quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Conclusão: Genocídio!

 

Setenta e seis anos se passaram desde o término da Segunda Guerra Mundial. Dos brasileiros,  450 praças foram a óbito e 12 mil feridos nos combates. Nada comparado as mais de 600 mil mortes pela COVID. É i maior responsável por mortes do que qualquer conflito armado que o Brasil esteve presente. Foram 50 mil na Guerra do Paraguai. Nem comparado aos números como os 35 mil na Gripe espanhola. Essa é a maior tragédia que o país enfrentou, desde a chegada dos Portugueses ao país. Não é pouco. E se imaginarmos que com verdadeiras políticas públicas, teríamos como salvar pelo menos 100 mil vidas, a CPI está apontando que temos um adjetivo que pode ser oficialmente aplicado: Genocídio.

O que o Tribunal de Haia considera como genocídio? Os atos e conduções do presidente podem gerar punições? O tribunal que julga denúncias de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, já recebeu mais de três pedidos contra Bolsonaro e talvez o dos povos indígenas seja mais plausível de ter continuidade. Por lá, por exemplo, Ahmad al-Faqi al-Mahdi de um grupo fundamentalista islâmico ligado à Al-Qaeda,  esteve envolvido com a destruição de santuários sagrados em Timbuktu, no Mali. Foi condenado a nove anos de prisão. A denúncia que avança internacionalmente é sobre a promoção de ataques sistemáticos contra povos indígenas Haia considera genocídio como extermínio deliberado de um grupo étnico e por isso, o pedido de vista avança nos países baixos.

Queria ter o poder da profecia, de vislumbrar o futuro como as pitonisas gregas ou até um olhar apurado como do personagem do Woody Allen (Acho que na Poderosa Afrodite), onde ele inicia um curso de pintura porque a idade média estava acabando e iria se iniciar a renascença, para poder ver essa imputação de genocídio acontecer. Por que é só claro os danos de crimes de responsabilidades do presidente atingirem apenas aqueles que perderam familiares. Os depoimentos dos atingidos são tão comoventes a ponto de comover o intérprete de libras que tentava traduzir com lágrima nos olhos. O mínimo que nosso presidente será indiciado sobre epidemia com resultado morte, infração de medidas sanitárias, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime; falsificação de documento particular; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crimes contra a humanidade; crimes de responsabilidade; e homicídio por omissão. Isso para falar por baixo.

Falar que o presidente, que já declarou ser fã do torturador Ulstra, do ditador Médici, adorador incondicional do filho da KKK Trump, de serem amigos de todos os extremistas de direita na Europa e Estados Unidos, com certeza vem da influencia do orgulho que tem de seu bisavô que lutou ao lado de Hitler e até perdeu um braço. Dizer que ele está mais próximo de Gandhi pelos apoiadores é até um escarnio. Mas temos essa herança da segunda guerra mundial, onde os americanos foram os verdadeiros vitoriosos na geopolítica mundial, introduzindo a noção de que o capitalismo era o herói e o comunismo comia criancinhas, onde o discurso do presidente se baseia para qualquer discurso ou desculpa. O mundo mudou e a China vem crescendo e preocupando os americanos e todos aqueles que se baseiam nesse discurso que apenas coopta pessoas mais idosas e apreciadores do fascismo e da política que sufoca os mais desvalidos para locupletar os mais ricos.

Não falar em genocídio é que é um absurdo. Não é uma questão de opinião ou semântica. Foi premeditado. Já dizia Eduardo Galeano, que o genocídio começou quando "Eles tinham a Bíblia e nós a terra. Quando abrimos os olhos eles tinham a terra e nós a Bíblia” e hoje, temos os mesmos propósitos, utilizando os mesmos discursos. Só que agora, o mundo está de olho e podemos segundo o relatório final da CPI dizer que foi com certeza genocídio.

Sem dúvida estamos em um momento tão difícil que nem previsão em terreiro é capaz de definir qual destino de Bolsonaro daqui para frente.

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