quinta-feira, 9 de maio de 2019

500 anos sem Leonardo. Viva Leonardo!


Quando nasci, um anjo torto, talvez o mesmo de Drummond, me disse: Você será um polímata! Sim, sou polímata. Está no dicionário. Mas não é algo incomum. Aliás, é mais comum do que se imagina e sempre que dou uma entrevista e se espantam com o fato de fazer vários tipos de artes diferentes, música, conservação de patrimônio histórico e escrever. Lembro sempre de uma figura, onde todos também conhecem, tanto no interior de Minas, quanto nas grandes cidades: Leonardo da Vinci. Este sim era o maior dos polímatas. Alguém que dominava tudo em que apegava. A grande referência para arte, como para outras habilidades humanas como engenharia, medicina, construção civil, guerra, robôs e etc. por isso que se comemora seus 500 anos de nascimento. Poucos ficarão na história por tanto tempo e ainda seguirá sendo referência para todo sempre. Eu irei ao esquecimento, Leonardo será eterno.
Até hoje, 500 anos depois, encontramos novidades sobre essa figura tão extraordinária. E na sua comemoração, nas homenagens, com direito a chefes de Estado, foi revelado que “o maior gênio do mundo era ambidestro”. Depois dessa revelação não vou nem conseguir dormir, pois o que falta descobrir de quanto era um gênio completo. Essa divulgação conseguiu abafar todos os noticiários sobre a política e economia no Brasil e mundo. Só mesmo Leonardo para tal. Enquanto grandes pintores estão restritos a países ou a entendidos de pintura, Leonardo consegue extrapolar essa barreira e ser reverenciado por qualquer pessoa de níveis sociais diferentes. Uma unanimidade.
Pensando em pintura, Leonardo não teve uma produção tão grande. Aliás, mínima. Menos de 20 conhecidos trabalhos, sem contar os inúmeros desenhos. Mas além de dominar a pintura, foi capaz de ser o melhor, criando técnicas como o esfumaço, isso sem ser um pintor de profissão. Você pode notar o trabalho de figuração D’A Santa Ceia retábulo de soluções inovadoras, de impacto visual tremendo e a grande referência da cena para os dias atuais. Maravilhou até Napoleão, que queria levar a obra com ele, mas foi persuadido por um monge a não fazer.  Foi escultor promissor, com trabalhos simples como a Anunciação até o monumento Trizulvio. Fez retratos como de Ginevra de Benci, mas a sua obra prima, Mona Lisa é uma das obras, senão a obra mais importante de todos os tempos. Quem não fica hipnotizado, conseguindo ver no meio de um mar de japoneses, esse quadro icônico. Um quadro que deu o que falar na literatura, com teorias tanto na capacidade pictórica, de inovação, de ser seu alter ego, tanto quanto por teorias de inclusão escondida de referências e até de medidas astronômicas com erros de milésimos. É a encarnação da beleza feminina na época, e que fez até Rafael pintar uma quase cópia com sua Maddalena Doni, de cerca de 1505/06. Gosto muito de uma cópia que está no museu do Prado, com mais cores e mais clara. Recentemente, foi descoberto um quadro de sua autoria. Um autorretrato. Foi descoberto na pequena vila de Acerenza, no sul da Itália.
Suas contribuições para aeronáutica, militares, construção civil, engenharia e medicina são incalculáveis. Dissecava mortos para estudar a dinâmica do corpo humano e para seus segredos não serem expostos, ainda conseguia escrever de trás para frente. Não deu certo apenas quando abriu um restaurante com Botticelli, pois mesmo que os pratos tenham sido feitos para uma nota 10 se estivesse no masterchef Brasil, os menus escritos ao contrário não fizeram sucesso.
Alguns atribuem seu sucesso a alguma viagem no tempo ou visões do futuro, por conta de alguma mediunidade. Leonardo passava algum tempo em cavernas na região e voltava com ideias prodigiosas como o presente ao Rei que fez de um leão mecânico robotizado, algo que na época tomou um terror na corte por ser tão real.
Parabéns Leonardo da Vinci. Esse ano faço aniversário de nem 1/9 de sua glória, nem um pingo de seu oceano, nem maturidade, mas vou admirar sua existência enquanto estiver nesse planeta.

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