quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Para Marte, tudo ou nada!

Faltam ainda alguns anos para a humanidade chegar a Marte, mas os esforços estão se multiplicando. Antes, víamos a hegemonia americana decidindo os rumos dessa nova aventura, porém, na cola, partiram China e, pasmem os árabes. Ao mesmo tempo em que temos o maior robô feito pelos Estados Unidos circulando e nos trazendo imagens em 4k, temos as sondas dos outros países circulando o planeta vermelho. Mas essa Corrida Maluca ao nosso vizinho pode significar algo concreto nesse momento de crise mundial, de fome, pobreza e fragilidade da democracia?

Tirando o fato que a maior parte do desejo das pessoas no nosso planeta, quando se tem recursos financeiros é de sumir do mapa, que leva a ida ao espaço uma aventura correta, vejamos algumas coisas que podemos pontuar. Desde Pedro Álvares Cabral, que não se tem aventura de descobertas tão grande até a ida ao homem à lua, que foi um pequeno passo do homem, mas um grande passo para humanidade. As companhias privadas, que também estão na disputa,  dizem que Marte vai ser a nossa nova casa nos próximos trinta anos. Se temos dificuldades em ter uma casa própria aqui na Terra, ainda mais com os preços de energia subindo e uma conta de água exorbitante, com Geosmina de brinde, não parece uma ideia tão ruim.

Outra questão é compreender como evoluiu o clima naquele planeta, numa estratégia para entender melhor o nosso clima. E o nosso clima realmente não está nada bom. E nem estou falando do aquecimento global e mudanças climáticas radicais se aproximando. O clima no congresso não anda bem. A tentativa e esforço do Centrão em controlar o presidente levam a pânico e ondas de calor. Sem falar nas chuvas e trovoadas e os bombeiros de plantão, que  sempre estão apagando incêndios. Temos um alento com a prisão do deputado truculento bolsonarista Daniel Silveira, que esbravejou todo tipo de impropério. Mas o clima pode azedar, com a passada de pano organizada pelo mesmo Centrão que tenta controlar o presidente, mas deixa que seus aliados possam fazer tudo que tem em mente, sem pagar por isso.

Também é importante entender melhor os processos geológicos. Marte parece ser mais sólida em relação a sua composição, estrutura e a história das rochas. Aqui é mais frenético. Temos movimentos de placas tectônicas constantes e uma história de afundamento de grandes massas terrestres. Aqui a terra treme. Às vezes treme por problemas que o senso comum arranja. O caos social em que vivemos com a volta do Brasil ao mapa da fome deveria levar o povo as ruas, mas a mobilização que vemos e grande drama do momento, que mexe nas redes sociais é saber o quantos  por cento a Carol Conká irá ser eliminada. Estão movendo montanhas para a eliminação da broder, como nunca visto em outras edições.

Todos os dias desafiamos a morte na Terra. Condição que pode ser amenizada em outro planeta, onde não existe nenhum sistema econômico opressor que leva no mínimo a um stress emocional grande. A vitória do Flamengo, levando a disputa pelo título na quinta, na última rodada, foi uma prova de resistência cardíaca, que não se limitou aos torcedores, mas também aos anti-flamenguistas que sempre arranjam teorias da conspiração, falam sobre privilégios da CBF com a arbitragem a favor. Foi claramente uma vitória de muita luta e hegemonia de um time que pode emplacar uma dinastia.

É a lei da sobrevivência ir para Marte. Sobrevivência da espécie humana que conseguiu estragar um planeta tão maravilhoso. Imagina se o primeiro homem que pisar no planeta vermelho tiver júpiter ampliando a lua em aquário, mas marte domiciliado em escorpião? Vamos ficar de olho.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Alalaô sem plumas e paetês

O Carnaval de 2021 não será igual aos Carnavais passados. Nesta mesma época, já estaríamos afrouxando as gravatas e caindo no ritmo retumbante, mesmo no clima de mais de 40º que fez no Rio de Janeiro nos últimos tempos, aproveitando para cantar: Mas que calor, ô ô ô ô ô ô! Duas semanas antes, já estaríamos chegando tarde a casa, vendo o bloco passar. A tradicional e tão carioca festa da carne, não acontecerá, assim como a maior festa anual do mundo: O desfile de escolas de samba.

Somente outro vírus seria capaz de frear o Carnaval em tempos remotos: A gripe Espanhola. Mas o período de disseminação desta gripe foi de alguns meses perto do final do ano de 1918. O consolo é que após a gripe, o Rio de janeiro teve um dos maiores Carnavais já vistos, em 1919. O jornalista Mário Filho, que hoje dá o nome do nosso querido Maracanã, tinha obsessão pelo Carnaval de 1919. Parece que foi algo extraordinário, tanto que Carlos Heitor Cony dizia que criou certa tara por um Carnaval que não viveu, assim como a batalha de Salmina, à morte de César e a invasão Otomana na península Ibérica. Ruy Castro disse que foi uma espécie de desforra contra a peste que dizimou a cidade. A Gazeta de Noticias estampu na manchete: Um Carnaval triumphante! Tão incrível que uma notinha miúda no Jornal do Brasil da época dizia que a menor Carmen da Silva enlouqueceu durante o Carnaval e foi parar  no Hospício Nacional.

A gripe espanhola contaminou mais da metade da população do Rio de Janeiro. Os tempos eram outros, e a população média muito menor, mas com a contaminação alta, a COVID teve tempo maior de infecção e fakenews que colaborou com essa disseminação. No Rio, cidade mais atingida, já existiams os relatos de superlotações de cemitérios e nos poucos hospitais, a situação era alarmante. A Santa Casa da Misericórdia, vivia lotada, sem leitos suficientes, sem remédios, sem alimentação e desprovida de condições de higiene, lembram que se passaram mais de 100 anos e vivenciamos o mesmo caos na saúde, tendo fechamento de hospitais de campanha que abriram apenas para superfaturar equipamentos e ser fechado antes do surto terminar por completo.

Se o samba que fez sucesso em 1918 foi o Malhador, de Donga; o de 1919, no chamado Carnaval do fim do mundo,  tem o trecho: "quem não morreu da hespanhola, quem della pôde escapar, não dá mais tratos à bola, toca a rir, toca a brincar... A quadra não é de prantos! Tragam nos labios sorrisos pois já por todos os cantos se ouve a musica dos guisos". O Chá da Meia-Noite , um bloco criado em Honório Gurgel, teve seus versos: "Estão lembrados senhores Desse chá famigerado? Isso foi no anno passado, Num mez de grandes horrores...A Santa Casa da Miséria e Corda Poz muita gente do sepulchro à borda..."O chá da meia noite" Foi caminho mais curto pra morte Do pobre desgraçado, dos "sem sorte" O chá marcou a época tristonha E o ZÉ POVINHO mesmo ardendo em basa Queimado pela febre má, bisonha, Escomungou, de vez, a Santa Casa!"

Em 1918 tiveram quarentena, superlotação em hospitais, negacionismo, escolas com aprovações imediatas, todo cenário que conhecemos pois não evoluímos, mas inventaram a caipirinha. O que poderia ser feito hoje para superar esse ponto fora da curva? Tudo leva a crer que teremos um Carnaval em 2022 como merecemos, com início de duas semanas antes (Na Bahia, um mês antes), blocos irados e musicas na boca do povo sobre o Coronga. Mas como estamos atrasados na vacinação, sem plano de imunização, sem vacinas suficientes e até agora com menos de 2% da população vacinada, corremos o risco de termos nosso Carnaval incrível em 2023 ou 2024.

 

 

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Arthur Lira: Dr. Jekyll e Mr. Hyde

A atitude de Arthur Lira, recém-empossado presidente da Câmara dos deputados, me lembrou bastante o personagem Dr. Jekyll e  Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, publicado em 1886.

 A vitória avassaladora, já pressentida do candidato do presidente, parece ter sido o mote para sua transformação sem precisar do soro da verdade. Aquela que para testa a natureza humana e muda o pacato doutor em um monstro. Que o mandatário maior do país, tem poucos modos, já sabemos. Que o novo presidente é alinhado ao presidente, já sabíamos. Mas chocou a transformação em poucos minutos.

Com um discurso pregando paz e conciliação entre todos, em outro momento, vocifera que todos os partidos de oposição estão banidos das composições. Com ódio reprimido, esquece a compostura e dá a martelada final nos microfones da Câmara, sem nenhum pudor. Em outro momento do discurso, prega a importância da vacinação e de se proteger os cidadãos.  “O país atravessa a mais cruel, devastadora e feroz pandemia do último século, o povo sofre seus efeitos e mais do que nunca precisa que os poderes da República atuem c/harmonia e responsabilidade”, disse Arthur Lira antes da aglomeração na festa que celebrou a vitória.

Seria Bipolaridade? Alguém sensato escreveu o texto e depois que leu, viu que era tarde demais? Quais os motivos dessa transformação tão rápida? Sua amizade de longa data com Eduardo Cunha, sempre foi notada como sendo aprendiz de seu mestre. Atuação sempre discreta e envolvente através dos bastidores. Chefiou a comissão mais importante, a CCJ (Constituição e Justiça) e pode atuar para livrar seu amigo Cunha, em um processo de quebra de decoro. Por outro lado, responde a dois processos. Um fazendo parte do “Quadrilhão do PP”, organização criminosa que atuou lesando a Petrobras, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Ministério das Cidades. E também de agressão a sua ex-mulher.

Lembrando a obra de Stevenson, ela foi baseada na vida dupla de William Brodie, na Escócia, que de dia ele era um respeitado cidadão de bem; à noite, roubava as casas da cidade. Como negociador, Arthur Lira, é apontado como habilidoso e tentou seduzir a esquerda, dizendo que seria independente do presidente. Falava sobre isso, sobre sua capacidade de autonomia, mas no fim do dia era visto de abraços ao seu amigo. O autor do conto, nos leva  o debate político e social da época vitoriana (Karl Marx viveu em Londres de 1850 até 1883), com a cidade dividida entre ricos e uma grande população empobrecida. E o personagem, dividido entre duas personalidades, uma  do respeitado  doutor, exemplo de conduta e a outra, reprimida durante sua vida, que comete vilanias, sem responsabilidades, convive  durante a trama sem problemas de identidade. Muito se fala em termos de psicologia a cerca dessa dualidade enfrentada por muitos, porém nada foi tão visível, quanto a cena final da eleição na Câmara.

No dia seguinte, Arthur Lira, teve que voltar atrás em sua decisão, pois até a possibilidade de cassação poderia haver, com menos de 24hs uma abertura de processo pelo PDT foi levada ao Supremo. Mesmo desistindo de seu primeiro ato, arma as comissões com seus aliados e distribuindo cargos aos mais radicais apoiadores do presidente como, por exemplo, a comissão mais importante da Câmara que será presidida pela famosa disseminadora de fake news, negacionista, Bolsonarista raiz, sabotadora do combate à pandemia e apoiadora dos atos pelo fechamento do Congresso e do STF. Bia Kicis na CCJ. É aquela que analisa a constitucionalidade das pautas para serem votadas.

No conto, Mr. Hyde, faz da jovem Ivy a sua vítima. Quem será a vítima deste Lira transformado? Enfim, foi um primeiro dia tumultuado e que pode indicar uma condução de muito desgaste, ao contrário do seu discurso. E por outro lado, dizem que não vai haver surpresas, que seguirá o ritmo agressivo de Bolsonaro. A esperança é que daqui a dois anos possamos falar ao contrário.

 

 

 

 

Live para o Dia do Quadrinho


Participei de uma live muito interessante sobre o Dia do Quadrinho, entrevistado pela Guilma da DataCoop


 

Campanha para a Laerte



Laerte esteve internada na UTI com COVID. Seu estado era de atenção, com auxílio de respiradores. Os cartunistas do coletivo Pirralha, se juntaram para mandar boas vibrações para a artista em várias campanhas pela imprensa. A boa notícia é que ela já está em casa

 

Podcast SEVAI

 


Podcast da SEVAI sobre ebook X Livro físico. Vcs podem escutar através do link:
https://www.sevai.com.br/

Matéria para a revista O Reformador

 




Matéria que saiu, na mais antiga revista editada continuamente no Brasil: O Reformador. 

André Barroso e banda na rádio Babel

 


A foto de celular, mostrando na programação a música Diante do Amanhã sendo tocada na rádio Babel. Em breve novidades

Cartum


Um cartum, baseado na frase do deputado Marcelo Freixo, produziu esse efeito com um quadro de Pedro Américo

 

Exposição de quadrinhos pandêmicos


A AQC - Associação dos quadrinistas e caricaturistas de São Paulo, promoveu a primeira exposição do ano, de forma online, onde cartunistas do Brasil inteiro tiveram oportunidade de publicar. Podem visitar no site:
https://aqcsp.blogspot.com/2021/01/expo-de-quadrinhos-e-cartuns-pandemicos.html?fbclid=IwAR2Hf_rqL4V_cNE5k-xb8y1W8-Qf9wyOYjor8IPUzK2hKyoBtRX5ICODadM


 

Lançamento dos trabalhos no ArtCult

 



Lançamento da música Diante do Amanhã pelo ArtCult, na volta aos trabalhos de 2021