Que
ano! E não falo em causa própria, o que realmente esse ano fez juz a
esse escárnio pessoal, mas pelas perdas e em particular de um amigo e
ídiolo pessoal que está internado em estado grave. Falo do escritor Luis
Fernando Veríssimo, internado desde quarta-feira à noite em Porto
Alegre. Meu ídolo está com uma infecção generalizada e respira com o
auxílio de aparelhos. O problema também afetou os
rins e ele está sendo submetido a sessões de diálise. Fico olhando para
tráz e vejo os talentos e influencias que perdemos somente em 2012.
Perdi (e digo perdi, egoistamente, de forma proposital) as leituras de
Gore Vidal, Carlos Fuentes (que deu esse ano uma entrevista muito
inspiradora), Autran Dourado, Manuel António Pina, o fabuloso Ray
Bradbury, Boris Strugatsky, Antonio Tabucchi, Jan Trefulka, Emir
Bemerguy e a maior perda na minha opinião, meu ídolo maior e número 1 do
panteão de influencias positivas na minha vida profissional...Millor
Fernandes. Veríssimo, me levou a querer escrever também. Sempre fã de
resenhas, livros, romances e quadrinhos. Com ele, me senti próximo da
excrita. Me senti à vontade para me expressar. Me senti capaz de
publicar opiniões. Conheci Veríssimo pessoalmente em Porto Seguro, em um
festival de humor na cidade. Os cartunistas convidados para aquela
semana mágica (que não se esvai da minha mente) foram: Eu, Luis Fernando
Veríssimo, Paulo Caruso, Nani e Mário Valle. Estava muito feliz em
estar ao lado deles, participar de eventos, jantar e conversar sobre
nada à beira da piscina. Com ele aprendi que todos, até os ídolos,
gostam de banalidades e de um dia de frivulidades normais. Achava que
deuses como ele, faziam deusices! Quero ler ainda muito suas crônicas e
reve-lo em algum evento. Força Veríssimo! Você vai me brindar ainda com
muitas histórias! Não complete essa lista de 2012 e não me deixe mais
chatiado com esse ano! Que ano!
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