quinta-feira, 11 de março de 2021

Combater crimes cometendo crimes

"Onde mais descer, na escala da degradação?", disse Gilmar Mendes, sobre a Lava Jato. Já relatei o meu voto pela expulsão de Sérgio Moro da advocacia e julgar a sua parcialidade em todo processo, que evidentemente está claro. A sacudida dada pelo judiciário, com mudanças claras do jogo político e uma ansiedade quase adolescente para saber quem irá ao paredão. O maior escândalo judiciário da história do Brasil foi ajudado pela mídia que levou o presidente Bolsonaro ao Planalto. A previsão é que Moro vai pagar 200 mil reais e vai se livrar da cadeia. Prenderam o Lula, no começo, pelo Triplex sem provas, apenas por convicção. Tiraram da corrida eleitoral à força, com a imprensa internacional e representante da ONU vendo esse teatro.

"Nem animais para o matadouro se leva da forma como se levou um ex-presidente", disse Lewandowski sobre condução coercitiva de Lula. Além de todo processo viciado, da perseguição de Moro, com direito a escutas nos escritórios dos advogados de Lula, a cereja do bolo foi a prisão do ex-presidente, com direito as maiores redes de televisão mostrando o evento como a um circo. Se há circo na história, deveria haver mulher barbada, atiradores de facas e até com muito nojo pessoal, anões besuntados na luta no gel. Sempre temos a sensação, que nosso país o inconsequente e o essencial se confundem. Não dá tempo nem para discutir coisas sérias como a inflação e a contratação do Rafinha no Flamengo.

O ministro Lewandowski diz que Lula não teve um julgamento justo, mas um “verdadeiro simulacro de ação penal, cuja nulidade é evidente”. Provas colhidas ilegalmente, forjadas e um juiz e condenador que foi alçado a Ministro da Justiça de seu rival, mostram cada vez mais ao país, o buraco em que estávamos metidos e se a frase de Gilmar mendes sobre Bretas e a Lava Jato, dizendo que “supostas irregularidades” sejam de “corar frade de pedra”, o buraco certamente é maior do que todos imaginam. Sempre seguimos o dia seguinte, com o pensamento pessoal de: “O que não devemos estar perdendo?”

Muitos acham que o Ministro Fachin fez finalmente justiça. Ainda que demorado cinco anos. Agora remoemos tudo que aconteceu no passado, mostrando o quão absurdo foi todo processo, mas que na época, ninguém viu. Mas Fachin quer proteger Moro e a Lava Jato. Mesmo que por isso, tenha que soltar o maior líder desta nação e correr o risco de enfrentamento com Bolsonaro na próxima eleição. Moro estava sendo financiado por grupos americanos e essa estreita relação vista com um jornal americano mostrando que Eduardo Bolsonaro estava na cúpula das decisões da invasão ao Capitólio americano. A wickiLeaks  já mostrou documentos sobre a ida de Moro para um curso de como derrubar governos, de forma jurídica, por um grupo da CIA.

No olho do furacão, houve gente pedindo que o Lula fugisse ou aceitasse não disputar as eleições, que a Dilma renunciasse. Imaginem se entregando? Eles estavam certos o tempo inteiro e se mantiveram firmes com as decisões, mesmo com injúrias da imprensa, população radicalizando, e enfrentando a prisão injusta. Todos que apoiaram Moro para a queda de Lula, dando o pontapé do golpe, agora estão numa faca de dois- gumes. Salvam Moro e soltam Lula. Colocam em risco a vitória para a próxima presidência no colo do Lula, mesmo correndo por fora, já falando que a bolsa já mostra subida e o dólar disparou.

Posso não estar acompanhando o Big Brother, mas esse paredão quero acompanhar.

 

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