Uma data redonda. Os cinquenta anos da conquista da Lua pelo
homem são um marco muito importante para a grande aventura da humanidade,
acostumada a desbravar e conquistar. Ela marcou o início da conquista espacial
no nosso inconsciente, mesmo que as poucas conquistas tenham sido ínfimas aos
olhos da população, são um grande passo para humanidade. O jargão que foi usado
por Armstrong, vai marcar para toda vida, mas seu passo é marcado entre
alegrias e expectativas assim como mistérios e teorias da conspiração.
Particularmente, tenho essas dualidades bem marcadas na minha mente.
Se formos ver a corrida espacial simplesmente pela ótica de
uma timeline, temos a Rússia com mais capacidade de chegar ao objetivo final.
Depois de ver os russos lançando o primeiro satélite Sputnik, de serem os
primeiros a lançar um ser vivo (Laika) ao espaço e levou o primeiro homem ao
espaço – Yuri Gagarin. Se mordendo todo, os americanos fizeram de tudo e
elevaram o stress de toda a equipe para ganharem essa disputa de qualquer
forma, em uma data em que os russos não pudessem ganhar e mostrassem ao mundo
quem realmente era a mais potente nação. Sacramentaram com a conquista da lua,
televisionada para o mundo todo e registraram com pompa a bandeira americana
fincada em solo lunar.
Senão vejamos. Desde que os EUA jogaram a bomba atômica em
Hiroshima, estabeleceram a marcar de domínio pela força no mundo. O mundo
começa a se dividir e mais tarde se estabelece essa divisão com a chamada
Guerra fria, que apenas estava estabelecida na sociedade e meios de
comunicação. Americanos e russos tinham parcerias na conquista espacial e
continuaram desta forma, mesmo a indústria americana taxando seus parceiros de
“comunistas que comem criancinhas” e sendo os bandidos da vez em todas as
películas. Os americanos tinham problemas na economia e principalmente na
sociedade, pois o acirramento das tensões raciais estavam fortes e em 1968 foi
marcado pelos assassinatos de Martin Luther King e do senador Robert Kennedy,
além dos diversos protestos em todo o país contra a Guerra do Vietnã. Nixon
queria uma vitória norte-americana para apaziguar os ânimos. Na américa latina,
as ditaduras militares avançavam com toda brutalidade, tendo apoio do próprio
EUA para manter suas colônias firmes. Para o resto do mundo, A União Soviética
foi a verdadeira vencedora desta disputa. E é a conclusão do documentário
produzido pela BBC "Astronautas: como a Rússia venceu a corrida
espacial".
O histórico de manipulações americanas é uma grande mancha
para a nação, o que não tira o mérito de avanços tecnológicos, científicos e
para várias outras implicações na sociedade. A forma de ganhar a todo custo é
um problema para quem tem que afirmar o capitalismo e o dinheiro como mais
importante visão de vida no planeta. Para isso, teve ajuda luxuosa do engenheiro
alemão Wernher von Braun e sua equipe. O alemão, depois da derrota nazista, foi
trabalhar nos Estados Unidos, no programa de divisão que os dois países rivais
ficaram com os cientistas fascistas em seus programas de desenvolvimento. Os
americanos ainda não tinham capacidade interna de chegar a essa conquista. Os
americanos com certeza chegaram a Lua mais de uma vez. Talvez, e que muitos
ainda contestam, é que talvez não tenha sido naquela data específica. O famoso
diretor de cinema Stanley Kubrick, que havia feito "2001: Uma Odisseia no
Espaço", fez um vídeo confessional, post-mortem, afirmando que ele filmou
a descida do homem à lua naquela época e contou como foi o convite do governo
naquela época. Tudo para vencer essa
hegemonia perante o planeta.
Muitos no Brasil, principalmente moradores no interior e de
pouco acesso, ainda não acreditam nessa ida e que São Jorge não teria
permitido, mas os piores são aqueles que acreditam que a Terra é plana. Ou
seja, demos um avanço enorme, um salto tecnológico de infinita grandeza rumo ao
espaço, mas ficaram aqui, muitos mimados, tagarelas e sem nenhum avanço social
convivendo em nossa seara.