Biden não pode afrouxar a gravata ainda. Trump, o menino mimado fascista, não quer largar o osso. Como pode alguém achar que menosprezando a pandemia, deixando mais de 200 mil pessoas morrerem e incentivar Cloroquina e outros produtos não comprovados pela ciência para população tomar, sendo que, quando ficou doente, teve a disposição, os tratamentos mais sofisticados do mundo e achar que vai ser reeleito? Por mim, só ter trancafiado as crianças latinas por meses sem os pais, já seria o motivo suficiente. Mas não dá para ter essa convicção, pois a vitória não foi tão acachapante, ou seja, pelo menos quase metade dos EUA concordam com as atitudes de Trump e se Biden quiser pacificar a América, terá que demonstrar o quanto isso não é correto ou sucumbir a alguns desejos da extrema direita. Vamos ficar de olho.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Tedros Adhanom, parabenizou a Joe Biden pela vitória nas eleições presidenciais
dos Estados Unidos, assim como vários líderes mundiais, inclusive aqueles de
extrema-direita. Mas Adhanom estampa um sorriso na cara, justamente por que
teremos uma política de combate a pandemia nos Estados Unidos. Agora haverá
proteção e crença na ciência. Não ficará por aí também. A ecologia será tema central,
além de obtenção de energia renovável. Essas indicações de mudança de postura,
já aliviam um pouco a tensão que o mundo estava com o Trumpismo e o clima de
terror e estressante no planeta e os consequentes duelos entre direitos humanos
e fascismo.
Devemos atentar que estamos comemorando a vitória da direita
americana em detrimento da extrema-direita americana. Isso é importante de se
dizer, pois, apesar dos democaratas terem um lado social mais acolhedor, não
vai deixar de ser imperialista. Vão continuar bombardeando outros países,
invadir democracias e rapinar suas colônias. Mas a seriedade da extrema-direita
no poder americano, estava estimulando não só outros dépotas ascendendo ao
poder, como as pessoas estavam se espelhando nesse modo de ser, achando que o
correto são os valores fascistas. Agora, a população se mobilizou como nunca
antes no país e deram um basta a repressão aos negros, aos assédios femininos,
ao encarceramento de latinos, a discriminação as minorias e liberdade a
cultura. Todos esses setores que antes não votavam (pois a eleição não é
obrigatória), compareceram às urnas e querem ter voz ativa na política, criando
novas lideranças. Extrema-direita não combina com democracia.
A grande surpresa foi Kamala Harris. A primeira mulher vice-presidente
nos EUA. Um feito e tanto. Levará consigo não só a alegria e feminidade, mas a
bandeira social, representatividade aos negros e a luta pelo Obamacare. Mas
acima de tudo, é uma inspiração.
Inspiração no presente e no futuro do país. Na câmara e no senado, os
democratas também tiveram vitórias importantes e emblemáticas. Serão 25% de
mulheres, o que já é histórico e fruto de uma construção de base e de muitos
movimentos de mulheres que dão suporte as campanhas femininas. O que dizer de Sarah
McBride, a primeira transexual eleita senadora estadual nos EUA? O
ineditismo vai além, com uma congressista ativista do movimento Black Lives
Matter, uma alinhada ao movimento QAnon, um negro homoafetivo e um rapaz de
apenas 25 anos. Que cores podemos esperar nesse novo ciclo? Com certeza avanços
sociais importantes que vão reverberar no planeta.
E o fascismo acabou? Vai voltar para as sombras? Não
amiguinho. O projeto do fascismo vislumbrou possibilidades com Trump,
Bolsonaro, Sebastián Piñera e líderes na Espanha, Alemanha e Holanda. A
truculência está sem cortinas. Achar que levar vários homens fortemente armados
com cédulas de votação falsas ou jogar um ônibus da campanha de Biden para fora
da estrada e no final, ouvindo de Trump: "esses patriotas não fizeram nada
de errado". Achar isso normal e lícito é ter que rever suas atitudes no
mundo atual.
Trump perdeu e acha que ganhou ou melhor quer fazer
acreditar que ganhou, assim como fez no comando da presidência. Só tenho uma
coisa para falar: VAI CHORAR AGORA FORA DA CASA BRANCA, TRUMP!
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