quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Cadê a voadora em Chico Rodrigues?

Presidente, cadê a voadora em Chico Rodrigues? Aliás cadê a voadora na esposa? Cadê a voadora nos filhos? Cadê a voadora em seus amigos e vizinhos? Cadê a voadora? Todos já sabiam que os parâmetros do presidente são suspeitos. Ele pode falar que fez o que todos no seu governo fazem, que é escolher os dados que lhe convém. A vergonhosa situação em que Chico Rodrigues foi pego, é um retrato fiel do governo. "Quase uma união estável", disse Bolsonaro ao senador Chico Rodrigues, vice-líder do governo no Senado, que tem uma ficha imensa de problemas com a justiça por corrupção. O problema é que essa situação não é uma gota no oceano e sim modus operandi.

Sempre vão existir aqueles defensores que estarão de prontidão. Justificando o injustificável. Dirão eles que o mito falou algo que o senador não compreendeu, como: Chico, leva esse dinheiro no TCU. E eis que Chico Rodrigues respondeu: Onde? Não foi culpa do presidente, a corrupção estar ao seu redor 24hs por dia. Ele nunca faz nada para esses eleitores de plantão. E digo e afirmo, é verdade. Ele não fez nada durante 25 anos como deputado federal. Apenas algumas poucas leis beneficiando o exército.

Agora, com a virada de jogo com Biden na frente nos EUA e a vitória acachapante de Arce nas urnas na Bolívia, dando vitória para o candidato de Evo Morales. O golpe nos países latino americanos pela extrema direita e chancelados pelos Estados Unidos, tem curta duração. E foi assim até onde os americanos tentaram introduzir uma democracia nos países árabes que saqueou. Não se sustenta a longo prazo. O problema é lapidar o que for possível nesse curto espaço de tempo por todos os larápios envolvidos.

Chico Rodrigues, não só nos constrangeu com seu ato explícito, como mostrou várias facetas do nível do nepotismo da família Bolsonaro, quando o sobrinho do presidente é empregado como assessor do senador. Léo índio, primo de Carlos Bolsonaro, tem um dos mais altos salários do senado, sem justificativa para tal. Sem nos esquecermos de que fez a campanha para colocar o outro filho, o Eduardo, como embaixador do Brasil nos EUA à força. Como um homem tão próximo, não representa as aspirações do mandatário maior? Mas a história é implacável.

A pergunta que não quer calar: O presidente não tinha acabado com a Lava-Jato, porque não existia mais corrupção em seu governo? Diriam que foi um caso isolado, um deslize. Quando você olha a situação do senador, descobre que empresas ligadas a Chico Rodrigues tem R$ 2,3 mi em contratos com governo Bolsonaro. Daí vemos argumentos frágeis na defesa do presidente. Muitos governantes caíram por bem menos, por isso, devemos observar aqueles que estão sustentando o presidente na cadeira mais importante do país. Certamente estão ganhando com a pandemia, ganhando com a dilapidação do país e tirando todo dinheiro de caixa possível. Se tínhamos um país que sempre teve sob domínio americano e preso a uma dívida externa galopante e em outro momento, não só saudamos essa dívida e aumentamos o caixa a ponto de emprestarmos dinheiro, vamos voltar a condição de colônia?

Bolsonaro tenta tirar o corpo fora, tenta deslocar sua imagem do senador, como um cão sarnento, mas o Diário Oficial da União não deixa mentir. Ele foi escolhido vice-líder do governo pelo próprio Bolsonaro, no início da sua gestão. Não foi o Senado. E esse modo de agira com seus amigos, pode prejudicar o presidente mais à frente. Quantos ele colocou em escanteio por simplesmente achar que pode atrapalhar sua imagem perante seu eleitorado mais arraigado?

A nota de 200 reais, poderia ter um recall para o peixe ROBALO, ou então aumentar para uma cédula de 500 reais, assim o senador poderia esconder o mesmo valor sem muito sofrimento. Fica a dica, pois afinal, o Brasil parece que prefere a retórica do que a evidência.

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