A Nau sem rumo chamada Brasil, ataca novamente. De noiva do Aristides como trend nas redes sociais a filiação ao PL. O que muda para o dia-a-dia de quem é assalariado? A resposta é um retumbante: Nada! A história que bombou a internet sobre o Aristides, começou com o nosso presidente na beira da estrada acenando aos carros que passavam na estrada. Diante de xingamentos diversos, Bolsonaro, que deveria estar ocupado tentando resolver a fome do país, a variante ômicron, economia em colapso; estava tal qual um poste até que uma mulher levantou essa questão e foi presa por esse assunto. Logo, viralizou a informação do que se tratava o nome em questão. Ou seja, Genocida pode, mas noivinha do Aristides não!
A verdade é que o assunto sobre a sexualidade do presidente
não é importante para ninguém, apenas a ele mesmo. A irritação de Bolsonaro com
o caso, a ponto de mandar prender é a verdadeira notícia. Desde o início do
mandato, o presidente já tentou calar, prender ou processar pela União todos
aqueles que são contrários ao seu governo. E isso tem nome: Ditadura. As
verdades secretas são inconvenientes, mas dizem respeito ao próprio presidente.
O sargento Aristides era instrutor de judô na AMAN, no tempo em que Bolsonaro
foi cadete. Assim como Hitler, Bolsonaro tem verdadeira antipatia pela
homossexualidade, o que demonstra que seu governo nunca foi inclusivo com os
GLBTQI+, mulheres, negros ou índios.
É bem verdade, que Walter Langer, psicanalista americano ,
escreveu uma análise sobre Hitler, falando que ele era um homem com tendências homossexuais reprimidas
e opinou que era um coprofílico. Porque isso era importante ser mencionado? O
regime de Hitler perseguiu os homossexuais; 15 mil foram enviados aos campos de
concentração. Hitler descreveu a homossexualidade como imoral e corrupta. Nesse
ponto, a sexualidade pode ser influente em uma política de Estado. Referindo-se
ao contexto político e acadêmico brasileiro, Fry e MacRae escreveram em 1983:
Até mais ou menos 1975, os partidos políticos de oposição consideraram que os
movimentos feminista, negro e homossexual eram irrelevantes à luta geral, ou
seja, a questão das desigualdades entre classes sociais. O que marca os anos
mais recentes destas áreas ditas minoritárias é o fato de elas terem chegado a
ser reconhecidas também como “políticas”, a partir de uma visão da sociedade
que enxerga o poder não apenas no Estado, mas também na rua, no escritório, no
hospital, dentro de casa e na cama [...]. (Fry e MacRae, 1983:117).
Logo depois, Bolsonaro se refere a sua filiação ao PL como
um casamento. Mais uma vez, até na expressão, resolve se apropriar de expressão
ligada a conjunção carnal, mesmo que seja uma relação fria. O que na campanha
sempre falava mal do Centrão, agora para garantir governabilidade e uma
possível reeleição, se alia junto com seus filhos ao Centrão. Numa filiação de
interesses, se aliando a Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, Condenado
a prisão e multa de R$ 1,6 milhão, investigado em esquema de fraudes de pareceres
de agências reguladoras, delatado na Lava Jato e ainda renunciou ao mandato de
deputado para não ser cassado, bradando em seu discurso sobre renovação. E o
que significa renovação? Tudo que falou antes da eleição de 2018, fez ao contrário.
Renovação só no sentido religioso. No sentido populista. Seria apenas renovação
de quadros, para ter um cenário mais seguro para um possível segundo mandato,
se houver.
Nessa Nau sem rumo chamado Brasil, resta-nos anunciar:
Recolher a traquineta! Cuidado com a sanfona de Abelardo! Cruzar a Spínola!
Domar a espátula! Montar a sirigaita! Senão afundamos de vez e o pior é que
nesse caso, o capitão-presidente é o primeiro a deixar o navio!
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