quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vida Tosca 08


Adeus a tinta no miolo de pão

Ontem, o diário "Newsweek", uma das mais importantes dos Estados Unidos, anunciou que deixará de ser publicada na versão impressa após quase 80 anos de história para estar disponível apenas na internet a partir de 2013. O anúncio choca apenas por ser uma publicação muito importante e que não terá alternativas que unicamente virtual. Muito se discute sobre a permanecia dos impressos, devido aos alt
os custos do papel. Em todos os congressos que acompanhei, sempre se falou em uma convivência pacífica dos meios de comunicação. Mas, apesar de todas os debates, a crise mundial, está falando mais alto e pode sobrepor uma tendência. Isso porque a Times já está pensando no mesmo assunto. A primeira publicação impressa periódica regular, o Nieuwe Tijdinghen, aparece em 1602, na Antuérpia. Desde então, temos o jornal mais antigo do mundo ainda em circulação, o sueco Post-och Inrikes Tidningar, que teve início em 1645. A "Newsweek", lançada em 17 de fevereiro de 1933, foi desde então, uma das vozes mais importantes da narração da história americana e mundial, e chegará pela última vez aos quiosques de imprensa o 31 de dezembro deste ano. O Brasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa. Somente em 1808 é que surgem os dois primeiros jornais brasileiros: o Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro. Não se sabe exatamente o que provocou a decisão da revista, que desagrada particularmente este crítico, mas citaram Tina Brown e Babba Shetty (respectivamente editora-chefe e diretor executivo da empresa, em anúncio na internet.): Abandonar o papel é "extremamente difícil" mas, enquanto a publicação caminha para seu 80º aniversário em 2013, "devemos sustentar o jornalismo que dá à revista seu propósito e embarcarmos em um futuro digital". Qualquer vanguardista dirá que este decreto, está de acordo até com as pesquisas, que mostram que o atual site tem 15 milhões de visitas únicas por mês, 70% a mais que há um ano. É como toda história desde Gutemberg, tivesse endereço certo: o museu. Me sinto como a memória coletiva de nossos avós em relação ao rádio e a televisão, onde existe uma convivência, mas perdeu a importancia social e cultural. Nada mais me abala. Mas não deixa de haver uma certa nostalgia, quando pensamos naquele domingo, que acordamos para tomar o café, podendo ler um semanário vistoso. As tintas soltas nos dedos se resolviam ao final da leitura, que podia ser em casa, na fazenda ou na casinha de sapê.

Adeus a tinta no miolo de pão

Ontem, o diário "Newsweek", uma das mais importantes dos Estados Unidos, anunciou que deixará de ser publicada na versão impressa após quase 80 anos de história para estar disponível apenas na internet a partir de 2013. O anúncio choca apenas por ser uma publicação muito importante e que não terá alternativas que unicamente virtual. Muito se discute sobre a permanecia dos impressos, devido aos alt
os custos do papel. Em todos os congressos que acompanhei, sempre se falou em uma convivência pacífica dos meios de comunicação. Mas, apesar de todas os debates, a crise mundial, está falando mais alto e pode sobrepor uma tendência. Isso porque a Times já está pensando no mesmo assunto. A primeira publicação impressa periódica regular, o Nieuwe Tijdinghen, aparece em 1602, na Antuérpia. Desde então, temos o jornal mais antigo do mundo ainda em circulação, o sueco Post-och Inrikes Tidningar, que teve início em 1645. A "Newsweek", lançada em 17 de fevereiro de 1933, foi desde então, uma das vozes mais importantes da narração da história americana e mundial, e chegará pela última vez aos quiosques de imprensa o 31 de dezembro deste ano. O Brasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa. Somente em 1808 é que surgem os dois primeiros jornais brasileiros: o Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro. Não se sabe exatamente o que provocou a decisão da revista, que desagrada particularmente este crítico, mas citaram Tina Brown e Babba Shetty (respectivamente editora-chefe e diretor executivo da empresa, em anúncio na internet.): Abandonar o papel é "extremamente difícil" mas, enquanto a publicação caminha para seu 80º aniversário em 2013, "devemos sustentar o jornalismo que dá à revista seu propósito e embarcarmos em um futuro digital". Qualquer vanguardista dirá que este decreto, está de acordo até com as pesquisas, que mostram que o atual site tem 15 milhões de visitas únicas por mês, 70% a mais que há um ano. É como toda história desde Gutemberg, tivesse endereço certo: o museu. Me sinto como a memória coletiva de nossos avós em relação ao rádio e a televisão, onde existe uma convivência, mas perdeu a importancia social e cultural. Nada mais me abala. Mas não deixa de haver uma certa nostalgia, quando pensamos naquele domingo, que acordamos para tomar o café, podendo ler um semanário vistoso. As tintas soltas nos dedos se resolviam ao final da leitura, que podia ser em casa, na fazenda ou na casinha de sapê.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012