quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Mudança de ares


Não tem consolo para Bolsonaro. Ele é um prisioneiro dos ideais Neoliberais. Sua fórmula da extrema-direita acentua mais desigualdades e expõe um país mais violento. Se parece muito com aquela receita da bebida chamada Vinho de Cobra. Esse vinho é encontrado na Ásia, é feito da infusão de cobras inteiras em vinho de arroz. Acreditam que tem propriedades medicinais que cura quase tudo, desde perda de cabelo a virilidade sexual. Porém, vende-se algo importante, que deve ingerir tapando o nariz. No final, ela te faz mais mal do que bem. Uma boa imagem do que aconteceu até agora neste governo. Fakenews prometendo acabar com os problemas e o que vemos é uma prática voltada a atuar produzindo problemas o tempo inteiro.
A américa latina foi varrida, assim como alguns países pelo oriente e Europa, fazendo avançar o fascismo, mostrando um novo conservadorismo, que na prática era o velho conservadorismo com uma cara mais esperta. Os americanos patrocinaram toda a mudança em seu quintal, para os suspiros do velho capitalismo. A fórmula que deu certo nas primaveras árabes, foram implantadas por aqui, financiando grupos de direita do país. Toda a usurpação precisou de uma sustentação jurídica para parecer legal, mas as máscaras ao longo do caminho foram caindo, afinal, golpe não se sustenta por muito tempo, ainda mais com a agenda neoliberal internacional.
A nova versão do capitalismo de laissez faire, pressupõe uma política de direito que tende a agravar a crise da legitimidade do Estado e então transformando serviços público em degradação na visão do público em geral, ataca-se de vez, com a venda dessas unidades, dando lucro apenas aqueles que compraram. Desde 2008, se tem uma fórmula para dar esse golpe pelo mundo, como diz Perry Anderson, no livro “Balanço do neoliberalismo”, destacando um “manual de uso” político da crise, de modo a contornar as resistências políticas e morais. Segundo o documento: “As grandes crises não são confortáveis para os responsáveis políticos, mas elas podem favorecer as mudanças. Estudos da ocde indicam que um gap de produção (a diferença entre produção efetiva e potencial) de 4% aumenta em quase um terço a probabilidade de uma grande reforma estrutural. Foi uma crise marcada por recessão, por uma espiral descendente de salários e por déficits consideráveis que precipitou as mudanças nos Países Baixos nos anos 1980 e no Canadá e na Finlândia no início dos anos 1990, quando as finanças públicas estavam em um impasse. A morosidade da economia também impôs reformas ao Japão. O caso da Europa é instrutivo. Os países que tocaram reformas profundas e difíceis, como a Dinamarca, a Irlanda, os Países Baixos e o Reino Unido, mostram a importância das crises para suscitar apoio às reformas e fazê-las avançar. “
Trocamos o antigo capitalista que bebe gim com o dedinho levantado para aquele que não levanta o dedinho. As agendas mundiais preveem a reforma da previdência, para que os bancos e empresas possam ter outra fonte de lucro e o povo sem perspectiva a curto prazo de poder sobreviver com dignidade no fim da vida, reforma trabalhista para garantir apenas que o patrão tenha seus direitos enquanto trabalhadores definham sem perspectivas e sem garantias, vender tudo para os americanos a preço muito baixo. Essas são as bandeiras a primeira vista. A crise de popularidade se apresenta como ocasião para radicalizar o neoliberalismo, sempre em nome de respostas emergenciais à crise econômica. Por isso, a despeito de 95% considerarem que o governo está no rumo errado, as reformas seguem adiante.
O resultado dessa agenda é a Argentina com Alberto Fernández eleito presidente. No Uruguai, Daniel Martínez e Lacalle Pou vão para o segundo turno. Na Colômbia a Primeira mulher e LGBT eleita prefeita de Bogotá e na Bolívia, Evo Morales Reeleito. Os levantes continuam em outros países e a despeito da força do Chile, não tardará a chegar no Brasil também.
Enquanto isso, levanto um brinde de cerveja as mudanças de ares.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Louvor da Revolução Chilena


Não se trata do livro do chileno Pablo Neruda, que aliás se chama, Incitação ao Nixonicídio e Louvor da Revolução Chilena, mas sim a atualização de mais um país na América do Sul que está se colocando contra o governo Neoliberal. O fracasso dos governos neoliberais e o capitalismo está escrito em todas as lutas que estamos vendo ultimamente. A marca está visível para o mundo todo ver o quanto estamos cansados desse sofrimento de exploração de uma política acachapante no povo.
Essa política de taxar apenas os pobres, atingindo a previdência, leis trabalhistas, favorecimento apenas aos ricos, perdão de dívidas milionárias, desmatamento e extermínio não se sustenta por muito tempo. O uso de fakenews para provocar e aguçar a ira do povo para inflamar golpes pela América latina tem prazo de validade, pois em pouco tempo se vê o quanto foram enganados, e assim como o governo brasileiro não faz nada para conter as manchas de óleo, só resta ao povo essa missão. E somente o povo está se revoltando contra todas as medidas. A população chilena, seguindo o exemplo do Equador, foi às ruas protestar contra o ajuste neoliberal no transporte público e na energia. Sebastian Piñera cancelou os aumentos, mas o povo segue na rua, porque ainda tem a previdência que tanto o ministro Guedes exalta, é um fracasso tão grande que está levando ao suicídio os mais idosos.
Como no Equador, onde o Povo saiu as ruas e queimou prédios da Caracol, no Chile, Povo queima o El Mercurio. O povo não aguenta mais o aumento da desigualdade social causada pelo governo neoliberal. O Brasil, com sua história de submissão vergonhosa diante das injustiças somado a um conservadorismo por falta de conhecimento social e estudos, corre risco de pela primeira vez de se inspirar nos protestos que tomam conta do mundo e virar o jogo. Podemos virar um Chile atual. O medo de muitos em virar uma Venezuela, está se tornando aos poucos em um Chile. E hoje por lá, o toque de recolher passou de 22h para as 20h. Proibido o direito à reunião. Mercados e lojas estão sendo saqueados. Escolas e Universidades cancelaram as aulas e não tem lojas abertas para compra de comida.
O que era o exemplo sul-americano de estabilidade, explodiu. O Chile foi um dos berços do neoliberalismo e, desde a ditadura de Pinochet, todo o plano econômico da Escola de Chicago foi implementado desde fins da década de 1970. A maioria dos serviços públicos foi privatizada. No Chile, uma mensalidade em uma universidade pública pode custar mais do que em uma universidade privada. E como as famílias não têm dinheiro para pagar as mensalidades, criou-se um enorme problema de endividamento dos estudantes que podem passar 15 anos pagando os empréstimos que tomou.
Uma das heranças da ditadura chilena é o sistema de aposentadorias. É uma mina de ouro. Toda privatizada. Esse é o modelo de capitalização individual que Bolsonaro e Guedes querem implementar com a Reforma da Previdência. Tudo para gerar mais lucros para empresários e bancos. Lá, assim como aqui, A situação dos povos indígenas, os mapuches, é triste. Os índios vêm resistindo às ofensivas dos empresários e do Estado para tomar suas terras, que se concentram principalmente na região sul (a mais fértil) do país. Há séculos há uma verdadeira guerra contra os mapuches.
O Chile desperta, assim como vários países como Argentina, Equador, Peru, Honduras e vemos nas ruas o preço que se paga por uma política unilateral. Uma frase pixada nas ruas de Lima, é o maior temor dos políticos neoliberais: “Si no hay pan para el pobre, no habra paz para el rico”. Daqui a pouco chega o furacão na Bolívia.
Não posso afirmar nada, mas tenho certeza que uma brisa do levante latino chega ao Brasil. E mesmo não sendo um texto sobre o último livro de Neruda, Nixonicídio e louvor da Revolução Chilena, deixo sua poesia para inspirar as pessoas.
“No escribo para que otros libros me aprisionenni para encarnizados aprendices de lirio,sino para sencillos habitantes que pidenagua y luna, elementos del orden inmutable,escuelas, pan y vino, guitarras y herramientas.Escribo para el pueblo aunque no puedaleer mi poesía con sus ojos rurales.” (Neruda 1981: 364)

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O coringa


Não, não estou falando de uma pessoa específica que é caracterizada como carta na manga. Até porque, a extrema-direita no mundo está se enfraquecendo com seus líderes sendo engolidas pelo povo na rua. Não precisamos de alguém específico. O coletivo tem muito mais força. Estou falando do filme polêmico do Coringa de Todd Phillips. Polêmico por que incomoda não pela violência, que se torna a desculpa preferida, mas sim dos problemas da nossa sociedade atual,
Senão vejamos. O arqui-inimigo do Batman, talvez o contraponto mais famoso de todos os tempos e uma figura emblemática, começou com a verdadeira idéia de aterrorizar o homem-morcego nos quadrinhos na década de 30, já que o herói lutava contra gângsteres comuns na cidade de Gothan. Conheci o criador do personagem, Jerry Robinson, que era do sindicato de cartunistas. Pessoa simpática que lutava pela regulamentação e certificação da profissão. Ele criou o vilão em 1940, com Bill Finger e Bob Kane que melhorou a personalidade e o visual do vilão. O Coringa foi baseada no personagem do filme O homem que ri, herança do cinema expressionista alemão de 1928. Nele, Gwynplaine é sequestrado quando criança e, por ordem do rei, ele fica com o rosto em um eterno sorriso macabro e quando cresce, vira atração de circo como palhaço. A atuação de Conrad Veidt, em pleno cinema mudo é magistral com sua imagem insólita marcada que influenciou totalmente no personagem atual. Veja no youtube.
As gerações mais antigas, tem a imagem do personagem personificado por Cesar Romero, já um ator consagrado que inclusive nem retirou seu famoso bigode para interpretar, em forma de sátira, com roupas berrantes e caracterizado pelo riso único. Todos têm esse personagem como referência visual e de atitudes infantis, mas engraçadas. Coube a Jack Nicholson dar um upgrade mais “sério” ao personagem, já que Tim Burton tinha uma estética mais sombria. Sempre achei que Nicholson tinha um sorriso que lembrava o vilão, fora ser o melhor ator daquele período disparado. Mas foi graças a interpretação de Heath Ledger, que o personagem ganhou as graças do público em geral. Ledger, com uma atuação que levou ao Oscar póstumo, mostrou a verdadeira dualidade do personagem e uma total loucura a altura de enfrentar o herói. A ideia da cicatriz para marcar o sorriso é genial. E pensar que antes, Ledger fez Brokeback Mountain de Ang Lee, de dois caubóis homossexuais e que levou a ira milhares de fãs de batman no mundo todo. Houve manifestações, mas no final, Christopher Nolan, tinha muita, mas muita razão.
No Coringa, de Todd Phillips, vemos uma atuação magistral de Joaquin Phoenix, em um filme que conseguiu elevar o nível de seriedade, de sanidade e de mesmo tendo uma adaptação livre, deu um filme maravilhoso e bastante contundente de um personagem de heróis. Phillips propôs uma releitura do Coringa através do filme "O Rei da Comédia", que o Scorsese fez em 1983. As referências são grandes, inclusive da participação de Robert De Niro, que foi protagonista. Tá tudo lá: a fixação com o programa de tevê, as tentativas de uma carreira do stand-up, a personalidade doentia e relacionamento imaginário com uma mulher negra. O filme traz a idéia, que o Coringa, que sofria de problemas psiquiátricos, ainda tinha o riso inapropriado que tem origem nas suas doenças neurodegenerativas em que existe a afetação do bulbo.
Mas o mais importante é a crítica social forte e que de uma certa forma dialoga com o fenômeno de Bolsonaro e a extrema direita mundial. A agressividade de uma sociedade capitalista, que não se importa com o próximo, expõe a população a uma verdadeira fábrica de loucos, acaba com ajudas sociais (como aconteceu, no filme, da prefeitura acabar com o centro social e demitir funcionários), mostrar os ricos (como o caso de Thomas Wayne, retratado como um sujeito frio) em contraponto com os menos favorecidos e o clima de tensão social pronto para explodir. No fim, o público aceita a vingança do coringa como algo justo dentro da perspectiva cruel que vive.
Essa realidade dramática tem tudo a ver com o espírito de cidadela de nossa elite. Quando começam a estourar as cobranças e manifestações por descasos sociais, reforçam a guarda e exaltam a tática: Bate, mata, prende. Que é muito diferente de política de segurança pública. Por isso o pânico atual. A única ameaça que uma cidadela teme é uma revolta da guarda.

Entrevista André Barroso


Diretamente do Rio de Janeiro para o Fala Rockeiro. André Barroso conta tudo.
É no LADO 2, domingo 08 da noite na Internova Rádio Web. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

O momento é de São Francisco de Assis


Sempre em momentos de ódio, intolerância ao próximo, radicalização e desrespeito as minorias, parte da população recorre sempre a um contraponto para se agarrar numa esperança de dias melhores. E quem melhor do que São Francisco de Assis? Uma pessoa que renuncia absolutamente a toda riqueza e segurança do mundo para se dedicar ao próximo e a natureza. Não é à toa, que sua missão na Terra foi muito contundente e a chamada para seu despertar fora muito firme em sua, levando ao seu contemporâneo, São Boaventura, a escrever: “Mas, com o auxílio divino, jamais se deixou levar pelo ardor das paixões que dominavam os jovens de sua companhia”.
Servir ao amor e ao Servo. Por que essa frase aparentemente parece fácil de interpretar, mas é difícil de executar? Se as células conseguem se adaptar as variações de oxigênio, por que não conseguimos nos adaptar ao amor supremo? Se verificarmos a tabela de escala da consciência, criada por Hawkins, verificamos que a maioria da população mundial está numa faixa de vibração em Hertz, entre 120 e 20. É muito baixo. Cada pessoa deveria estar no mínimo em uma vibração de 200 hertz. Mas vamos encontrar um percentual grande de vibrações inferiores. Por que isso é importante? No mínimo, de ordem global, uma vibração mundial estando sempre ligada ao medo, tristeza, apatia e ódio. Sendo dessa forma, temos um planeta vibrando raiva pronto para explodir.
Hawkins falou sobre o assunto: “Embora apenas 15% de toda a população do mundo esteja acima do nível crítico 200 de consciência, a força coletiva desses 15% tem o peso para contrabalancear a negatividade dos 85% restantes da população mundial. Devido ao fato da escala de força avançar logaritmicamente, um simples Avatar em um nível de consciência de 1.000 pode, na verdade, contrabalancear totalmente a negatividade coletiva de toda a humanidade. Um indivíduo que vive e vibra na energia do otimismo e da disposição de não julgar os outros (nível 300) irá contrabalancear a negatividade de 90 mil pessoas que estão calibradas nos níveis mais baixos de força. Um indivíduo que vive e vibra na energia do puro amor por toda a vida (nível 500) irá contrabalancear a negatividade de 750 mil pessoas que estão calibradas nos níveis mais baixos de força. Um indivíduo que vive e vibra na energia da iluminação, graça e paz infinita (nível 600) irá contrabalancear a negatividade de 10 milhões de pessoas que estão calibradas nos níveis mais baixos de força (aproximadamente 22 desses sábios estão vivos hoje).Um indivíduo que vive e vibra na energia da graça, do espí­rito puro além do corpo, num mundo de não-dualidade e unidade completa (nível 700), irá contrabalancear a negatividade de 70 milhões de pessoas que estão calibradas em níveis mais baixos de forca (aproximadamente 10 desses sábios estão vivos hoje).”
As poucas vibrações positivas, devem ser estimuladas e propagadas para que possamos ter esse contraponto que mencionava anteriormente acerca de Francisco. Somente o amor constrói. Somente o amor é a solução. A toda notícia sobre liberação de armas, devemos pensar em liberação de flores. Não é à toa que as primeiras frases da oração de São Francisco seja: “Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. ” Ela justamente começa como deveríamos terminar esses tempos sombrios que estamos vivendo. Com amor. Mas levo a esperança que dentro de uma frase antiga, mas sempre atual de que depois da tempestade, sempre vem a bonança. Isso dá, um grande alívio de que retornaremos, em algum momento a uma vibração melhor.
Quais são os sinais dessa pequena luz no fim do túnel? Um papa com seu nome de Francisco que atualmente está militando sobre socorro a natureza pelo Sínodo da Amazônia. Lembrando que a união em favor da paz e do planeta, deve ser sempre nossa maior bandeira. Termino com a lembrança dada pelo Caboclo Aritana, quando lembrou do encontro de Francisco de Assis e o sheik Malike a 800 anos atrás, onde a paz entre católicos e muçulmanos foi selada com uma árvore plantada por eles. Plantaram uma vida e uma esperança de crescimento desse sentimento de paz.


Exposição A caminho da Babel


Dia 02/11, será inaugurado a exposição A caminho da Babel, coletiva de artistas plásticos captaneada pela Babel 08, que acontecerá, pela primeira vez, na cúpula do Caminho Niemeyer

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Dias de rock, bebê!


Absolutamente, o brasileiro não é perfeito. Nunca está satisfeito com nada e quando tem algo de nível mundial, também aparecem aqueles que vão contra. Concordo plenamente com o fantástico jornalista Jamari França, sobre sempre defender o Rock in Rio. Ele é um evento importantíssimo em vários pontos. Evidentemente, devemos rever questões como preço de ingresso, acesso melhor e um line-up mais ousado, trazendo o que está realmente acontecendo de incrível na música mundial e não ficar repetindo atrações eternamente. Não atende ao momento da música. Tanto de velhas atrações quanto aos mais novos movimentos. Eu, por exemplo, queria me despedir de bandas que estão fazendo shows de despedida, como Black Sabbath, Deep Purple, Kiss e etc. Ao mesmo tempo, gostaria de ver Prophets of Rage, Rival Sons, Fontaines D.C., Pistol Fire, Highly Suspect, White Reaper e Graveyard.
Também concordo com as ponderações da jornalista e amiga do coração, Chistina Fuscaldo, quando vai além e fala que o povo consumidor do festival, poderia também ajudar a manter a cultura da cidade viva, frequentando casas de shows no Rio de Janeiro, pagando e incentivando artistas que hoje estão sem ter onde e para quem tocar. O rio é essa contradição, onde se contaminou com a febre de apenas tocar sertanejo, funk ou pagode. Além de faltar mais de Gal, Gil, Caetano e etc na programação. Afinal, o festival não é feito só para rock. A Roberta Medina, realizadora do festival, pode repensar futuramente essas questões, pois afinal quando experimentaram o Palco Sunset, com o formato atual, foi paixão à primeira vista de todos e em muitos momentos, acaba superando as atrações principais.
Entender a escalação do Rock in Rio nunca é fácil. Repete demais atrações porque lota, é venda certa e lucro imediato, logo nuca vão arriscar.  Poderiam olhar mais para festivais como Glastonbury ou o Download Festival, que estão muito atentas ao que acontecem no universo musical mundial.
Nesse período, tivemos bons momentos como Bebe Rexha, cantora das adolescentes que traz uma mensagem muito boa sobre aceitação pessoal, que esbanjou simpatia e deixou o maquiador mineiro Gustavo Fiuza roubar a cena fazendo seu melhor no palco. Fã sempre é isso. Outra que roubou a cena foi Xenia França no show de Seal. Segura, a música na ponta da língua e dando show de interpretação. O que dizer de Júnior Goovador no show de Tenacious D? Groovador já era conhecido pelo seu jeitinho no palco e sempre muito animado. Já falei algumas vezes que já toquei com muitos músicos virtuosos, mas às vezes, aquele músico que se diverte no palco, te transmite mais energia para estar da mesma forma que ele. Ainda posso mencionar Plutão Já Foi Planeta e Mahmundi, a ousada Ana Cañas no show dos Titãns e apesar da voz destruída pelo tempo, mas não menos importante, Whistesnake e sua alegria em retornar ao festival depois de 34 anos.
Mas apesar da recomendação do festival em não ter menções sobre política, nada pode parar o público que sempre mencionou o presidente com palavras de ordem, de forma negativa. Não se confunda, assim como fez Tico Santa Cruz. Tivemos o Pavilhão 9 metendo colocando na lata a repressão nas favelas. Tivemos a Dama do Passinho, Lelê, que homenageou Marielle e o que dizer da Dama suprema da música, Elza Soares que soltou, entre outras: “Precisamos aprender a votar”. “Precisamos ir para as ruas”. Chupa essa!
O Drake não autorizou a transmissão ao vivo de seu show. Uma decisão inédita e que não se perdeu nada. Se fosse uma histórica apresentação ou alguma surpresa, poderia até entender, mas foi apenas Drake sendo Drake. E para isso, o canla oficial de transmissão do festival, resolveu passar o show da Rihanna no lugar. Uma bela resposta, da relação conturbada dos dois e mostrar que aqui não se cria.
No mais, o festival pode olhar mais para atrações que possam explodir e ter seu nome associado ao lançamento desses músicos, como por exemplo: Dois Varguinhas, Zanna, Mamuth, Zero Nove Zero, Nauzia, Pinaud, GilberT, Luísa Lacerda, Aline Peixoto, Bow Bow Cogumelo, Trappo Fino, Daíra e André Barroso e banda. E tenho dito!



Geek Kong Fest


Depois de um tempo divulgando minha participação, autografando o livro do Boto e falando sobre o meu trabalho no Caio Martins, o evento cancela o evento.

NOTA DE CANCELAMENTO.

ATENÇÃO.... PARA PEGAR O REEMBOLSO CASO TENHA COMPRADO NA BILHETERIA É NO DIA 07/10

Sim, também fomos pegos de surpresa, porém não há o que fazer quando o local é interditado para Obra emergêncial com problemas no telhado do ginásio devido aos ventos e fortes chuvas.

A responsabilidade diante de VIDAS é muito maior e infelizmente não há outro local que comporte a estrutura desse evento em nenhum outro lugar.

Charge