quinta-feira, 28 de junho de 2018

Ecos do show no Make Music Day Niterói





Momentos flagrantes, do show de André Barroso e banda, no Make Music Day em Niterói. Uma experiência incrível, com a banda reforçada, músicos incríveis e a participação da MC Samantha. 



Um trechinho da última música

Pense nas crianças


Muitas vezes o me encanta nos Estados Unidos também é o que me assusta. Como não se empolgar com a vitalidade do país, a possibilidade de seu projeto acontecer sem problemas orçamentários, o cinema sempre se superando, a capacidade de buscar a ponta científica, assim como é impossível o que ela custa ao mundo e a nós. O que o modo de vida em função apenas do dinheiro faz a um país com fome de usurpar. Não é preciso ressuscitar chavões anti-imperialistas, para se sentir nas entranhas do monstro.
Não dá para defender em nenhum momento a política contra imigração americano, que beira a loucura nazista. A postura de tolerância zero para qualquer imigrante, traz à tona muitas distorções e cada vez mais, uma faceta aterrorizante de uma direita ultraconservadora americana, tendo um presidente que foi filho de um membro da KKK. Para quem viu a série sobre o Trump, que dá golpe até no irmão, tudo pode acontecer. Eu confesso que não consegui assistir a tudo, pois o meu sistema gástrico me ajudou a não terminar e tive que conversar com cellite bocão. Outro dia, uma corredora estava fazendo seu treino na praia e quando passou a linha imaginária de fronteira, foi presa sem recursos...em que tempos estamos vivendo?
Não há como não ficar chocado com a separação de crianças de seus pais. Não tem justificativa plausível para isso acontecer. Apenas ditaduras que não precisam se justificar perante ao país e ao mundo. Por que não existe algum tipo de intervenção contra um ato bárbaro como esse? Crianças imigrantes arrancadas de seus pais e enviadas para centros de detenção separados, trancadas em gaiolas, sem nenhuma idéia de quando eles vão se reunir com suas famílias. Uma catástrofe dos direitos humanos.
Se pensarmos, na formação americana, encontraremos, assim como no Brasil, a formação de uma elite que pretende dominar os mais fracos pela força, através da institucionalização de seus ideais. A escravidão nos EUA, por exemplo, durou 250 anos e era uma atividade legal. O Holocausto era legal. A escravidão era legal. A segregação era legal. A legalidade não é um guia para a moralidade. Não só as crianças escravizadas eram rotineiramente separadas de suas famílias, mas do final do século XIX até a década de 1970, as crianças eram enviadas para as bárbaras “escolas indígenas”, onde seus cabelos eram cortados e seus nomes e cultura eram arrancados. Muitos deles nunca viram suas famílias novamente. Por isso, é fácil entender por que essa atitude do governo tem apoio do Congresso. Na raiz da atual crise de direitos humanos nas fronteiras americanas está a supremacia e a intolerância branca.
Afinal de que lado você está? Separar crianças de seus pais, pondo-as em gaiolas, é demonstração de ódio à humanidade por parte dos EUA. E nesse caso, você consegue se levantar contra seu dominador? Contra aquele que explora seu país e você diz amém?
Os EUA anunciaram sua saída do Conselho de Direitos Humanos. O problema são os direitos humanos ou uma política belicista sem precedentes que estamos vendo renascer? A cultura do ódio disseminada como política, destruindo como um trator tudo o que eles pregam como tendo justificativa na Bíblia. 
Mas agora, com o mundo fazendo críticas ostensivas, Trump volta atrás e revoga a lei.
Mas o que vem depois?

quinta-feira, 21 de junho de 2018

André Barroso e banda no Make Music Day


O Make Music Day ocorre sempre no dia 21 de junho, em cidades do mundo todo. Nesta edição, o evento acontece pela primeira vez no Brasil, na cidade de Niterói (RJ). Uma das atrações é André Barroso & Banda (foto), que toca às 18h40, na calçada do Bemdito Steaks & Burgers, em São Francisco.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Tem Neymar, tem tudo


Numa copa que ainda não engatou, os números das partidas invictas são muito bons. Nunca tivemos um início de Copa tão bom em campo e tão ruim em animação nas ruas. Me lembro da minha primeira Copa em que assisti inteira, com o esquenta nas ruas. Foi na Copa de 82, com a segunda melhor seleção de todos os tempos, na minha opinião. Além desse grupo maravilhoso, um torneio na Espanha de grande monta, tinha o importante esquenta. Foi mais de um mês se falando em futebol pelas ruas. Tive meu único álbum de figurinhas completo e disputado na escola, com as famosas partidas de bafo. As ruas estavam completamente pintadas de verde e amarelo, um orgulho nas ruas, de falar para qualquer um:
- Agora vai!
A geração de hoje em dia, nunca saberá o que era isso. Pintava-se poste, pintava-se chão, era uma animação sua e dos vizinhos, que mesmo não se dando bem, se juntavam para decorar a rua. Não levamos, mas a seleção de 82 ficou no coração de todos. Talvez a única seleção brasileira que não levou o título, mas em qualquer história dos mundiais, será relembrada sempre. A festa como esse período, eu não lembro de ter repetido em outros mundiais. Na verdade, até as competições de “Qual a rua mais enfeitada”, foram minguando a cada Copa seguinte. Hoje, em um caminho que faço todos os dias, vejo apenas duas bandeiras em um apartamento e um enfeite que um bar (que estreou não faz um mês) se propôs a enfeitar, pois tem seus ganhos aumentados com a transmissão de futebol pago na TV.
O Brasileiro indo para o hospital cheio de queimaduras por usar fogão a lenha já que não tem dinheiro para comprar gás, por isso a falta de animação. A situação se tornou tão grave no dia-a-dia do cidadão, que a preocupação com a seleção se torna secundária. Podemos ver um paralelo em outros regimes no Brasil, como na conquista de 70, em pleno regime Militar. Enquanto o povo tinha a alegria com os gols, a economia atingia o auge do “Milagre Econômico”, que beneficiou apenas a uma classe média emergente, mostrando um país próspero e feliz para o mundo, enquanto o povo arcava com uma recessão. Nas celas os presos eram torturados, mortos e desaparecidos. Nas rádios o hino: “Pra frente Brasil!
A máquina de propaganda do regime militar se aproveitou da vitória como propaganda de seu regime
, que tinha como função acobertar os arrochos salariais, favorecendo poucos capitalistas brasileiros e aos capitalistas de multinacionais. Durante o período, houve quase que um abandono do governo aos programas sociais. Lembra alguma coisa? A crise de poderia ser abafada e empurrada com a barriga até as eleições proporcionada por uma eventual vitória da seleção.
Quanto a seleção de Tite, onde o mesmo exalta o modelo da seleção de 82, a mesma da qual me referi antes como meu modelo, você vê semelhanças com 2002, onde Tite fazia parte da comissão técnica daquele ano. Assim como Neymar é do PSG, Ronaldo também foi naquele mesmo ano.  A armação do Brasil, tem uma cara do Corinthians, mas com genialidade do Felipe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar. A Áustria estava em uma fase muito boa, com 11 jogos sem perder. Ganhou até da Alemanha. Zlatan Ibrahimović nem viu a bola. O Brasil de 1956, ganhou da Áustria por 3X2, com o talento de Evaristo de Macedo. Hoje, nossa seleção, tem cara de conjunto e uma pitada de moleque com os garotos. Queria ver o Diego comandando o ataque, mas isso é um luxo pessoal. No geral a convocação foi correta. Ainda torço o nariz por Miranda, mas também é detalhe.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Roda de conversa sobre a ocupação dos equipamentos públicos

Nova logomarca


Nova logomarca que vou usar para o novo trabalho voltado ao mercado internacional

Logomarca


Logomarca feita para a Comunidade Terrapeutica

Para o alto e avante!


Estou escrevendo tentando lembrar qual foi a primeira lembrança que tive do Superman e não tive sucesso. Isso porque um personagem que acabou de completar 80 anos, está no imaginário popular desde nossos pais ou avós. Ele aparece no marketing, nos quadrinhos, filmes, desenhos animados e até numa roda de conversa. Já foi até tema de vestibular. Um personagem tão icônico, já está acima dos meros heróis atuais, se tornando um Deus entre os quadrinhos.
O personagem criado por Jerry SiegelJoe Shuster em 1938, não tinha a expectativa de ser o personagem dos dias atuais. Influenciados pela literatura de H. G. Wells, com a Guerra dos mundos e o fascínio na época pelos acrobatas de circo, eles criam essa figura mítica que podia apenas parar um trem com as próprias mãos, dar saltos mais alto que um prédio de 15 andares (Também influenciado pelo personagem de Edgar Rice Burroughs, John Carter) e ser mais rápido que uma bala. Também nessa época, se popularizou os famosos fanzines, que deram asas à imaginação da dupla dinâmica e o desejo de ser publicado em uma grande editora.
A partir daí nós conhecemos a trajetória do homem de aço, mas não a disputa pelos direitos autorais que pertencem a Warner e nada para o autor e seus herdeiros. E através do tempo, ele foi mudando e potencializando seus poderes e suas histórias foram se adaptando ao estilo da sociedade naquele momento. Em um momento de conservadorismo extremado, foram adicionados personagens mais suaves como supercão, momentos da história do superboy, supergirl e nos momentos de liberdade de expressão podemos ver os super-homens de vários universos paralelos.
Pessoalmente, achava muito poderoso demais para se ter histórias que me cativassem na época, por isso preferia ler Batman, Homem-Aranha ou Raio Negro pela Ebal. Respeitava como um ser muito poderoso e acima de nossas capacidades de derrotar, mas achava um mito como dos deuses do Olimpo. Um ser vindo do espaço, que transcende nossa visão de onde viemos, dos seres que são fantásticos, mas estão no nosso imaginário a séculos. A história de Hércules e do Super-Homem são muito parecidas pela grande importância da separação de uma família terrestre para uma divina, no caso do Super, por seus laços sanguíneos com Krypton e, no caso de Hércules por seus laços sanguíneos com Zeus. Superman surge como uma figura ambígua pela sociedade: veem como um super-herói, outros como um deus, outros como uma letal ameaça alienígena. Tais características foram debatidas por Umberto Eco em um artigo na década de 70. 
O personagem é resgatado por mim, quando vi o primeiro filme sério do herói, feito para adultos, com cuidado em efeitos que eram complicados para a época. O filme de Richard Donner, tendo Christopher Reeve encarnado no papel principal e tendo a contribuição luxuosa de Gene Hackman como Lex Luthor e Marlon Brando com Jor-El, me conquistou como expectador. Apesar da série Batman e seus desenhos animados passarem com exaustão, o filme provou que poderíamos ver um filme de heróis feito de forma séria. Logo depois, o personagem começou a ser desenhado por Neil Adams e assim, voltei a consumir o mito por um tempo. Devo dizer que gostei muito da animação dos estúdios Fleischer da década de 40, que é lindo até hoje, assim como acompanhei nas tardes de domingo o seriado Lois e Clark, com Dean Cain e Smalville com Tom Welling.
A verdade é que os autores vão criar histórias que vão tentar nos atrair, como no caso da morte do Superman, ou as histórias consequentes de suas várias personalidades, mas o mito já se fixou depois de 80 anos. Muitos desenhistas são influenciados na narrativa ou em seu visual e isso será eterno. O caso é que olhamos para o céu em busca de um verdadeiro superman, que nos socorra, com a mesma boca aberta que dos homens da caverna.