Ataque com fogos ao STF. Enfretamento aos médicos.
Acampamento com armas. Gritos anticonstitucionais. Parecia a banalização da violência. As únicas
respostas, eram notas de desagravo. A que ponto chegamos? Pessoas que se
comprometem, para salvar o governo, acabam fazendo um conluio com grupos de
ódio e neofascistas. Veja o caso do centrão, da qual o presidente disse antes
da campanha que jamais faria conchavo, agora derrama bilhões, cargos e o que
precisar para se salvar, sem problemas com a opinião pública, afinal: “E daí? ”
E este clima de “E daí? ”, deixa o presidente com cada vez
mais força em ter suas atitudes pró-fascismo, no momento em que olhava para
cada ação de colaboradores e adoradores como robôs em ações violentas. Afinal,
ele quer, como disse na fatídica reunião, armar com urgência o povo para
insurgir quando quiser, aos governantes contrários aos ideais fascistas. As
respostas estão demorando a chegar. Sara Winter cometeu crimes contra a
democracia. Muitos. A todo momento, vivia proferindo discurso de ódio,
incitando a violência e promovendo atos à la KKK. Dizia que nunca iriam pegar
ela, não iam calar sua voz. Pois bem, finalmente está presa.
Sara Winter, nome fantasia da Bolsonarista, foi emprestado
de uma uma socialite da década de 1920, apoiadora do nazismo e membro
da União Britanica de Fascistas. Ou seja, quem a apoia e é apoiado por ela, com
certeza está de conluio com o que há de mais podre na sociedade. O que dizer do
ataque ao STJ com fogos de artifício? Nos Estados Unidos isso não aconteceria e
se acontecesse, seria terrorismo, pois atacar ou conseguir atacar um dos três
poderes é um crime muito grave. Uma afronta a democracia. Ainda teve deboche.
Mas como conseguiram chegar perto do Supremo, ter tempo de montar o espetáculo
e ainda filmar o ataque? Conluio. Tinha um carro da PM a 30 metros de distância.
Um dos responsáveis pelo ataque, Renan Sena, foi indiciado.
Renan Sena, que era comissionado no ministério dos Direitos
Humanos da Damares Alves, que também agrediu as enfermeiras e era integrante da
milícia Bolsonarista dos 300, agia como miliciano sem freio. A pretexto de
criticar o STF, ameaçaram o STJ, além de seus ministros. Estamos vendo essa
banalização se tornar constante, mostrando um lado perverso do ser humano
aflorando em quem apoia o governo. Assim como o desrespeito a manifestação
pacífica sobre os mortos pelo COVID na praia de Copacabana. A ONG Rio de Paz,
fazia um protesto na praia de Copacabana, simbolizando as pessoas mortas por
Covid no Brasil. Um senhor de idade, que não concordava com a manifestação,
derrubou as cruzes. Coube a um pai, que perdeu o filho pela doença, recolocar
tudo no lugar.
O tiozão fascista, que se orgulhou de ter feito o que fez,
demonstrou em suas redes sociais com pompa aos apoiadores do governo, foi
identificado. Apesar de estar sem máscara, de desrespeitar o ato da ONG (que
diga-se de passagem, nunca tinha testemunhado, em anos de ativismo, um ato
deste porte), não foi parado pelos integrantes por orientação da cúpula, por se
tratar de um ato pacífico, mas a PM não intercedeu. Foi preciso um pai, com
máscara, indignado fazer o bem. O que leva uma pessoa a destruir um ato a favor
da vida? O que leva a alguém a se sentir acima dos outros, por amor ao
presidente, a ter tanto ódio na dor dos outros? Mas para cada ato desumano,
violento ou antidemocrático, estamos vendo cada vez mais, a voz contrária se
levantando, mesmo tardiamente, contra a barbárie, contra a milícia e o
desgoverno. O ato pró governo que hoje, já está cada vez menores e sem a
colaboração do governo (onde o governo fechou os acessos ao planalto), teve o
contraponto da marcha pela democracia, que cada vez fica maior.
Espero que tenhamos dias menos raivosos, mesmo sabendo que
as mudanças climáticas estão forçando milhares de espécies animais a fugirem de
seus habitats em direção aos polos do planeta, minha esperança ainda é que seja
apenas por causa de eventos radicais da natureza e não por eventos radicais de
grupos bolsonaristas. "O totalitarismo, se não for combatido, poderá
triunfar em qualquer lugar." (George Orwell)
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