quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Bye, bye Trump

 

Biden não pode afrouxar a gravata ainda. Trump, o menino mimado fascista, não quer largar o osso. Como pode alguém achar que menosprezando a pandemia, deixando mais de 200 mil pessoas morrerem e incentivar Cloroquina e outros produtos não comprovados pela ciência para população tomar, sendo que, quando ficou doente, teve a disposição, os tratamentos mais sofisticados do mundo e achar que vai ser reeleito? Por mim, só ter trancafiado as crianças latinas por meses sem os pais, já seria o motivo suficiente. Mas não dá para ter essa convicção, pois a vitória não foi tão acachapante, ou seja, pelo menos quase metade dos EUA concordam com as atitudes de Trump e se Biden quiser pacificar a América, terá que demonstrar o quanto isso não é correto ou sucumbir a alguns desejos da extrema direita. Vamos ficar de olho.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, parabenizou a Joe Biden pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, assim como vários líderes mundiais, inclusive aqueles de extrema-direita. Mas Adhanom estampa um sorriso na cara, justamente por que teremos uma política de combate a pandemia nos Estados Unidos. Agora haverá proteção e crença na ciência. Não ficará por aí também. A ecologia será tema central, além de obtenção de energia renovável. Essas indicações de mudança de postura, já aliviam um pouco a tensão que o mundo estava com o Trumpismo e o clima de terror e estressante no planeta e os consequentes duelos entre direitos humanos e fascismo.

Devemos atentar que estamos comemorando a vitória da direita americana em detrimento da extrema-direita americana. Isso é importante de se dizer, pois, apesar dos democaratas terem um lado social mais acolhedor, não vai deixar de ser imperialista. Vão continuar bombardeando outros países, invadir democracias e rapinar suas colônias. Mas a seriedade da extrema-direita no poder americano, estava estimulando não só outros dépotas ascendendo ao poder, como as pessoas estavam se espelhando nesse modo de ser, achando que o correto são os valores fascistas. Agora, a população se mobilizou como nunca antes no país e deram um basta a repressão aos negros, aos assédios femininos, ao encarceramento de latinos, a discriminação as minorias e liberdade a cultura. Todos esses setores que antes não votavam (pois a eleição não é obrigatória), compareceram às urnas e querem ter voz ativa na política, criando novas lideranças. Extrema-direita não combina com democracia.

A grande surpresa foi Kamala Harris. A primeira mulher vice-presidente nos EUA. Um feito e tanto. Levará consigo não só a alegria e feminidade, mas a bandeira social, representatividade aos negros e a luta pelo Obamacare. Mas acima de tudo, é uma inspiração.  Inspiração no presente e no futuro do país. Na câmara e no senado, os democratas também tiveram vitórias importantes e emblemáticas. Serão 25% de mulheres, o que já é histórico e fruto de uma construção de base e de muitos movimentos de mulheres que dão suporte as campanhas femininas. O que dizer de Sarah McBride, a primeira transexual eleita senadora estadual nos EUA? O ineditismo vai além, com uma congressista ativista do movimento Black Lives Matter, uma alinhada ao movimento QAnon, um negro homoafetivo e um rapaz de apenas 25 anos. Que cores podemos esperar nesse novo ciclo? Com certeza avanços sociais importantes que vão reverberar no planeta.

E o fascismo acabou? Vai voltar para as sombras? Não amiguinho. O projeto do fascismo vislumbrou possibilidades com Trump, Bolsonaro, Sebastián Piñera e líderes na Espanha, Alemanha e Holanda. A truculência está sem cortinas. Achar que levar vários homens fortemente armados com cédulas de votação falsas ou jogar um ônibus da campanha de Biden para fora da estrada e no final, ouvindo de Trump: "esses patriotas não fizeram nada de errado". Achar isso normal e lícito é ter que rever suas atitudes no mundo atual.

Trump perdeu e acha que ganhou ou melhor quer fazer acreditar que ganhou, assim como fez no comando da presidência. Só tenho uma coisa para falar: VAI CHORAR AGORA FORA DA CASA BRANCA, TRUMP!

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