Ecos do debate de ontem no Museu de Arqueologia de Itaipu, com mesa redonda sobre ocupação dos espaços públicos, com participação minha, Lívia Fernandes, Talíria Petrone e Mirela Araújo.
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Matrix nossa de cada dia
Em qualquer cultura do mundo, o casamento é o momento de
celebração mais aguardado por muitos. Muitos paramentados, outros simples, mas
todos importantes para quem está assinando esse compromisso religioso, tendo
familiares e amigos prestigiando. O único de tempos em tempos que recebe
atenção do mundo todo e movimenta milhões de dólares é o da família real
britânica. Um evento que movimenta toda a cidade, que recebem turistas e
corrobora para manter a tradição da monarquia ainda atuante no país e em alguns
outros países. É claro que a pompa é a tônica mais importante. Todas as classes
sociais ficam vidradas nesse evento, fazendo com que, em alguns casos, não só
acordem cedo para ver na televisão, mas se vista a caráter para ocasião. Você
acorda ás oito da manhã e vê sua mãe elegante e pintada na frente da TV. Um
desejo incontido de alguns por terem o mesmo tratamento algum dia, mas é bom
sempre lembrar, que a diferença que ele é herdeiro de uma coroa real e o resto
do mundo não é. Tal qual o juiz inglês usa peruca e toga, para diferenciar do
réu.
Outro fator interessante é mostrar para seus súditos o quanto
é uma pessoa sóbria. Afinal, o respeito pela casta, é importante para que a
população aceite que uma família deve ser custeada por todos ad infinito. A
circunspecção é o seu parâmetro, é o que os distingue de nós plebeus. Não se
abalar com a opulência e regras. Eles entendem da substancia vital para todos
no planeta, que é o dinheiro e nós não. A quebra de protocolo mais assombrosa,
foi pedida pelo próprio príncipe, que foi usar barba no casamento, o que deixou
mais sério e foi um gol dentro dele.
Eu sou a favor sempre da humanidade. Para mim todos são
iguais. Eu até poderia sugerir que todos ao redor do casamento poderiam estar
vestidos normalmente e os noivos nus. Tal qual a fábula do Rei nu, traria uma
certa humanidade e uma proximidade com o resto da humanidade. Você poderia
reparar na noiva e dizer:
- Ela também tem aquele ossinho perto do quadril...
Nus estariam, realmente, perante a Deus, pedindo a benção.
Não haveria a relação que muitos veem da corte imperialista, que comandam o
dinheiro e que a tirania que sofrem durante séculos não deve ser celebrada.
Partem do princípio básico que vivemos numa Matrix. O valor do dinheiro e sua
relação com o mundo é uma mentira impressa (que leva muitos coliformes fecais),
a qual são acrescentadas abstrações como os juros. Mas isso é uma conversa para
depois.
Dois fatores interessantes que me chamou a atenção:
Primeiro, as sucessivas quebras de regras. Príncipes devem
se casar com princesas de origem nobre. Isso é uma tradição importante, pois o
casamento real nunca foi por amor, e sim por interesse econômico, interesse por
terras, enfim, negócios. O príncipe Charles, foi o primeiro a quebrar essa
tradição, se casando com uma plebeia, segundo ele, por amor. Por isso, ela
nunca teve o título de princesa. Ela ganhou da Rainha Mãe, um outro título: A
princesa de Gales. Assim como ela, as outras princesas também ganharam seus
próprios títulos. Uma tendência? Saiu o interesse, para assumir o amor real
(sem trocadilhos)? Outra coisa interessante, do qual nosso príncipe brasileiro
não tolerou, foi um casamento interacial. Isso foi muito moderno e muito
bonito. Foram quase 300 anos de escravidão promovida pela coroa britânica, com
histórias muito tristes e no início do século 21, temos a união e o início de
um perdão velado a esse passado. Nisso, eles ganharam meu respeito.
Mas muito foi dito pelo vestido de noiva. Dei a sugestão de
casamento nu, mas mesmo que estivessem vestidos de arlequim e colombina, não
perderiam o valor nem a autoridade para mim. Afinal, eles continuariam mandando
no dinheiro, sem se preocupar com a existência dele, independente disso, mas
pelo menos reconheceriam que todos nós participamos da mesma burla consentida.
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Carinho
Quando alguém manda uma mensagem de carinho gratuitamente é tão bom, ainda mais se referindo a um trabalho que é feito com tanto esmero e suor. Obrigado Dalto!
O verdadeiro chefe
No nosso mundo capitalista, achamos que conhecemos nossos
chefes. Mas será que conhecemos? Quando começamos um trabalho novo, estimulados
por uma nova aventura, novos amigos, novos desafios, excitado com as novidades,
somos chamados através de uma pessoa, que, com certeza, está acima da gente no
primeiro momento. Ela, naquele momento, será a pessoa que estará acima de você,
seu chefe direto. Aquele que ficará perto de sua baia, diretamente de olho na
sua performance. A avaliação é direta. Ele poderá dar notas inclusive de suas
piadas, se serão clássicas, se tem teor de baixo calão ou são frescas no mundo
das piadas. Você eventualmente o encontrará na fila do café ou no banheiro,
onde verá se você exagerou no almoço ou se lava as mãos antes de sair. Aquele
que pode ser um colega a mais de trabalho, pode ser também um x-9 a mando de
seu chefe. Logo, o verdadeiro chefe está acima do chefe imediato.
Geralmente o chefe do chefe, tem uma sala própria. Um
refúgio para uns, um bunker para outros. Sua mesa está tão cheia e confusa
quanto de seu subalterno, que possui uma mesa menor, mas o mesmo tanto de
folhas, avaliações, documentos e trabalhos por completar. De vez em quando, o
vemos andando pelo setor com cara feliz. Não se engane. É um velho truque
apache. Ele entende que a pressão do trabalho precisa ser esvaziada dando um
pulo nos setores ao lado e ver o quanto o chefe subalterno pode elogiar sua
gravata e assim, ele pode voltar ao seu posto mais tranquilo com um elogio
vazio. Então devemos temer não o chefe direto, mas aquele que eventualmente
aparece em seu setor? Claro que não. Um chefe não teria tantas incumbências
numa mesa, acreditem. Logo, o verdadeiro chefe está acima do chefe de setor.
Geralmente o chefe do chefe de setor, é o dono da companhia,
que nem fica no mesmo andar. Não quer contato com ninguém. Não se mistura e nem
faz contato de ter olho do olho com ninguém da firma. Se sente melhor isolado
para poder pedir a cabeça de não de um, mas de vários ao mesmo tempo para
demitir. Contato mesmo apenas com sua secretária e pelo interfone. Evita de ir
de carro, afinal, tem seu motorista particular. Sua mesa é enorme e geralmente
não tem folhas ou obrigações em cima dela, afinal, quanto maior a mesa e sua
superfície limpa, maior a hierarquia. Até o interfone pode ser sinal de
fraqueza, sendo substituída hoje pelo Whatsapp. Afinal de contas, quem
realmente manda não precisa se intercomunicar. Então devemos temer não o chefe
direto, não o chefe do chefe, mas aquele que não é visto na empresa, mas tem um
andar só para ele? Claro que não. Um chefe não teria nem uma mesa, acreditem.
Logo, o verdadeiro chefe está acima do presidente da empresa.
Geralmente o chefe do presidente são os acionistas. O
verdadeiro chefe dispensa qualquer símbolo de autoridade. Não possui nem mesa.
Aquele que trabalha, mesmo que pouco, não pode ser considerado de chefe. Esses
seres que ninguém conhece, aparentes donos do mundo, pisando em tapetes
vermelhos, estão em algum lugar da Riviera francesa. Estão jogando tênis na
Antuérpia, em uma mesa, mas uma mesa regada a pretzel assinada pelo chef Frank
Tujague, do hotel Westin com um Whisky Jubileu
de Diamante 13. Quando quer alguma coisa, nem levanta o rosto de seu laptop e
grudunha alguma coisa mesmo e seu lacaio providencia imediatamente. Então
devemos temer não o presidente da empresa, mas aquele que você não sabe nem que
existe na face da Terra? Claro que sim, mas não de uma maneira física. Um chefe
não teria a morte como ponto final de sua vida de riquezas infinitas. Logo, o
verdadeiro chefe está acima de todos os seres mortais: Deus.
E assim, a cadeia chega ao seu fim, verificando que ninguém
é seu chefe maior que Deus. Tenho um sonho às vezes que me toma, que seria
encontrar com Deus, em seu plano e ele estaria atrás de uma mesa, cheio de
diagramas e relatórios milenares e num momento de espontâneo nervosismo, iria
gritar:
- Quem pegou meu celular?
Nesse momento, sem querer, iria derrubar o café com creme
sobre os processos e um cinzeiro cheio de bitucas, quando ao som de seu toque
em canto gregoriano, acha seu celular e fala com sua secretária:
- Dona Juliete, não estou para ninguém. Só para o Francisco!
quinta-feira, 10 de maio de 2018
Ocupação
Alguns medos que tinha na infância, consegui ao longo dela,
sanar enfrentando. Tenho timidez. Quando adolescente, precisava resolver
rapidamente ou então iria vislumbrar um futuro solitário muito angustiante. Me
expor era a solução. Queria sempre falar na frente do quadro negro, tirar
dúvidas na frente dos colegas e tirar as meninas para dançar ao som de música
lenta, por mais que o suor fosse um entrave, as pernas tremessem diante do
desafio ou as palavras que poderiam ser as certas, não fossem usadas na hora.
Isso não aconteceu com a minha acrofobia. Vou a lugares
altos para aquele momento de vislumbrar o infinito, onde algumas pessoas tem o
impulso de se atirar a imensidão, mas perto da borda, tudo vem abaixo. Abaixo
não, pois o medo é esse. Sempre morei em casa. Minha vida toda foi na planície.
Hoje, por circunstancia financeira, fui para um prédio, e adivinhem? Segundo
andar.
As comodidades de um prédio, em uma avaliação preliminar,
são ótimas. Mas me assola sempre algumas tragédias que marcaram minha vida de
uma forma ou de outra. Quando criança, vi as reportagens sobre o incêndio no
Joelma e os desdobramentos sobre as vítimas. Foi muito impactante aquelas cenas
de pessoas encurraladas no alto do prédio indo de um lado ao outro sem escapatória.
Isso verdadeiramente me assola. Tenho exercitado meu desapego material
constantemente, que posso dizer de passagem foi prejudicial para min, mas me
lembro do prédio que caiu na Barra da Tijuca, o Palace II, que completa 20 anos
e caiu como se fosse feito de areia (e foi). Muitos perderam tudo nessa
tragédia. Menos o dono do empreendimento. Ressarcimento? Não existiu e até hoje
as famílias brigam pelos seus direitos.
O que aprendemos com esse caso? Apenas que o sistema é mais
importante. Quem tem põe e quem não tem, continua não tendo. Você pode
superfaturar obras, desviar dinheiro, comprar juízes, fazer prescrever o
julgamento e continuar sua vida, desde que pague muito por isso. O dinheiro faz
com que o problema de moradia, o sonho de quem juntou por muito tempo, se torne
em vão. Afinal, O menos importante na cadeia da construção, é quem vai comprar.
Pode parecer ilógico, mas se você pode pegar até 40% do valor do produto da
construção, para que 100%? Recentemente, uma comunidade própria precisava de
uma ponte. Precisavam muito. A prefeitura fez o orçamento e descobriu que teria
que desembolsar três milhões para realizar. Os moradores, aqueles que realmente
iriam usufruir do produto, construíram, a sua maneira, com seus recursos, uma
ponte pelo valor real de cinco mil reais.
Não podemos achar, que tudo deve ser baseado em valores
monetários. Que o mais importante é o mercado, afinal, grande parte de nossas
vidas está marcada por questões que não deveria pensar como cifrões. Nunca
poderiam estar associadas a isso. Educação e saúde, são uma delas. Mas o
simples fato, de toda ação ser pensada com base no dinheiro, traz o pior de
nossas ações na Terra. Você pode colocar um valor final para um produto,
outros, vão passar por cima ou tirar a vida de outro ser humano se esse estiver
na frente do seu lucro. Tesla, tinha como dar energia infinita e sustentável
para as locomoções dos seres humanos. Contraria o capitalismo? Sim. Os donos de
energia fóssil, donos de postos de gasolina, empresas de prospecção de petróleo,
enfim, uma cadeia imensa de usurpadores que vivem de usurpar o dinheiro do
próximo e acabar com o ar e os mananciais da Terra. Mas o lucro vem na frente.
Em São Paulo ocorre o mesmo com algumas áreas, terrenos de
interesse imediato e futuro. Sempre se vê comunidades perdendo tudo em
incêndios, e eles mesmos são vitimados pelos governos e imprensa. Quando
começamos a culpar aqueles que estão lutando por moradia, é porque estamos em
uma sociedade que tem o dinheiro como principal valor dela. Já existiam
projetos residenciais novos para aquela região. A necessidade de reação pela
força pelos poderosos, nos dá conta de nossa origem dos Barões do café.
Quem dará vozes a tantos que já perderam tanto em busca de
moradia e emprego, contra uma forte especulação imobiliária? Silêncio.
quinta-feira, 3 de maio de 2018
Participação no livro: Ao mestre com carinho, em homenagem ao Ziraldo
O artista plástico André Barroso - Niterói (RJ). Um dos 85 cartunistas que participaram com desenho da caricatura do mestre no livro: Ziraldo 85 - Ao Mestre Com Carinho.
Autor: Edra / Editora Melhoramentos - 2018
Autor: Edra / Editora Melhoramentos - 2018
Exposição Sudário de Santa Teresa
Intervenção artística e cultural trazendo o multiartista André Luiz Barroso de 14-24 de maio para o MAI - Museu de Arqueologia de Itaipu com as seguintes atividades:
- Impressão do Sudário de Santa Teresa - Venha assistir a esta intervenção artística ao-vivo em nosso Museu, quando o André Barroso irá imprimir as ruínas em tecido, fazendo um carimbo, um sudário desta estrutura arquitetônica que já passou por tantas intervenções sociais e históricas até chegar ao Museu de Arqueologia de Itaipu.
- Bate-papo sobre a ocupação dos espaços pela comunidade local.
- Hora do conto com o livro O Gato que conheceu a História, de autoria do André Barroso.
- Aula de desenho para crianças com o artista, cartunista, quadrinista André Barroso
- Caminhada ecológica e reconhecimento de local no entorno do Museu de Arqueologia de Itaipu
- Bate-papo sobre a importância de personagens nacionais nos HQs (mundo das Histórias em Quadrinhos) com relançamento do Codinome Boto de André Barroso.
- Oficina de Lettering para pescadores e comerciantes locais - pintura de barco e de quadros, cardápio. Comunicação visual e turismo inteligente.
- Exposição do Sudário.
- Impressão do Sudário de Santa Teresa - Venha assistir a esta intervenção artística ao-vivo em nosso Museu, quando o André Barroso irá imprimir as ruínas em tecido, fazendo um carimbo, um sudário desta estrutura arquitetônica que já passou por tantas intervenções sociais e históricas até chegar ao Museu de Arqueologia de Itaipu.
- Bate-papo sobre a ocupação dos espaços pela comunidade local.
- Hora do conto com o livro O Gato que conheceu a História, de autoria do André Barroso.
- Aula de desenho para crianças com o artista, cartunista, quadrinista André Barroso
- Caminhada ecológica e reconhecimento de local no entorno do Museu de Arqueologia de Itaipu
- Bate-papo sobre a importância de personagens nacionais nos HQs (mundo das Histórias em Quadrinhos) com relançamento do Codinome Boto de André Barroso.
- Oficina de Lettering para pescadores e comerciantes locais - pintura de barco e de quadros, cardápio. Comunicação visual e turismo inteligente.
- Exposição do Sudário.
Como tudo começou
Somente eu posso dar esse testemunho com exatidão. Eu estava
lá! Era o começo dos anos 80, e tinha uma banda de colégio chamada Thebanda. Eu
era o vocalista da banda de new wave, com cabelos estilo Mullets. Lembro dos
primeiros acordes do novo rock Brasil com precisão, com absolutamente todos os
detalhes. Nesse quesito sou um verdadeiro cinema verdade. Quem me levou para
ver uma apresentação da Gang 90, no Circo Voador, ainda na praia do Arpoador,
foi o próprio Júlio Barroso. Afinal, parente faz anúncio com parente. Lembro de
suas palavras carinhosas:
- Meu! Você tem que ir, cacete!
Ele ainda estava testando suas backing vocals, e compondo
suas músicas para a apresentação. Quem me colocou para dentro, pois estava duro
foi o Perfeito Fortuna ou prefeito Fortunati...um dos dois. Lá estava ele.
Ainda deu para ver que estavam presentes, algumas figuras.
Hamilton Vaz Pereira, Luiz Fernando Guimarães o Geraldo Casé
que estava levando sua filha Regina Casé. Aliás, ela ainda estava usando o
uniforme de escola nesse dia. Herbet Vianna, Paula Toller, Rodrigo Santos, Tim
Maia...não, o Tim com certeza não foi. Se foi, estava dando uma de síndico no
Circo.
Foi um show histórico, tinha uma galera nova e das antigas
também. Tinha os irmãos Renato e Rene Russo, Dolores e Duran Duran e Baden
Powell. Evandro Mesquita estava lá também. Ele estava formando na época, uma
banda nos moldes do B52.
Era tudo muito informal. As pessoas
saiam da praia direto ver algum espetáculo alternativo no Circo Voador. Então,
você via gente chegando do trabalho de gravata e pasta, assim como o jovem de
sunga e óculos da Company. Eu fui com meu velho violão Gianini e tentei me
integrar com o povo. De saída, fui tocando músicas do Saara Saara e Major Tom,
alter ego do David Bowie. Inventei uma batida mais moderna que colava com esse
ritmo muito louco. E vendo que o pessoal da banda A cor do som estava próximo,
de improviso, compus “Você não soube falar”…Desce dois desce mais, Amor pede uma
porção de carne seca e macaxeira? Okay você venceu carne seca e macaxeira!
Ai blá blá blá blá blá blá blá blá blá Ti ti ti ti ti ti ti ti ti ...
Depois plagiaram e modificaram a
letra. Mas posso afirmar que tudo começou ali, naquela apresentação da Gang 90
e as absurdettes. O pessoal cheirava loló, que não era minha praia. Eu gostava
de grapette na época, mas já rolava muita cerveja no copo de plástico, assim
como Whisky clandestino de mão em mão. Ali, vi pela primeira vez, Billy Blanco
e Billy Black ficarem bêbados. Famoso Black and White. Ou será que eu estava?
Naquela noite também, depois de uma chuvarada, vi nascer a composição, os
primeiros acordes de Alagados, do Paralamas do Sucesso.
“Alagados,
Francisco Bering, perto do Posto 7, A esperança não vem do mar, Nem das antenas de tevê”, depois, Herbert amadureceu a
letra e lançou mais tarde a letra que conhecemos até hoje.
Foi uma
noite e tanto. Acabou apenas de madrugada, e como não tinha o famoso prato de
língua de boi, do Nova Capela de hoje, fui caçar um joelho com cebola e um suco
de morango ao leite em algum pé sujo próximo. Dava para ver a alegria na tez de
cada um que estava lá naquela noite.
Sei que
existem outras histórias sobre o começo do Rock Brasil dos anos 80. Mas eu
posso comprovar, pois estava lá! Ou será que eu sonhei ou estava bêbado?
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