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Quando
no século XVIII em pleno Iluminismo, Auguste Comte propagou a idéia de
Ordem e progresso, não imaginava que seus ideiais continuariam bem vivos
em formadores de opinão como políticos, universitários, jornalistas e
pensadores franceses, tanto da esquerda quanto da direita.
A França não
pode ser considerada uma democracia plena, ainda vivendo as sombras dos
ideias de Jean Russeau, que expõe apenas
um debate presidencial e nele as grandes exaltações foram colocadas
para fora, tendo os números dos institutos de pesquisa indicado pequena
vantagem de Hollanda sobre Sarkozy.
Françoise Fressoz, do Le Monde,
comentou que a postura de François Hollande nunca foi intimidado por
Nicolas Sarkozy. O discurso mais próximo do dia a dia, pronunciado por
Hollande, também foi extratégia da extrema direita. Daí, o sucesso de
Marine Le Pen, que abandonou o discurso antissemita, e se concentrou em
falar sobre restaurar as fronteiras e limitar a imigração.
No debate,
Sarkozy quis se posicionar como mestre contra o aluno, como fez Valery
Giscard d'Estaing contra Mitterrand em 1974. Hollande sempre firme, mas
em cada fase do debate, Sarkozy usou a mesma técnica: tentar chamar
Hollande como uma personalidade sem muita convicção. Hollande mostrou
que ele estava familiarizado com os seus registros, questões familiares
ao povo. Ele não deu a impressão de que foi prejudicada fundamentalmente
pelo fato de nunca ter sido um ministro. Ele também deu credibilidade
ao projeto, jogando ao lado de "justiça", que era o ponto fraco do
balanço de Sarkozy. Sua crença é para apaziguar a França, tornando-o
mais justo. Além disso, ele constantemente jogou para reduzir o caráter
"estadista" de Sarkozy.
Temos que lembrar também dessa incorreção
política que Sarkozy construiu durante seu mandato, que só o tempo
absorveu, como nos casos de artistas como Kipling, Claudel, Jean
Genet...Só que Sarkozy não é um intelectual, e está longe de ser um
sensível artista, mas é um animal político e muito voraz. Fará promessas
nesses últimos dias, assim como tentará abarcar os 20% de indecisos
franceses, mas como se diz em um velho ditado francês, L'excès en tout
est un échec.