quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Todo dia, é dia de halloween

 Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. Antes, tínhamos apenas o dia 31 de outubro para festejar os mortos e climas de terror, mas agora, com nosso governo, o governo americano, a pandemia, o fascismo crescendo e crimes contra minorias saindo do armário, vemos que não há aprendizado dos erros, mas apenas o terror instaurado. O movimento Black Lives Matter nasceu da truculência ariana do governo Trump contra a comunidade negra. O movimento se espalhou pelo mundo. Um movimento importante mostrando que essa desigualdade é acentuada pelos policiais fascistas, mas mesmo assim, todos os dias seja na rua ou nasredes sociais, racistas promovem uma overdose de ódio sem parar. Recentemente, o rapper Travis Scott deletou a sua conta do instagram, após ter recebido comentários racistas por utilizar uma fantasia do Batman durante o Dia das bruxas. Mas, segundo o dicionário bolsonarista, o movimento negro é uma Organização formada por pessoas (de cor) ressentidas que se dedicam a promover o racismo reverso na sociedade; grupo de pessoas (de cor) que não se colocam em seu devido lugar.

Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. O final de semana de feriadão da equipe de Bolsonaro e Flávio, rendeu frutos maléficos. São como gafanhotos por onde passam. Promovendo destruição e atos moralmente degradantes, isso com aplausos do bolsonarismo pelo Brasil, que vê qualquer ato do presidente uma benção divina. Fernando de Noronha, o paraíso intocado, que trabalha em prol de um refúgio da natureza e equilibra todo um ecossistema, está ameaçada pelos destruidores do governo. Vão liberar a pesca de sardinha para uma meia dúzia de pescadores bolsonaristas, CONTRA o parecer técnico do ICMBIO, que já falou que não dá para ter pesca predatória na região, que ainda por cima vai estimular clandestinamente outras pescas. Fora, os insultos de Salles ao Maia na região e pedido de reembolso da viagem paga pelo senado, pelo Flávio Bolsonaro. Depois de destruir a Amazônia e Pantanal, as armas estão voltadas para Fernando de Noronha. Mas, segundo o dicionário bolsonarista, PATRIOTA é aquele que apoia a privatização ou a venda de empresas estatais e de riquezas naturais para grupos estrangeiros.

Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. O desprezo pelas funções que conduzem hoje no governo, onde não se importam com nada, apenas dinheiro e poder parece uma regra. O presidente de um dos mais importantes conselhos do governo federal, Nívio de Freitas Silva Filho, conduziu a reunião completamente bêbado. Não se importou se havia câmeras filmando a reunião, reclamou de seu salário de R$ 42 mil, mesmo com temas importantes a serem tratados. E parece que muitos não se importam mais com atitudes desde moralmente ruins ou até atitudes criminosas, pois a certeza de impunidade está no ar. Um empresário arrastar uma pessoa amarrada ao carro até a morte é defendida pelo seu advogado como pessoa de bem. Mas, segundo o dicionário bolsonarista, o CIDADÃO DE BEM é o homem branco, hétero e de classe média que defende o porte de armas e a sonegação de impostos.

Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. A eleição americana pode definir o rumo que o mundo vai tomar e consequentemente o que o Brasil vai dotar também. Se escolherem o Trumpismo para continuar a seara de ódio e devastação, por aqui assim teremos também. Se escolherem Biden, onde ativistas estão levando eleitores que nunca votaram na vida, estarão dando uma trégua nas mortes e destruição por um tempo e cuidarão do realmente importam: A saúde das pessoas. Por aqui, depois da devastação imposta pelo presidente, nada restará se não lágrimas e a certeza de que temos que levar esses dois presidentes genocidas para Haia. Mas, segundo o dicionário bolsonarista, o ESTADOS UNIDOS é um País exemplar para onde todos os brasileiros querem se mudar um dia. Terra da liberdade em que as leis funcionam e a segurança impera porque os cidadãos de bem podem andar armados.

Nesse dia de finados, lembro das pessoas que se tornaram números nesta pandemia. 160 mil. A morte de cada uma delas deve doer fundo no nosso país. Portanto, o brasileiro que aqui gorjeia, deve ter dentro de si, manter a esperança de dias melhores. Afinal, depois da tempestade, vem sempre a bonança.

 

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