Mal chegou dezembro e já estamos vendo prenúncios do Natal e
consequentemente 2018. Parece que olhamos 2017 a partir de 2018. Todos os
desejos de bons frutos e melhoras, estamos deixando para o ano vindouro, ou
seja, faz tempo que queremos o fim de 2017. E mesmo assim, a passagem do Natal
para alguns, ao abrir a cesta de Natal, verão, com muita sorte:
Duas nozes, uma lata de extrato de tomate, três passas e uma
cidra na promoção.
Que aflição é essa que parece um ano que nunca vai acabar?
Será que a mídia nos mostrou muitas aflições pelo mundo? Muitos atiradores
ceifando vidas pelo mundo e inclusive no Brasil. O ano mal começou, e um homem armado até os dentes atirou numa multidão que
comemorava o ano novo em Istambul, matando 39 e deixando 70 pessoas feridas. Um
cenário que se coloca em ascensão no Brasil, visto que os assassinatos
cresceram no país e parte deles, contra policiais na ativa. Hoje são mais de 61
mil até agora. E ainda se fala em porte de armas. E falando em armas, até a
fabricante que tem o monopólio de vendas, tem problemas graves de fabricação,
aumentando a estatística de violência. E lembramos os EUA, que ao longo do ano,
registrou assassinatos em massa e quando ainda estavam em luto por um
incidente, recentemente, Las Vegas, foi palco da
maior matança a tiros da história do país.
Reflexo do mundo e seus governantes?
Que desespero que o sistema econômico provoca
olhando os políticos disponíveis no mercado ao redor do mundo. Com o desgaste
ainda maior da imagem, grupos resolvem para a sobrevivência pessoal, lançar
novos candidatos frutos do marketing midiático que invadem as esferas
governamentais, apenas para vencer as eleições. O resultado mais claro nos dias
de hoje é o presidente americano, mas é um recurso antigo. Podemos lembrar de
Reagan por exemplo. Por aqui, temos um prefeito midiático que apenas faz
política midiática, sem planos concretos de governo, apagando grafitis e
vendendo e negociando o que pode, enquanto em outro estado, é caracterizado
pela ausência e privilégio a sua igreja. Em breve, estaremos vendo candidatos
dessa estirpe aos montes. Reflexo do desgaste do sistema econômico?
Que saudades daqueles que se foram, empobrecendo
o mundo e deixando um legado de dúvidas em relação ao cenário atual. Entre
outros, Vida Alves, a atriz que entrou para a
história com um beijo, o primeiro, na televisão brasileira, o escritor
argentino Ricardo Piglia, o autor de Dinheiro Queimado e Respiração
Artificial. Já era muitas mortes para tão poucos
dias, quando chegou a notícia do desaparecimento de Zygmunt Bauman. Assim como uma atrofia levou o filósofo, historiador e crítico literário
búlgaro Tzvetan Todorov e o genial All
Jarreau. Ficamos órfãos com a partida de Chuck Berry e O "rei da
comédia" Jerry Lewis que faleceu aos 91 anos. Um dos intérpretes do 007, Roger Moore, morreu na Suíça, e em nossas
terras, Luiz Melodia, Rogéria, Paulo Silvino, Belchior e Jerry Adriani. Foram muitas
perdas. Até minha tia Yolanda, do qual desconfiava ser uma Highlander, também
foi para a luz. Vendo o número de estrelas que subiram aos céus, nosso futuro
fica mais cinza?
O que dizer quando o assunto é
política? Onde fica claro para toda a população que a destituição da presidenta
foi uma negociação em que envolveu todos os poderes, com a anuência e
financiamento americano e tenho grupos na internet, financiados por partidos
para inflamar a nação descontente e agora está vendo o país perder seus
direitos, suas economias sendo vendida aos grupos empresariais americanos, sua
população voltando a pobreza absoluta e vendo o ódio sair de sua caixinha para
ganhar as ruas e colocar as tensões sociais em outro nível. A destruição de uma
nação bem a olhos vistos e a inanidade do cidadão para cada movimento do
governo sem limites. O desgaste foi tão grande perto das eleições, que querem
nesse momento desembarcar para não ser atingido pela imagem presidencial mais
baixa da história do país e deixar a reforma da previdência (desnecessária,
diga-se de passagem) de lado. Isso pode acelerar um processo eventual de
destituição nesse momento, para que alguém com mais força faça isso antes do voto
popular.
De qualquer forma, mesmo com pouco
a que se comemorar, deixo uma mensagem de fé e esperança por dias melhores. Que
possamos transformar cada lágrima em choro de alegria. Que mesmo com pouco,
possamos alimentar nossa alma de um sentimento de amor pelo próximo e quem
sabe. Ao menos, quem sabe, um dia, possamos deixar de lado nossos egos e
dificuldades de lado e ver o outro como irmão.
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