Terça-feira quente em todos os sentidos. A atenção do governo está na votação doa PEC dos precatórios, com quórum cheio, STF não autorizando o orçamento secreto, justiça livrando Flávio Bolsonaro dos crimes de rachadinhas e a crise na cultura com a vinculação de proibição de passaporte da vacina para aqueles que estão com verbas atreladas a Secretaria de cultura do Governo Federal. Recebo uma enxurrada de e-mails falando do quanto cada um, não suportando as pressões do dia de hoje, precisou ir ao SUS medir pressão. Gente que está desesperada com a bolsa de valores, gente que está preocupada em sobreviver e está com crise de pânico vendo que visando à reeleição, Bolsonaro se filia ao PL. Do outro lado, Moro e Dallagnol também se preparam para a disputa eleitora, sendo um para presidente.
A gravidade da situação não daria para nem para o médico Euryclides
de Jesus Zerbini poder ajudar a cuidar dos corações mais fragilizados dos
brasileiros preocupados com o desmonte do país. Muitos querem a saída do
aeroporto já que alguns países autorizaram receber brasileiros em seu solo,
desde que com passaporte de vacinação e testes de COVID em dia. A PEC dos
precatórios tem a luta das lutas. Enquanto o governo tenta levar o maior número
possível de votantes a favor a base de Tornozeleira eletrônica , a oposição
conseguiu reverter a situação com alguns partidos encaminhando votos contrários
com unidade partidária.
Arrebentar o teto de gastos é o fim dos tempos. A alteração
no texto constitucional traz Emenda de relator, sem menor controle e
transparência, sem saber destinos de orçamentos, mostra a cara do governo
federal. Uma prática para o vale tudo, sem menor ética. Liberdade para se
endividar sem aval do Congresso. Liberar geral. Furar o Teto de Gastos traz
mais instabilidade ao país, criando problemas que impactam no nosso dia a dia, como
o aumento do Dólar, inflação descontrolada e rápida precarização da população. Habilitar
o calote, colocando uma ajuda aos mais necessitados como pano de fundo de
passar o vale tudo das verbas orçamentárias, visando às eleições do ano que
vem, é no mínimo imoral, pois não há uma menção de garantias para isso na
emenda, assim como não há destinação garantida para a educação.
A bandalha do orçamento secreto teve o capítulo final neste
dia, suspendendo essas emendas. Tudo começou com a eleição comprada de Lira,
para apoiar o governo em suas maracutaias. Lembram quando o governo criou
orçamento paralelo e distribuiu R$ 3 bi para comprar tratores com sobrepreço?
Pois bem, deputados e senadores bolsonaristas e aliados aplicaram bilhões de reais, segundo critérios pessoais,
e não técnicos, ocultando seus nomes, passando por cima de leis orçamentárias e
a transparência pública. O chamado tratoraço enriqueceu apenas parlamentares e
seus interesses pessoais. Um retrocesso que querem reafirmar novamente, mas o
STF conseguiu uma vitória de antemão para o lado da democracia.
Mas por outro lado, maioria dos
ministros do STJ decidiu anular todas as decisões contra Flávio Bolsonaro
tomadas pela Justiça do Rio no caso das “rachadinhas”. Para eles, o juiz Flávio
Itabaiana não tinha competência para julgar o filho do presidente. Nesse
aspecto, o presidente conseguiu sua vitória, afinal, ao invés de trabalhar pelo
país, estão às voltas para livrar a si próprio e os filhos do laço. Nesse ponto,
consegue articular com todas as forças e resolver seus problemas particulares
com empenho, coisa da qual não faz pelo país.
É o Governo tentando passar no crédito e no débito.
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