Em sua conta no Twitter, o bilionário Elon Musk, Tony Stark da
vida real, respondeu aos seguidores confessando que ajudou no golpe na Bolívia
para roubar lítio do país (Diga-se de passagem, para fazer baterias para os
carros elétricos dele). Não é novidade. A novidade agora é se gabarem
publicamente se seus atos, como já afirmou também um ex-chefe da CIA, Duane
McClarridge. Aos poucos, as pessoas vão percebendo os golpes dados pela América
Latina e suas verdadeiras intensões. Como as elites do país não conseguem ter
apoio popular e a necessidade de ganhar dinheiro acima de tudo, tanto deles,
como dos americanos, precisam levar à força de qualquer forma. Seja fraudando
as eleições, seja dando golpes. A situação na Bolívia não foi diferente do
Brasil. Os votos de MILHÕES de pessoas foram jogados no lixo, para um
bilionário roubar lítio. O pior é que ainda tripudiou.
O que os arqueólogos, no futuro, irão pensar da nossa
civilização, quando fizerem escavações em Salinas e encontrarem todos aqueles
carros? A Bolívia tem 80% da reserva de lítio do mundo. Baterias elétricas
precisam de lítio. Como resolver esse problema? Elon Musk responde: Golpeie a
Bolívia, privatize as reservas e jogue o preço do lítio no chão. Para isso, é
financiado pelo governo americano e empresários interessados para difamar o
governo (um dos melhores índices da América latina), insuflar a elite, dizer
que foi fraude a eleição, onde depois foi revelado que não foi fraude e tomar o
país à força, mas tentando manter um ar constitucional e tentando uma cara
legal para dar credibilidade junto à população, afinal, derrotar 67% de
aprovação de Evo Morales, somente com força bruta.
Os golpes dos dias atuais não são mais truculentos como no
passado, como o de Pinochet ou o Golpe de 64 ou a chamada Revolução dos Cravos que
acabou com autoritarismo em Portugal. Hoje, essa direita truculenta se
organizou e já experimentou seus modelos nos países arrasados pela guerra no
oriente médio, criando verdadeiros laboratórios para aplicar na América Latina.
Lembre-se de receitas simples de “Como manter uma colônia ou eliminar um
concorrente”. Corte a possibilidade de financiamento, apoiando a criação de
leis que impeçam o seu endividamento, mesmo que ele tenha uma das menores
dívidas públicas entre as 10 maiores economias do mundo; depois apoie, por meio
de uma mídia comprada e cooptada com entrevistas de analistas do mercado, mostrar
um discurso privatista e antiestatal para o povo. Aproveite o discurso
austericida do governo para destruir o seu maior banco de fomento à exportação
e ao desenvolvimento, estrangulando a sua capacidade de ação internacional,
logo depois faça com que as forças que lhe são simpáticas paralisem,
judicialmente todos os projetos, ações e programas que puderem ser
interrompidos provocando a eliminação de milhões de empregos diretos e
indiretos.
Isso não lembra o começo do golpe de 2016 no Brasil? Sim
amiguinhos, o nosso golpe não foi pelo lítio, mas pelo pré-sal, por entrada de
empresas internacionais no país para pegar as grandes licitações. Hoje a
escolha de uma elite chucra no poder, pode ruir os domínios dos americanos no país.
Da mesma forma como estão vendo internamente o declínio da extrema direita, o
mesmo se dá no nosso país. Nunca tivemos um presidente denunciado mais de
quatro vezes no Tribunal de Haia por genocídio contra a humanidade. Essa mesma
direita chucra pode dar o golpe, mas não consegue sobreviver muito tempo. No
Brasil de seis constituições federais, de nove moedas, tivemos o Congresso
nacional fechado por seis vezes e sete golpes de Estado: 1889, 1930 – 34, 1937
– 45, 1945, 1955, 1964 – 85 e o mais recente, 2016.
Outro lugar visado pelos americanos é a Venezuela que apesar
de toda a luta contra o governo para abocanhar o petróleo e ter um caminho mais
curto de translado do ouro negro, a população se uniu contra a entrega de suas
riquezas, fazendo com que todas as tentativas de golpe tivessem sido frustradas
por lá, mesmo com apoio do Brasil para essa invasão.
A única boa lição disso é que realmente, o maior
investimento que o Brasil pode pensar, quando recuperar o governo, é a
educação. Um país consciente é imbatível.