quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Desenho do Charlie Sheen


Camisa para o CEMB


Imagem do mascote para as olimpíadas do Cemb Maurício Barroso 2015 na camisa dos jogos do ensino fundamental. Agradecimento especial para Gabriela Pinto que foi a coordenadora dos trabalhos.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Polemica peça

CONSIDERAÇÕES EM TORNO DO CU E DA ARTE.

A reação histérica e odiosa de alguns sobre a performance "Macaquinhos" é completamente aceitável e previsível. Excluindo o fato de que o nosso tempo parece ser caracterizado pelo elogio ao ódio público, a mesma reação tiveram os contemporâneos de Courbet ao verem a sua "Origem do Mundo" ou os de Duchamp ao se depararem com "A Fonte". Também Kandinsky teve suas telas cuspidas pelo público nas primeiras exposições. E até os atualmente aprazíveis Monet e Van Gogh comeram pedras até alcançarem algum reconhecimento.

A sexualidade escancarada na arte pode até parecer chocante por ser revolucionária, mas nada disso é novo. Já em 1912, por exemplo, "L’Après Midi d’un Faune", de Nijinsky, entrou para a história como "o maior escândalo da dança daquele século" por ter o fauno simulando masturbar-se no final do balé. Já em 1972, em uma galeria de Nova York, Vito Acconci, realizou a icônica performance "Seedbed" em que se masturbava oculto sob os espectadores enquanto narrava suas fantasias sexuais com um megafone. O que não faltam são obras que tiveram o desprezo dos seus contemporâneos como resposta e hoje são inegáveis referências da arte.

Mas a culpa de toda essa ignorância raivosa não é de vocês. A culpa é de um modelo educacional que sempre menosprezou o pensamento sobre arte e que nos ensinou que a disciplina de arte nas escolas era apenas para fazer colagens com bolinhas de papel crepom. Por outro lado, um outro monstro ainda maior e mais poderoso que nós culpabilizou nosso corpo e disse que cu não se mostra, de cu não se fala, em cu não se toca e é melhor vivermos como se ele sequer existisse.

Entretanto, desde o século XV aprendemos com os turcos otomanos que "quem tem cu, tem medo" e talvez todo esse alvoroço seja apenas um reflexo dos nossos medos. O medo de encontrarmos cus nos teatros, no cinema, na TV, em out-doors instalados em frente aos nossos condomínios. Medo de sermos obrigados a falar das "partes baixas" à mesa de jantar. O medo de chegar em uma galeria e nos depararmos com um cu exposto e vermos refletido no orifício alheio a fragilidade do nosso próprio ser. O homem tem medo da arte porque sabe do seu poder de escancarar a nossa fragilidade, nossa podridrão, nossa ignorância, nossa humanidade.

A arte não vai nos "apontar uma resposta mesmo que ela não saiba", como esperam os românticos. A arte virá para nos fazer perguntas. Perguntas desestabilizadoras. E como o mais clássico dos perguntadores, Sócrates, também os artistas do nosso tempo terão reservado para si suas pequenas doses de cicuta.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Livro infantil



Finalmente chegou o meu livro infantil O gato que conheceu a história pela editora Kimera. Muito feliz com a chegada dos exemplares. O livro conta a história do amor que a criança deve ter com a literatura. Em pesquisar e ler, a partir das histórias que o gato lhe conta. Em breve as datas de lançamento