesma forma. Nesse momento, você está fazendo o mesmo que os nazistas fizeram com Picasso, nesse momento com Volpi, Portinari, Flávio de Carvalho, Ligia Clark, Alair Gomes e Adriana Varejão, artistas consagrados que estão numa temática de discussão sobre proposta que trate de diversidade, gênero, questões de comportamento, temáticas LGBT. O título que dá a exposição, chamada Teoria Queer ( que é  uma palavra inglesa, usada por anglófonos há quase 400 anos), que afirma que a orientação sexual  e a identidade de  gênero são o resultado de uma construção social.  Temas atuais até tratados em novelas. A intolerância e o ódio, tornam a exposição importante, pois mostra o quanto ainda estamos precisando de educação no nosso país. Educação que passa não só pelo comportamento, mas pelo gosto do aprender, do saber, do questionar, do discutir. Estamos sob a égide de um discurso moralista baseado na intolerância, no preconceito e na inveja. Tempos tristes.
Pense certo. O discurso moralista não ficou nem no debate, foi promovido para um ataque de ódio desenfreado, atacando obras com vandalismo sem consequência, como as igrejas fundamentalistas que atacam imagens de outros cultos e jogam pedras em seres humanos. O discurso moralista é provocado pelos mesmos que tem teto de vidro. Aqueles que clamam por não ter corrupção e são flagrados corrompendo. A índia é o país onde o Kama Sutra está instalado em todo país a milênios. O Templo Khajuraho é o lugar para a maioria das representações do tipo de orgia. Está lá escrito em Sânscrito até hoje intacto, sem destruição, para todo mundo ver, de criança a adulto. Michelangelo pintou a transa de Zeus com a rainha de Esparta Leda transfigurado em cisne. A temática é a mesma, mas estamos tranquilos perante a obra, que na época era transgressora e colocava os mitos em questão. Quem não gostou no período poderia tacar fogo na capela Sistina? Hoje uma referência e tema de estudos. Graças a ele, a ciência do estudo do comportamento está preservada. Temos referencias e elementos para debates. A falta de debates faz com que muitas religiões censurem o que você deve pensar ou não. E se você for ver, você encontra na Bíblia, incesto, degolamentos, adultérios, apedrejamentos, crucificações e até um extermínio em massa da humanidade. A menos que você queira viver em uma nova idade média, com fogueiras torrando aqueles que apenas se opõe ao discurso oficial ou dos moralistas de plantão. Prefiro pensar que esse episódio pode trazer um novo debate e possamos corrigir atitudes. Restringir o que eu ou você possamos ver, se chama censura. E só há uma atitude aceitável: ser contra o fim da exposição. Assim começa os estados de exceção.
Pornografia, mas pornografia mesmo, foi o lucro da instituição bancária no 1º semestre: R$ 4,615 bilhões, aumento de 33,2%, Maior da história.
Então pensem bem.