Vocês lembram do caso da genitália do Clinton? Só para fazer
um resumo rápido, pois muitos estão imaginando que estou falando da estagiária Monica Lewinsky, mas não.
Uma mulher acusou o então presidente Bill Clinton (marido da Hilary Clinton),
quando ainda era governador do Arkansas, de assédio sexual. Em um quarto de
hotel, Clinton teria deixado cair as calças e sugerido sexo oral a uma moça.
Para reforçar sua alegação, ela declarou que poderia descrever a genitália do
presidente. Seria tipo: “Eu reconheceria aquela cabeça em qualquer lugar”. Isso
até lembra um daqueles filmes de adolescentes dos anos 80: Porky’s. Pois bem, o
governo transferiu as ações judiciais para depois do fim do mandato, alegando
desmoralização para a administração. Realmente, em algum momento do processo, o
presidente do Estados Unidos teria que baixar suas calças outra vez para tirar
de vez, a dúvida do retrato falado. Imaginem que certas particularidades ou
anomalias, que somente a senhora Clinton conhecia, teria repercussão
internacional. E isso, evidentemente, comprometeria seriamente a imagem do
líder de um império – ou não. Conforme o ponto de vista. Veja bem, nesse caso,
você percebe que a conveniência é um fator mais forte do que a moral.
Este é o caso de nossa última eleição. Não importa o quanto
é grave tudo que aconteceu até agora, não importa ter caixa 2, não importa
qualquer revelação que ameace gravemente as instituições (que já estão
desacreditadas pelos dois lados da polarização) e aos interesses nacionais. Nada
mesmo. Pode até falar que rouba mesmo, que nada acontecerá. Já foi o tempo em
que “conveniente” e “inconveniente” substituíram qualquer classificação moral
neste novo governo. Estamos vivendo uma ditadura da honestidade presumida. Um
aval à força e que é silenciado à medida que digam algo desfavorável a ele. A
mídia que antes apoiava o candidato, pouco antes da vitória, teve que fazer voz
contrária, pois estavam fora dos planos de poder. Vão existir poucos canais de
reverberação do futuro governo, que impede aqueles que não concordam de
participar de qualquer ato ou coletiva.
O que me deixa muito preocupado em relação aos planos, que
estavam sendo traçados, antes mesmo do candidato ganhar as eleições, em relação
a invasão da Venezuela e como isso vai acontecer em meio a mídia, população e
ativismo. É claro, que por anos, como recebemos as informações que os
americanos querem que pensemos, todos tem uma versão do que acontece com a
Venezuela. De tempos em tempos, a indústria de armas americana, precisa de uma
guerra para produzir armamentos. Agora, ela teve um vasto campo de venda com a
liberação armamentista proposta para acontecer logo na virada do ano. Um vasto
mercado no Brasil. Aliado a isso, como todo presidente precisa de uma guerra,
Trump deve escolher a bola da vez por nossa América Latina. Os planos de
substituição por completa dos governantes de esquerda, por governantes de
direita, fecha o flanco na Venezuela. Deste lado, o flanco fecha pelo Brasil,
Argentina e Chile. Talvez não haja tempo de achar novos parceiros, pois existe
a necessidade de pegar o maior reservatório de petróleo neste lado sul.
Para quem ainda não viu as doações americanas de tanques
(Velhos) para o Brasil, não consegue entender do que se trata, basta ver também
as movimentações do outro lado. A Rússia já avisou que irá fabricar suas armas
na Venezuela. O xadrez está sendo montado. Além da guerra iminente, que mais do
que nunca, esteve tão perto de acontecer, para o bem apenas dos americanos,
deverá derramar muito sangue venezuelano e Brasileiro também, que deverá estar
na linha de frente e dizimar muitos pobres e negros. Tudo por que agora, a
parceria formada, não tinha como não acontecer.
Estava claro sua vitória. Não por merecimento, mas por que os planos
estavam traçados, por mais aborrecido que seja é a verdade.
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