Ninguém nunca explicou por que o Chile, com o qual os
Neoliberais sonham sorrindo, não privatizou sua estatal do cobre. O Chile é um
caso isolado? Ok, mas ignorar as diferenças quando se quer usá-lo como exemplo
e invoca-los quando o exemplo não serve, não vale. Principalmente, não Vale do
Rio Doce. O caso do governo federal agora que querer privatizar os Museus
públicos, perto das eleições, mostra, a correria para tentar privatizar, vender
e tentar aprovar todas as pautas negativas a população e de interesse de
poucos. É ver que países como Alemanha dá universidade gratuita para todos. A
água que o Rio de Janeiro quer privatizar, a França e Alemanha
reestatizaram. A esse caminhar, o
presidente poderá botar no seu currículo, que foi mais longe do que o Pinochet.
O perigo à vista são de não só continuarmos a destruir o
país, mas ter uma continuidade do desmonte, com agravante de um novo AI-5
voltar a todo vapor. Lembrando que em 64, os movimentos que antecederam ao
golpe, tinham após a renúncia de Jânio (alegando “forças ocultas”), um Goulart
que teve a iniciativa de reformas sociais urgentes, como a agrária. Goulart assina dois decretos: o primeiro nacionalizava todas as
refinarias de petróleo particulares e desapropriava propriedades rurais numa
faixa de 10 km à margem de rodovias ou ferrovias federais. Com isso irritou o
capital nacional e internacional. Logo após, milhares
de pessoas participam da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, organizada
por várias entidades conservadoras, entre elas a SRB (Sociedade Rural
Brasileira) e a UCF (União Cívica Feminina). Todas bancadas pelos setores
privados. Alguma semelhança com que vimos e vemos nos dias atuais?
Mas um fenômeno é mais grave, ao
meu ver. O crescimento do fascismo no Brasil e no mundo. Reli o livro de
Christian Delacampagne, que fala sobre os pensamentos de Sartre, Heidegger e
Wittgestein, sobre o ponto de vista deles na época da segunda guerra. E é
possível, sem sombra de dúvidas, afirmar que é um discurso de ódio de
imperativos nazistas sim, e não associar a intolerância, de idéias diferentes a
esse sistema. O que me deixa de queixo caído, são a admiração que não é mais
velada pelos ideais. Como o livro Mein Kampf, que fala sobre Hitler, ser uma
edição esgotada e altamente procurada na Feira do livro em Lisboa. Estão de
volta, os ideais defendendo a tortura, a ditadura, o
racismo, o sexismo, a homofobia, o criacionismo e o fundamentalismo religioso.
Não é possível, que os interesses de uma elite egoísta, que clama por direitos
de sangue, se sobreponham aos direitos individuais, a Liberdade e a Democracia.
Um regime que não apenas odeia, como despreza uma classe social, ou sexo oposto
ou sua diversidade, uma raça e com intolerância religiosa, mas é capaz de
qualquer coisa, principalmente pela força, impor suas metas.
Um traço comum se viu, na
organização popular na internet das mulheres contra “Ele”. A estratégia,
poderia ser, se aproximar das mulheres, abrir pauta de discussão ou até
arregimentar aquelas que são pró candidato, mas a resposta veio da forma como
sabem fazer: Atacando, usando fake News, hackeando e ameaçando a vida das
organizadoras. Como nada é feito, como uma censura a candidatura, ou pelo STE
ou por órgãos que fiscalizam as condutas eleitorais, tudo é permitido. Como por
tempos, foram proferidos absurdos nas frases do candidato e nada foi feito,
existe a anuência de todos com o que foi falado. Se uma parte da população,
aprova o discurso de ódio, o mesmo não se pode falar das leis eleitorais que
deveriam reprovar qualquer tipo de ofensa discriminatória, vinda principalmente
de agentes públicos.
Pergunte quais são suas verdadeiras propostas e se seu
passado como parlamentar conseguiu algum progresso social ou de alguma
serventia a população em 25 anos de atuação. De qualquer maneira, está
totalmente ausente as discussões reais acerca das propostas dos candidatos. Ou
porque acham que é irrelevante ou porque acham que é relevante e incômodo
demais. É mais importante atacar e odiar nesse momento. Que os Deuses não nos
tragam uma terceira guerra mundial.
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