Aqui estão agora os volantes mais birutas do mundo para
realizar mais uma Corrida Maluca, numa disputa pelo título de volante mais
biruta do mundo. Aí estão eles se alinhando: A tanqueciata. A nova modalidade
de tentar abarcar apoio popular através do desfile militar de seu poderio na
frente do Congresso Nacional, no dia em que forçaram a votação do voto
impresso, contou com Tanque M113 de 1960, Astros II de 1983, M114 de 1942, EE-9
cascavel de 1974, M60 Patton de 1961 e Leopard I de 1956. Alguns deles exibindo
problemas no motor, que lembrava o alto-falante ligado falando: "Pamonhaaa,
olha a Pamonhaaa fresquinha na sua porta!”.
A grande ideia que apoiadores dizem que foi coincidência de
datas, pois todos os anos, são feitos exercícios entre as Forças armadas em
várias capitais, com o objetivo de integrar os comandos entre as tropas, porém,
o desvio para a esplanada, no dia da votação da PEC do voto impresso, com
intuito de intimidar os parlamentares, foi uma das formas encontradas para essa
finalidade. O que antes poderia ser uma ideia de demonstração de que as forças
armadas estão apoiando o governo, se traduziu em um fiasco na concepção e na
adesão dos espectadores. Ainda colocaram pentecostais para ligarem aos
parlamentares para forçarem uma virada de intenção, mas em vão.
Por que essa experiência foi bizarra? Por que claramente a
ideia estapafúrdia de implantação do voto impresso defendida pelo presidente
para tentar controlar o sistema eleitoral, descontrola totalmente as ações de
Bolsonaro e suas pautas ideológicas, que apenas conversam com seus apoiadores. Torna
um caos o país com discursos e postagens na internet durante meses. Uma
comissão rejeita a pauta do voto impresso, forçam a ida da votação em plenário,
que mais uma vez derruba a questão. Para 2022, não existe mais chance de
mudança de regra. Bolsonaro irá acatar essa decisão? Ele não tem mais chances
legais para isso, apenas através de golpe.
Poder-se-ia pensar em um plano como a Máquina do Mal com o
seu volante malicioso e cheio de más intenções... Dick Vigarista e o seu
ajudante Mutley, sempre prontos a aplicar um golpe sujo. Tumultuar até 2022 vai
continuar até o dia das eleições. Ledo engano daqueles que acham que essa pauta
irá terminar aqui. Mesmo sabendo que o golpe armado hoje em dia é mal visto no
exterior, que investidores irão fugir, parceiros comerciais irão desfazer seu
apoio e dessa forma, apressaremos nosso título de República das Bananas
afetando absolutamente em tudo em relação ao funcionamento do país.
Penso que defenestrando a extrema direita do país em 22,
levaremos, pelo menos, mais 10 anos de reconstrução do país para que esse
quadro instalado possa voltar ao eixo. No momento, a pergunta que fica: Qual Regime
que tem gente exilada, preso político, queima de arquivos, universidade
sucateada, arte censurada, militares no poder, professores perseguidos e tanque
nas ruas. Ditadura militar? Não, Brasil de Bolsonaro, 2021. O tumulto que temos
diariamente seja pelo voto impresso, seja pela abolição das máscaras, seja a
imposição da Lei de Segurança Nacional, temos um presidente que, sem apoio
popular ou sem base no congresso, que se acha o Pinochet da cocada preta.
Enquanto isso, o povo sofre sem vacinas, sem emprego, sem ciência e sem
democracia.
A verdade é que deviam pintar o Palácio do Planalto. Seria
mais barato, já que nos coloriram desde o golpe de 2016, cobrindo nosso rosto
de branco, pintando sobrancelhas e olheiras exageradas, com uma grande boca vermelha
cômica e uma bola vermelha no nariz. Isso porque no final, para ficarmos
palhaços perfeitos, ainda falta um cenário combinandinho.
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