quinta-feira, 17 de junho de 2021

Brasil se aproximando dos 500 mil

 

Aquele vexame internacional de que tanto o presidente gosta, cada vez mais não parece um filme como ‘Um Cão Andaluz’ de Luis Buñuel e Salvador Dalí, mas sim uma realidade trágica sem uma luz no fim do túnel. Cada vez mais vemos a confirmação da existência de um gabinete paralelo de assessoramento na saúde. Os puxadinhos são cada vez mais levados a título de ministério do que o próprio ministro. Talvez por isso Mourão esteja excluído das reuniões. Deve haver um gabinete de vice-presidência que assume esse papel.  Não podemos esquecer o gabinete do ódio, que fazia muito barulho até ser controlado pelos apoiadores dentro do planalto.

Mas as revelações da CPI sobre a atuação deste gabinete paralelo transformando Manaus em cobaia para testes com Cloroquina são aterradoras. Uma mistura de incompetência, ineficiência, bateção de cabeças, negacionismo e maldade. Nem a atuação de outros líderes de extrema-direita foi tão desumana como nesse caso e Nethaniau já o alertou Bolsonaro que a possibilidade de ser levado ao Tribunal Penal Internacional por crimes contra a Humanidade é real nesse momento. Os governadores e prefeitos que já foram bolsonaristas tentam faz algum tempo se deslocar da imagem do presidente, competindo que vacina mais. E nesse ponto, estão ganhando simpatia da população.

Enquanto cada vez ficam mais evidente, que o Governo ignorou inúmeros contatos para compra de vacinas, mas respondeu e-mails sobre cloroquina em 15 minutos e até aos fins de semana, não podemos falar em escolhas ou apostas imediatas. Estamos falando de salvar vidas como prioridades e não aglomerar fazendo motociatas, ou recusar 70 milhões de doses de vacinas quando houve chance. Reconhecer a existência do gabinete paralelo, que tentou a todo custo empurrar milhões de doses de Cloroquina, que matou milhares de pessoas e não optou por vacinas é confissão do crime.

Miguel Nicolelis já tinha falado que em julho chegaríamos à marca de 500 mil mortos. Sem vacinação, poderemos ser o país número de óbitos no mundo. Os Estados Unidos, no período negacionista de Trump cresceu exponencialmente esse número. Com a promessa de Biden de vacinação em massa, imunizando 70% da população até a comemoração do 4 de julho, o número de mortos pode estacionar em 600 mil. Faço minha previsão de que podemos até ultrapassar esse número com variantes mais perigosas e sermos o número 1. Veja bem, cultivaremos variantes mais perigosas como a variante Andina trazida pela Copa América ou a Delta, e com possibilidades de intervenção internacional para conter essa explosão no mundo. E nessa, Bolsonaro não escapa.

Uma rota possível para o Brasil e ver a rota do dinheiro. Assim como fazem para estancar o trabalho de traficantes. follow the money . A quem ganha com o tratamento da Cloroquina? Ela é eficaz apenas para quem está lucrando milhões. O Presidente do laboratório farmacêutico Apsen, Renato Spallicci, que é um apoiador de Bolsonaro desde antes da eleição de 2018, pode ser uma das chaves para elucidar essa questão. Lembramos que dois ministros médicos da saúde que se recusaram a prescrever a medicação foram demitidos para que fosse necessário um general pudesse fazer as honras de empurrar um tratamento ineficaz contra COVID goela abaixo dos brasileiros.

Esse filme já sabemos como deverá terminar na prática, mas falta saber o que acontecerá com aquele responsável pelas mortes da história. Aquele que resolveu apostar em tratamento ineficaz e não pela vacina. Aquele responsável mor que mora no palácio de vidro. E para os apoiadores, desejamos que não sejam como Forrest Gump, que atravessou a história sem saber o que aconteceu.

Lançamento da música OLHAR E SORRISO

 

‘André Barroso & Banda’ lança Olhar e sorriso
Com produção de Pedro Canaã, em São Paulo, novo single foi lançado.

Depois de lançar o primeiro CD de sua carreira, em 2009, o músico André Barroso e sua banda mantiveram a rotina de shows em circuito alternativo do Rio. Invasão Octopus foi o segundo álbum, de 2012, já com as participações do rapper De Leve, da cantora gaúcha Luciana Pestano e da carioca Tatiana Dauster, entre outros. Em seu terceiro trabalho intitulado Reluz, lançado pela Universal Music,  Gilber T participa desta na produção das faixas que compõem o EP Digital do artista. O EP traz a música Tente enteder, com muitas visualizações pelas redes sociais e streamings, além da regravação de Reluz de Macus Sabino.

Agora, lança a música OLHAR E SORRISO, um single com conteúdo musical muito pop, envolvente, dançante, marcante e pronto para as rádios. A música fala sobre as emoções juvenis de um olhar e sorriso. Todo começo de relacionamento começa desses dois componentes. A música é envolvente e pronta para as rádios.

Instrumentista desde pequeno, participou de corais (como o do Centro educacional de Niterói, dirigido pelo maestro Ermano Soares de Sá), bandas (Thebanda, Só Froid Explica e Blazak!), teve aulas com diversos músicos – entre eles, Alex Magno (ex-Stress), Alex Martinho, Marcos Godoy e Mike Stern – e também se tornou designer gráfico, quadrinista, jornalista e artista plástico. Sua vocação multimídia o levou a desenvolver diversas carreiras ao mesmo tempo, incluindo a trajetória como músico, compositor e artista.



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quinta-feira, 10 de junho de 2021

A saúde tem cura?

Vivemos em um tempo realmente sombrio. Não temos o direito de apenas nos preocupar com a doença que aflora em nossa carne e seu tratamento, mas temos que nos preocupar com fakenews, ideologias da extrema direita e a manipulação de informações. Muitas pessoas acabam passando um mal adicional com verdadeiras crises de autoconhecimento. Muitos estão sofrendo desse mal, antes de sequer contrair qualquer cepa atual do vírus,  como se não bastasse os sintomas durante a doença da COVID e os problemas de recuperação do corpo, pós-COVID.

O sujeito pode achar que faz parte de uma direita carcomida. O que antes aflorou com vigor, um fascista que saia do armário, sem ao menos entender que estava sendo fascista, agora, após o mundo rechaçar a extrema-direita do poder no mundo; de deixar claro na CPI que o governo investiu em imunidade de rebanho ouvindo um comitê paralelo e não a ciência; e por fim ser associado a mentiras e caos disseminando o ódio. Agora, até as mulheres antes de aceitar uma cantada, já querem saber em quem o parceiro votou na última eleição.

O sujeito pode achar que faz parte de uma falsa esquerda ou de ser um especulador da bolsa. Assume as lutas nas redes sociais, mas fala que é precipitado um impeachment agora; não se posiciona diretamente contra o governo e quer ser chamado de intelectual pedindo uma terceira via; diz que participa de protestos, mas apenas faz manifestações particulares de decepção como apenas suspirar.

Milhares de brasileiros estão sofrendo não só com a falta de vacinas, mas são obrigados a se apalparem, depois de momentos de pânico com as revelações da CPI da COVID. Muitos também começam a ficar atentos as notícias, depois de um histórico falas mentirosas do presidente. Alguns se sentem envergonhados de ter que apagar constantemente fakenews de suas redes sociais. A camisa amarelinha cada vez mais em baixa diante de absurdos jamais vistos como quando falsificaram a assinatura do Moro em documento oficial ou quando deixam uma recomendação de uso de Cloroquina no site oficial do Ministério da Saúde sob pretexto de ser um momento histórico e recentemente do presidente usar dados do TCU falsos. Muitos que até ostentavam a barriga do presidente, agora correm para bicicleta ergométrica.

A extrema-direita não é só démodé em tempos digitais, ela é perigosa em vários aspectos. Você ter que se preocupar com a sua saúde física e mental ao mesmo tempo é sofrer em dobro. Saber que tínhamos um país que era referencia em vacinação e hoje é apenas uma sombra mal vista no exterior é duro. Duro, porque mesmo combalidos pela doença, temos que lutar com todas as forças contra a procrastinação de vacinar a todos, de ter que apagar incêndio diplomático contra a China, de trabalhar dobrado para ganhar muito menos e ter que desmentir diariamente as falas do presidente.

O sonho de Bolsonaro em ser a Margareth Thatcher de fardas, a Joana D’arc de laquê dos liberais, retirando todos os direitos sociais, destruindo as florestas, não resistiu  e está ruindo, assim como Trump, a um vírus. A aposta feita por seu gabinete paralelo e ingenuidade contra “comunistas”, não surtiu efeito, pois nossa primeira solução foi com a vacina vinda justamente da China.

A saúde tem cura. Basta não ouvir opiniões e sim a ciência. Basta ter um governo que quer salvar vidas. Basta termos médicos sendo apenas médicos, sem ideologias em suas ações. Basta fraternidade com nosso irmão que sofre sem ter leitos de UTI. Basta.