Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. Antes, tínhamos apenas o dia 31 de outubro para festejar os mortos e climas de terror, mas agora, com nosso governo, o governo americano, a pandemia, o fascismo crescendo e crimes contra minorias saindo do armário, vemos que não há aprendizado dos erros, mas apenas o terror instaurado. O movimento Black Lives Matter nasceu da truculência ariana do governo Trump contra a comunidade negra. O movimento se espalhou pelo mundo. Um movimento importante mostrando que essa desigualdade é acentuada pelos policiais fascistas, mas mesmo assim, todos os dias seja na rua ou nasredes sociais, racistas promovem uma overdose de ódio sem parar. Recentemente, o rapper Travis Scott deletou a sua conta do instagram, após ter recebido comentários racistas por utilizar uma fantasia do Batman durante o Dia das bruxas. Mas, segundo o dicionário bolsonarista, o movimento negro é uma Organização formada por pessoas (de cor) ressentidas que se dedicam a promover o racismo reverso na sociedade; grupo de pessoas (de cor) que não se colocam em seu devido lugar.
Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. O final de semana
de feriadão da equipe de Bolsonaro e Flávio, rendeu frutos maléficos. São como
gafanhotos por onde passam. Promovendo destruição e atos moralmente
degradantes, isso com aplausos do bolsonarismo pelo Brasil, que vê qualquer ato
do presidente uma benção divina. Fernando de Noronha, o paraíso intocado, que
trabalha em prol de um refúgio da natureza e equilibra todo um ecossistema,
está ameaçada pelos destruidores do governo. Vão liberar a pesca de sardinha
para uma meia dúzia de pescadores bolsonaristas, CONTRA o parecer técnico do
ICMBIO, que já falou que não dá para ter pesca predatória na
região, que ainda por cima vai estimular clandestinamente outras pescas. Fora,
os insultos de Salles ao Maia na região e pedido de reembolso da viagem paga
pelo senado, pelo Flávio Bolsonaro. Depois de destruir a Amazônia e Pantanal,
as armas estão voltadas para Fernando de Noronha. Mas, segundo o dicionário
bolsonarista, PATRIOTA é aquele que apoia a privatização ou a venda de empresas
estatais e de riquezas naturais para grupos estrangeiros.
Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. O desprezo pelas
funções que conduzem hoje no governo, onde não se importam com nada, apenas
dinheiro e poder parece uma regra. O presidente de um dos mais
importantes conselhos do governo federal, Nívio de Freitas Silva Filho,
conduziu a reunião completamente bêbado. Não se importou se havia câmeras
filmando a reunião, reclamou de seu salário de R$ 42 mil, mesmo com temas
importantes a serem tratados. E parece que muitos não se importam mais com
atitudes desde moralmente ruins ou até atitudes criminosas, pois a certeza de
impunidade está no ar. Um empresário arrastar uma pessoa amarrada ao carro até
a morte é defendida pelo seu advogado como pessoa de bem. Mas, segundo o
dicionário bolsonarista, o CIDADÃO DE BEM é o homem branco, hétero e de classe
média que defende o porte de armas e a sonegação de impostos.
Curumim, chama Cunhatã que eu vou contar. A eleição
americana pode definir o rumo que o mundo vai tomar e consequentemente o que o
Brasil vai dotar também. Se escolherem o Trumpismo para continuar a seara de
ódio e devastação, por aqui assim teremos também. Se escolherem Biden, onde
ativistas estão levando eleitores que nunca votaram na vida, estarão dando uma
trégua nas mortes e destruição por um tempo e cuidarão do realmente importam: A
saúde das pessoas. Por aqui, depois da devastação imposta pelo presidente, nada
restará se não lágrimas e a certeza de que temos que levar esses dois
presidentes genocidas para Haia. Mas, segundo o dicionário bolsonarista, o
ESTADOS UNIDOS é um País exemplar para onde todos os brasileiros querem se
mudar um dia. Terra da liberdade em que as leis funcionam e a segurança impera
porque os cidadãos de bem podem andar armados.
Nesse dia de finados, lembro das pessoas que se tornaram
números nesta pandemia. 160 mil. A morte de cada uma delas deve doer fundo no
nosso país. Portanto, o brasileiro que aqui gorjeia, deve ter dentro de si,
manter a esperança de dias melhores. Afinal, depois da tempestade, vem sempre a
bonança.
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